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Museu, Museu Nacional de Arqueologia, Belém
©Ana LuziaMuseu Nacional de Arqueologia

Fomos à boleia do livro 'Lisboa Desconhecida e Insólita'

Anísio Franco, historiador e conservador do Museu Nacional de Arte Antiga, põe a nu no seu último livro, 'Lisboa Desconhecida e Insólita', dezenas de histórias insólitas sobre a cidade.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
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“Lisboa é conhecida como a cidade branca pela sua luz mágica, tão clara e límpida”, mas é também uma "cidade de sombras misteriosas, que lhe conferem um certo secretismo”, lê-se na apresentação do último livro de Anísio Franco, Lisboa Desconhecida e Insólita, depois do seu Caminhar por Lisboa, também com a chancela da Porto Editora.

Foi precisamente por entre essas sombras misteriosas que o historiador se moveu para apresentar a cidade em 40 inusitados capítulos. Percorra cinco deles connosco.

Fomos à boleia do livro 'Lisboa Desconhecida e Insólita'

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A exposição permanente Antiguidades Egípcias inclui três múmias: duas dentro do sarcófago e uma outra apenas enfaixada. E têm todas nome, resultado de análises científicas feitas em 2010. Uma chama-se Pabasa (séc III a I a.C.), o nome de um sacerdote semati, encarregue de vestir a estátua do deus Min; outra Irtiero (VI a IV a.C.), que poderia ser sacerdote, governador ou arquitecto; e a terceira pode não ter sarcófago, mas além tem múltiplas fractura, além do nome Horresnet (IV a III a.C.). Pertencia ao terceiro marquês de Angeja, D. Pedro de Noronha, e chegou a estar exposta no museu que criou no no seu palácio da Rua da Junqueira, hoje Biblioteca Municipal de Belém.

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Olhar para as naves do mosteiro é arrebatador. Tão arrebatador que olhar para os pormenores não costuma ser a primeira pista que o instinto nos sopra ao ouvido. Mas Anísio Franco dá a dica: olhe para as bases das colunas que à entrada sustentam o coro, ali ao lado de Camões e Vasco da Gama. Aí encontra motivos decorativos em alto relevo, que não estão repetidos, como todos os outros, e… estão polidos. São eles um peixe, um boi um feixe de trigo, uma maçaroca, uma bolota e um homem nu e ao que parece, seriam esfregados pelo povo como se tratassem de talismãs para a boa pesca ou a fecundidade.

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Não são uma, nem duas. São sete, sete placas evocativas numa única fachada, a do número 6 da Rua João Pereira da Rosa, no Bairro Alto. O motivo de tanta distinção é simples: este prédio centenário de três andares teve vários inquilinos célebres. Foi lá que viveu o historiador Joaquim Pedro Oliveira Martins, o pintor modernista Bernardo Marques e o seu colega das letras, o poeta José Gomes Ferreira. Outro ilustre vizinho foi o escritor, jornalista, diplomata e tudo e tudo e tudo, António Ferro.

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Se já visitou o patamar central deste jardim botânico, de certeza que passou pela belíssima fonte das 40 bicas, decorada a cavalos-marinhos, peixes voadores, rãs, conchas, patos ou serpentes. Uma das primeiras funções do jardim era a educação dos príncipes, entre eles o primogénito infante D. José (filho de D. Maria I), cuja estátua não se encontra muito longe da fonte da autoria do jardineiro italiano Giulio Mattiazzi. Não é por acaso que as serpentes estão entre a bicharada toda: serviam para proteger o futuro rei. Na verdade, não serviram de muito. José, então Príncipe do Brasil, morreu aos 27 anos (em 1788) com varíola, subindo ao trono o seu irmão, o rei D. João VI.

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Durante muito tempo era desaconselhado às "meninas" olharem directamente para o frontão da Câmara Municipal de Lisboa – e não era para as afastar das causas políticas. Construído entre 1865-1880, a decoração escultórica do edifício é da autoria do escultor francês Célestin Anatole Calmels que desenhou algumas alegorias em torno do brasão de Lisboa. Entre elas está o Amor à Pátria, representado por um homem nu, um escândalo na altura. E até meados do século XX a tradição manteve-se: no máximo, as mulheres mais ousadas olhavam de soslaio para o alto relevo.

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