Sentado ao balcão, computador aberto, chá pela frente. É um dos da casa. Joana Campos, do lado de lá, trata-o por tu. É assim com quem vai chegando nos minutos que se seguem: todos são daqui, da família que floresceu no Tati ao longo de oito anos. O espaço fervilha às quatro da tarde, ouve-se falar inglês, português, espanhol, brasileiro. A liberdade do Tati é precisamente essa, uma congregação dos que passam pelo Cais do Sodré e se apaixonam pelo espaço através da porta de vidro ou dos que todos os dias por ali carimbam as tardes numa quase-peregrinação rotineira.
Mas o Tati está na recta final. O motivo é transversal a tantos outros espaços da capital – a renda ditou-lhes a saída. E com isso, o fim de uma das existências mais entusiasmantes do Cais está iminente, sem que seja possível adiantar-lhe um futuro. Por isso, e antes que feche definitivamente portas, damos-lhe quatro razões para rumar ao 36 da Rua Nova da Ribeira.
Sobre a data definitiva do encerramento, Joana Campos diz ainda não ter certezas. No futuro, o Café Tati poderá ganhar outra vida, noutro espaço, mas por agora nada se sabe ainda.
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