Café Tati
Fotografia: Ana Luzia
Fotografia: Ana Luzia

Quatro razões para visitar o Café Tati antes do encerramento

De fecho anunciado para o final do ano mas ainda sem data estipulada, o espaço vai respirando os dias como sempre o fez: intensamente.

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Sentado ao balcão, computador aberto, chá pela frente. É um dos da casa. Joana Campos, do lado de lá, trata-o por tu. É assim com quem vai chegando nos minutos que se seguem: todos são daqui, da família que floresceu no Tati ao longo de oito anos. O espaço fervilha às quatro da tarde, ouve-se falar inglês, português, espanhol, brasileiro. A liberdade do Tati é precisamente essa, uma congregação dos que passam pelo Cais do Sodré e se apaixonam pelo espaço através da porta de vidro ou dos que todos os dias por ali carimbam as tardes numa quase-peregrinação rotineira.

Mas o Tati está na recta final. O motivo é transversal a tantos outros espaços da capital – a renda ditou-lhes a saída. E com isso, o fim de uma das existências mais entusiasmantes do Cais está iminente, sem que seja possível adiantar-lhe um futuro. Por isso, e antes que feche definitivamente portas, damos-lhe quatro razões para rumar ao 36 da Rua Nova da Ribeira.

Sobre a data definitiva do encerramento, Joana Campos diz ainda não ter certezas. No futuro, o Café Tati poderá ganhar outra vida, noutro espaço, mas por agora nada se sabe ainda.

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Quatro razões para visitar o Café Tati antes do encerramento

Espaço

Se já por lá passou e não entrou, cometeu um grave erro. Os tectos em abóboda de aresta e a vibe descontraída são pérolas convidativas a sentar. A decoração transporta-nos a outras décadas sem ser propriamente um museu, num misto vintage e contemporâneo. O ambiente, sem descontrolo de decibéis, é ideal para dates de fim de tarde, para beber o café rápido, ou simplesmente para tirar o portátil, levar os fones aos ouvidos e ignorar o mundo.

Brunch

Para os amantes das slow mornings aos sábados, domingos e feriados, o brunch do Tati é a opção. E quis o destino - ou a gerência, na verdade - que o sumo de laranja, o salmão marinado, os ovos mexidos ou a panóplia de compotas caseiras disponíveis casassem no mesmo dia de outro dos trunfos do Tati: as jam sessions. O brunch é servido das 11.00 às 16.00 e custa 13€.

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Jam Sessions

Não são os únicos mas foram os primeiros a trazer o conceito ao Cais. A prova camaleónica do Tati mantém-se viva todos os domingos e enche a casa de música das 17h às 20h numa celebração aberta a todos. O jazz, rei e senhor, não é a única sonoridade a subir ao palco, há também música portuguesa, ritmos africanos ou rock espanhol. Para o próximo dia 19 há concerto do quarteto brasileiro Maracancaia.

Eventos

A programação foi sempre uma parte importante do ADN do espaço e os que fazem do Tati casa diariamente têm razão de júbilo. Numa altura em que o Cais do Sodré ainda se vestia das memórias do passado, já as exposições, workshops ou sessões de cinema faziam do café um pólo de transição. A senda manteve-se. E no calendário de festividadesagora há, até ao fim do mês, a axposição colectiva com trabalhos de Vital Lordelo, Camilla Cossermelli, Basile Jeandin ou Manuel Mendonça.

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