Hoopers, arte, arte urbana
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Estes campos de basquetebol em Lisboa são autênticas obras de arte

Lisboa tem cada vez mais campos de basquetebol transformados em obras de arte. Descubra-os, um por um, com este roteiro.

Raquel Dias da Silva
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Já imaginou como seria marcar cestos numa obra de arte urbana? Em Lisboa e noutras localidades da área metropolitana, não precisa de imaginar: pode mesmo fazê-lo. Há cada vez mais campos desportivos, a maior parte exclusivos à prática de basquetebol, transformados em obras de arte. Com intervenções a cargo de artistas como Akacorleone, Pitanga, Samina ou a dupla Halfstudio, são um regalo para os olhos. E uma perdição para todos os desportistas com sentido estético. Aliás, se nem é muito de desporto, quem sabe se não se sentirá inspirado depois de visitar os campos de basquetebol mais bonitos de Lisboa.

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  • Grande Lisboa

A plataforma Hoopers continua a promover a requalificação de campos de basquetebol. Desta vez quem assina a intervenção artística é o colectivo Crack Kids, que teve oportunidade de dar uma nova vida ao campo polidesportivo junto à Rua Mário de Sá Carneiro, em Cacilhas. Além do artista Miguel Negretti, mais conhecido como DJ Glue, membro fundador do colectivo e também DJ da histórica banda almadense Da Weasel, Francisco Freitas também assina o projecto. O artista visual, conhecido por Chikolaev, é residente no local e reconhece o carinho pelo campo, utilizado constantemente pelas crianças, jovens e famílias do bairro.

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  • Estrela/Lapa/Santos

Segundo a plataforma Hoopers, no final dos anos 90 e início dos anos 2000 os espaços do Porto de Lisboa recebiam torneios de basquetebol 3x3. Uma tradição recuperada em 2021 na Doca do Espanhol, num espaço que recebeu a intervenção do artista urbano Flix, em parceria com a Administração do Porto de Lisboa. Flix é um artista venezuelano que já tinha apresentado o seu talento a Lisboa em vários locais.

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Não há dúvidas. Usado sobretudo por fãs de basquetebol, o polidesportivo do Campo Mártires da Pátria é mesmo uma obra de arte a céu aberto. Da autoria de Akacorleone, a arte colorida, que retrata uma pessoa de cada lado do recinto, chama-se “Balance” e foi criada no âmbito de uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia de Arroios, a plataforma desportiva Hoopers e a galeria de arte urbana Underdogs, de Vhils. Além do pavimento, também as tabelas de basquete foram renovadas. O campo inclui ainda balizas de futsal.

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Foi em 1992 que a história deste espaço começou a ser contada por Oliveira Donbell, mais conhecido no bairro por “Maninho”. Montou, na altura, uma tabela de basquetebol e pintou no chão um touro, em jeito de homenagem à equipa dos Chicago Bulls – é daqui que vem o nome Chicago pelo qual o campo continua a ser conhecido. Desde então tornou-se um ponto de encontro entre gerações. Foi, aliás, por isso que Frederico Umbelina, treinador, mobilizou um dos seus ex-jogadores André Costa, agora fundador da Hoopers, para promover uma intervenção artística no local. E Mariana Branco e Emanuel Barreira, que compõem os Halfstudio, não se desviaram daquilo pelo qual são conhecidos – o lettering.

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  • Sete Rios/Praça de Espanha

No Largo do Conde de Bonfim, na freguesia de São Domingos de Benfica, encontra-se um campo de jogos muito especial. Numa placa junto à entrada, lê-se “Aqui não se joga futebol”. É exclusivo para a prática de basquetebol e foi renovado recentemente, numa acção dinamizada pela plataforma Hoopers. Com recurso a cores fortes e arrojadas, que combinam formas e figuras, Pitanga procurou retratar “o constante movimento, o convívio das pessoas, a dinâmica do comércio local e a beleza dos espaços verdes e do Palácio Béau-Séjour”, que o rodeiam. Foi a primeira vez que a artista portuguesa realizou um projecto em pavimento.

