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miradouro portas do sol
Fotografia: Manuel Manso

Lisboa num dia: Graça, Alfama e Baixa

Vamos imaginar que tem 24 horas para dedicar à cidade. Dê corda aos sapatos e passeie pelas zonas mais antigas. É Lisboa num dia perfeito, com paragens na Graça, em Alfama e na Baixa.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Levantar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz com que tenha tempo para cumprir este programa. É Lisboa num dia, por três dos bairros mais castiços da cidade. Aproveitecada minuto. 

Recomendado: 52 atracções em Lisboa

  • Restaurantes
  • Cafés
  • Baixa Pombalina

Não há fim-de-semana que o Nicolau Lisboa fique de fora do feed de Instagram de qualquer alfacinha. Há sempre alguém a partilhar fotografias do brunch – uns escolhem
 os ovos, outros os smoothies (#green, #healthy), outros as panquecas, e ainda há a decoração. O resultado é sempre um post bonitinho, com um rol de comentários do estilo "adoro", "tão bom", "quero ir!". Quer ir, então vá e arranque assim um dia em Lisboa perfeito. A carta tem todas as modas, das tapiocas ao iogurte com granola.

+ Os cafés com mais pinta em Lisboa (para o Instagram)

  • Coisas para fazer
  • Mercados e feiras
  • São Vicente 

Se o dia que vai dedicar à cidade é sábado, então prepare-se para ouvir "Ó linda, venha ver que estão baratas!" ou "Disto não arranja em mais lado nenhum" quando passear pela Feira da Ladra, com mais de 300 anos de história. Aqui vende-se de tudo – velharias, objectos em segunda mão, roupa vintage e artesanato. Mas nem só de compras vive o Campo de Santa Clara: há murais de grandes artistas, vistas privilegiadas sobre o Tejo e o Panteão Nacional. Ponha o despertador para bem cedo e negoceie achadões. 

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  • Atracções
  • São Vicente 

Antes de ser a morada final de ilustres portugueses, o Panteão começou por ser a Igreja de Santa Engrácia, um templo mandado construir em 1568 pela infanta D. Maria, filha do rei D. Manuel I. As obras demoraram séculos a ficar concluídas e foi só nos anos 60 que a cúpula assumiu a forma que hoje conhecemos, uma obra a cargo do engenheiro Edgar Cardoso, também responsável pela construção da Ponte da Arrábida,no Porto.

O Panteão acabou por ser inaugurado em Agosto de 1966 e hoje abriga os cenotáfios (túmulos de corpo ausente) de personalidades ligadas aos Descobrimentos, como o Santo Condestável Nuno Álvares Pereira, e túmulos de escritores e presidentes da República. A única mulher que aqui jaz é Amália Rodrigues e o único futebolista é Eusébio, uma decisão que gerou alguma polémica. Não deixe de ver as vistas a partir do terraço.

+ Acabaram-se os jantares no Panteão Nacional

  • Restaurantes
  • Português
  • São Vicente 

Há vários restaurantes clássicos na Graça, do Satélite ao Cardoso do Estrela de Ouro, sem esquecer o Estrela da Graça. Se só puder ir a um, claro que toda a gente o vai mandar ao mesmo: O Pitéu. O nome diz tudo. Pitéu é aqui. Dos pratos tradicionais (os carapauzinhos fritos com arroz de legumes, por 9,90€, por exemplo, não nos podemos esquecer que em tempos o restaurante era o Zé dos Carapaus) às sobremesas. O preço médio não ultrapassa os 20€ por cabeça.


+ Outros restaurantes obrigatórios na Graça

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  • Bares
  • Cafés/bares
  • Alfama

Os estabelecimentos mais concorridos que vendem a bebida de Lisboa ficam no Largo de São Domingos, mas em Alfama há também uma meca da ginja, de nome fácil de decorar, onde um copo do néctar custa apenas 1€. Pode ainda aproveitar para degustar uns petiscos à portuguesa, como chouriço assado, pica-pau ou salada de polvo. O bagaço também faz parte do menu.

  • Museus
  • Alfama

Um Património da Humanidade que ganhou casa própria no ano de 1998, quando abriu portas no coração de Alfama. E porque nem só de turistas deve viver este endereço, conheça as colecções cedidas por centenas de intérpretes, autores, músicos, compositores, construtores de instrumentos, investigadores e simples amadores que para aqui convergem com um pouco da sua história.

+ Um roteiro do fado em Lisboa

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  • Atracções
  • Baixa Pombalina

A construção deste arco triunfal foi programada em 1759, no quadro da reconstrução pombalina que se seguiu ao terramoto de 1755, mas só ficou concluída, na sua disposição actual, em 1873, celebrando a então grandiosidade do Império Português.

No topo do arco pode ler-se "VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO.PPD“, que, traduzido, significa "Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”. Desde 2013 que é possível entrar num elevador para subir ao topo do arco e pelo meio ainda passa por uma exposição sobre a história do monumento.

+ 20 coisas que os turistas fazem e que todos os lisboetas devem experimentar

  • Restaurantes
  • Cozinha contemporânea
  • Baixa Pombalina

Tem sido difícil acompanhar as mudanças de chefia no Bastardo e com elas as alterações na ementa. O restaurante está agora nas mãos de Duarte Madeira, até aqui subchef, que continua o trabalho de romper com todas as ideias pré-concebidas de uma cozinha de hotel. Aqui fazem-se pratos de conforto, que vão das massas aos risotos, além de outros tradicionais, caso da caldeirada de corvina, camarão e amêijoa. O bar de entrada foi renovado e dedica-se agora à cockteleria de forma mais séria. Perfeito para: instagramar os populares individuais com a frase "on this magic place calories don’t count". Obrigatório provar: os gnocchis com caranguejo, tomate e salicórnia.

+ Os melhores restaurantes na Baixa

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  • Bares
  • Grande Lisboa

É uma espécie de memória de uma Lisboa medieval enterrada pelo terramoto de 1755. Entrar no Trobadores é abraçar a boémia da Idade Média representada durante todo o ano nesta taverna na Baixa Pombalina, decorada a preceito e onde é possível beber cerveja de um corno ou vinho quente nos dias que pedem mais aconchego. Se tiver sorte pode ser que apanhe um amimado concerto de música folk.

Outros bairros para descobrir

  • Coisas para fazer

Marvila é a única zona da cidade em acelerada renovação sem ter o turismo como motor. Entre o Beato e a Matinha, junto ao rio, antigos armazéns abandonados são agora espaços de cowork onde também se pode andar de skate. Há fábricas de cerveja artesanal a cada canto do bairro, salas de espectáculo ou de raves, onde cabem mil pessoas, e espaçosas galerias de arte, uma vertente crescente por estes lados graças ao espaço que ainda há para ocupar.
 Fomos espreitar e descobrir as maravilhas de Marvila para lhe traçar o roteiro completo. 

 

  • Coisas para fazer

Alvalade é um bairro a ter em conta sempre que falamos do melhor da cidade. Andámos pelas suas ruas desenhadas a régua e esquadro e traçámos um roteiro para forasteiros e nativos. As novidades do bairro, as paragens obrigatórias, os pratos que não pode deixar de provar nos restaurantes locais e os espaços mais amigos das crianças – tudo o que precisa de saber para pôr Alvalade na sua lista de prioridades está aqui. Tudo num bairro que também pode ser apreciado num belo passeio de fim-de-semana, já que a sua arquitectura, em particular residencial, também merece especial atenção.

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