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bordalo II, arte urbana
Fotografia: Manuel Manso

Três intervenções de arte urbana que não pode perder

A cidade vai ganhando vida à medida que as paredes vão ganhando cor. Ora veja.

Escrito por
Francisca Dias Real
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Nos últimos anos, Lisboa tornou-se uma das capitais mundiais da arte urbana. E mesmo que seja muito distraído vai, certamente, reparar. A cada canto da cidade tropeçamos num novo mural, ou algum tipo de intervenção artística num local inesperado. 

Bordalo II, Tamara Alves e André Saraiva são os autores destas três intervenções artísticas que tem mesmo de ver, até porque servem um belo cenário instagramável. 

Embarque connosco num passeio alternativo pela cidade, perfeito para apanhar um torcicolo de tanto andar de cabeça no ar.

Recomendado: Mário Belém e a arte urbana: "A efemeridade é uma condição de pintar na rua"

Três intervenções de arte urbana que não pode perder

Disquietheart de Tamara Alves
Fotografia: Manuel Manso

Disquietheart de Tamara Alves

Tamara Alves voltou à carga para deixar a sua marca numa das paredes junto ao nosso parente Time Out Market. A obra foi inspirada nas palavras do escritor José Saramago – “Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo o dia”. Disquietheart é uma obra feita no âmbito dos Dias do Desassossego, que aconteceram em Novembro.

 Largo D. Luís (Cais do Sodré).

Mural de azulejos de André Saraiva
Fotografia: Ana Luzia

Mural de azulejos de André Saraiva

Foi o último grande acontecimento da arte urbana em Lisboa: André Saraiva apresentou a 21 de Outubro no Jardim Botto Machado (junto à Feira da Ladra) um megalómano mural com 188 metros de comprimento, 1011m2 de área e, mais precisamente, 52 738 mil azulejos. André, luso-francês, ficou conhecido nos anos 90 com o seu alter ego Mr. A, uma personagem que também funciona como a sua assinatura e que se espalhou por algumas cidades europeias. Este mural reinterpreta a cidade com alusão a alguns dos principais monumentos, misturados com outros elementos, como uma Torre Eiffel. 

Campo de Santa Clara.

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Big Trash Animals de Bordalo II
Fotografia: Manuel Manso

Big Trash Animals de Bordalo II

Bordalo bateu recordes com a sua primeira grande exposição em nome próprio. E, claro que a par disso, houve mais uns tantos animais da série Big Trash Animals à solta por Lisboa. Dois deles estão no Beato, onde decorreu a exposição “Attero”: um macaco gigante (no largo do ateliê do artista) e um sapo (na Rua da Manutenção). O outro viajou até Santos – uma raposa gigante encastrada num edifício devoluto na Avenida 24 de Julho. 

Estes são os mais recentes, mas pode encontrar outros animais da série Big Trash Animals por Lisboa: o Guaxinão numa parede do Centro Cultural de Belém; o Trash Puppy, construído um mês depois ao pé da rotunda de Cabo Ruivo; um porco na Rua do Rio Douro; uma abelha gigante dentro da Lx Factory e uma libelinha no bar do Infame.  

Mais sítios onde vive a arte urbana

  • Arte
  • Arte ao ar livre

São muitos os artistas urbanos que têm encontrado na cidade de Lisboa as telas perfeitas para exprimir a sua arte. Uma arte cada vez mais apoiada não só pela Câmara Municipal de Lisboa (através da Galeria de Arte Urbana) e juntas de freguesia, mas também por vários negócios locais. A cidade ganha todos os meses novas e grandes peças de arte urbana, graças aos muitos os talentos que saem à rua para dar novas cores à cidade, tendo por base os mais variados temas. Seguimos o cheiro da tinta e propomos um roteiro fresquinho para descobrir com as novas obras de arte urbana em Lisboa.

  • Coisas para fazer

Nos últimos anos, Marvila tornou-se uma autêntica galeria a céu aberto. Anote como coordenadas o Bairro das Salgadas (Rua Dinah Silveira de Queiroz), a Quinta Marquês de Abrantes (Rua Alberto José Pessoa) e o Bairro da Quinta do Chalé (Rua José do Patrocínio), três dos núcleos abrangidos pelos artistas das tintas. Para um roteiro com orientação a preceito, consulte as visitas-guiadas da Galeria de Arte Urbana. De caminho, não se esqueça de visitar a Galeria Underdogs, meca da cultura visual, e de passar a pente fino a restante oferta ao nível das artes.

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