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  • Charneca

Nunca ouviu falar em minibásquete? É baseado no basquetebol, mas pensado para crianças entre os seis e os 12 anos. E foi precisamente para incentivar os mais novos a praticar a modalidade que se inauguraram dois campos na Ameixoeira, junto à piscina municipal de Santa Clara, no pólo desportivo e de lazer da zona. A plataforma Hoopers – que combina e promove campos, conteúdos e produtos para fãs e praticantes de basquetebol – é a promotora do projecto, que também contou com o apoio da Junta de Freguesia de Santa Clara e da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa. Já a intervenção artística ficou a cargo da dupla Los Pepes, cuja identidade se centra em padrões, formas abstractas e cores arrojadas.

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  • Lumiar

Autor de uma tela de homenagem encomendada pela própria família de Kobe Bryant, o writer Hélio Bray é quem assina a intervenção artística do renovado campo de basquetebol da Calçada de Carriche, que “dividiu” em três partes: o campo de basquetebol, a lateral das escadas de acesso a um prédio e a empena do mesmo edifício. O projecto, que se revelou em plena vigência de Lisboa enquanto Capital Europeia do Desporto, foi promovido pela startup Hoopers, que se juntou à Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa e à Junta de Freguesia do Lumiar, para homenagear Kobe Bryant, o mítico jogador do Los Angeles Lakers, que faleceu num acidente de helicóptero em Janeiro de 2020.

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  • Benfica/Monsanto

O Campo de Jogos do Calhariz, na Freguesia de Benfica, foi intervencionado em 2021 pelos artistas locais Edis One e Pariz One. Na pintura que cobre todo o piso do campo de jogos, inspirada em expressões como “desporto rei” ou “prova rainha”, estão ilustrados o rei e a rainha de copas de um baralho de cartas. O projecto, que baptizaram de “Cara ou Coroa”, promove valores como o fair play e a igualdade de género. A iniciativa integra o projecto “NO!”, promovido pela Junta de Freguesia de Benfica, que combate a discriminação e violência doméstica na freguesia, e contou com o apoio da Galeria de Arte Urbana e da Câmara Municipal de Lisboa.

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  • Parque das Nações

Na Rua Chen He, na zona nascente do Parque das Nações, junto ao skate park e à pista de pumptrack, encontram-se três campos de basquetebol de rua, um deles preparado para receber provas oficiais desta modalidade. Numa área de 800 metros quadrados e reutilizando materiais existentes em estaleiro desde a Exposição Mundial de Lisboa de 1998, o projecto desportivo foi valorizado com uma extraordinária intervenção artística realizada pelo colectivo Thunders Crew e financiada pela Câmara Municipal de Lisboa.

Arte dentro de portas

  • Museus

Edifícios relativamente novos, com linhas que são uma perdição para a fotografia e clássicos da cidade que patrocinam autênticas viagens no tempo. Destacam-se ainda os inúmeros e regulares workshops e eventos que promovem para adultos e crianças, bem como as cafetarias e brunches que também são pequenas obras de arte. Deixamo-lo com uma visita guiada aos melhores museus da cidade, dando razões para redescobrir endereços obrigatórios e ideias para explorar colecções surpreendentes e que, por vezes, passam despercebidas. Conheça os 12 melhores museus de Lisboa e arredores, e muitos mais que também merecem uma visita.

  • Coisas para fazer
  • Exposições

Acha que não se passa nada em Lisboa este fim-de-semana? Qual quê. Há muitas exposições para provar que está enganado, até porque a cultura recusa-se a desacelerar. Portanto, torne os próximos dias mais culturais, sozinho ou com a família toda atrelada. Com tantos museus e galerias na cidade, é impossível não ter o que ver. Mas não queremos que se perca e, por isso, dizemos-lhe quais as exposições a que deve prestar mais atenção em Lisboa. Só tem de decidir o que lhe apetece descobrir: pintura, fotografia, instalações de grande escala, é à escolha do freguês.

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  • Museus

Não é ao domingo de manhã, sexta à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público (em alguns terá de marcar). E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está nas bocas do mundo e, como sabe, o conhecimento não ocupa lugar, por isso quanto mais melhor. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e concelhos vizinhos e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão. Aventure-se nestes museus grátis em Lisboa e arredores.

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