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vista apartir do café da garagem
Fotografia: Manuel Manso

11 razões para visitar o Castelo

Não é o de São Jorge: é o bairro que tomou de empréstimo o nome do seu principal monumento. Eis como admirar o Castelo sem ser ao longe

Raquel Dias da Silva
Escrito por
Clara Silva
e
Raquel Dias da Silva
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Prepare as pernas para a escalada ou, caso a sua viagem comece na Graça, para a descida: impõe-se uma reconquista do Castelo aos turistas ruínas acima, vielas abaixo, para recuperar vistas e petiscos históricos. Berço de Lisboa, é uma das freguesias originais da cidade e carrega história para além da fortaleza mourisca, com mais de dez torres e um museu arqueológico. Ainda com uma enorme influência histórica, o agora bairro  que chegou a ter 3500 moradores  tem estado em constante mutação, sobretudo graças ao reaproveitamento e reestruturação dos espaços, como a Torre e a Igreja que foram devolvidas à cidade. Mas há muito mais para descobrir, desde restaurantes a mercearias e vinotecas.

Recomendado: Cinco coisas que não sabe sobre o Castelo de São Jorge

11 razões para visitar o Castelo

  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Castelo de São Jorge

Começou por ser uma fortificação construída pelos muçulmanos que aqui reinavam antes da chegada de D. Afonso Henriques em 1147. Ao longo dos tempos foi sendo readaptado, foi Paço Real, mas chegou ao século XX em ruínas. As grandes obras de restauro aconteceram entre 1938 e 1940 e é então que se descobrem inúmeros vestígios históricos, que podem ser visitados na exposição ou através de visitas guiadas. A programação do castelo é pontuada por tertúlias, música ou teatro.

Conqvistador
  • Restaurantes
  • Português
  • Castelo de São Jorge

A marca familiar nasceu em 1934 como um pequena loja franquista: no número 21 do Chão da Feira vende-se artesanato. Mais tarde surgiu uma mercearia, que é também uma vinoteca com produtos nacionais, e uma cafetaria, nos números 17 e 7 da mesma rua, respectivamente. Num outro cantinho escondido do mesmo bairro, na Travessa de São Bartolomeu, há também um restaurante e uma petisqueira, que à noite funciona como bar. As ementas fazem-se sobretudo de vários petiscos tradicionais feitos com molhos e picles caseiros. Para acompanhar? Vinhos portugueses e cerveja artesanal, para dar coragem para “conqvistar” o resto do Castelo.

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  • Restaurantes

Depois de várias obras na Rua de Santiago (onde funcionava o Santiago Alquimista e a escola Ar.co, que agora se mudou 
para Xabregas), a esplanada
 do hotel Santiago de Alfama 
é um bom poiso para os dias soalheiros e solarengos – ou não estivéssemos em zona nobre. Das 7.30 às 11.30, servem pequenos-almoços e, das 12.00 às 17.00, brunches, onde não faltam panquecas, ovos Benedict e as tostas de abacate da praxe, para que ninguém fique com fome nem deixe passar a oportunidade de fotografar o prato. Há ainda outro menu, o de almoço e jantar, disponível das 12.00 às 23.00, com propostas várias, desde bacalhau gratinado (15,50€) ou caril de gambas ao estilo de Goa (20€) até bife da vazia (19,50€) ou um fettuccine com trufa (16€). Poderá acompanhar ainda com cocktails: aproveite a happy hour entre as 17.30 e as 19.00.

  • Restaurantes
  • Argentino
  • Grande Lisboa

Esta casa não é mais do que uma janelinha. Quer dizer, é — há uma cozinha noutro ponto da cidade (na Rua das Farinhas 16) que prepara uma receita de empanadas da região de Tucúman, na Argentina. Mas, de qualquer forma, tudo o que o cliente vai ver é uma janelinha e portanto este é um ponto para parar, pegar numa das cinco variedades — vitela, galinha, espinafres e queijo, cebola e queijo e atum — e pôr-se a andar Mouraria fora. Também pode comprar congeladas para levar para casa (1,50€ cada): são 15 minutos no forno a 200 graus. Só de pensar cresce água na boca. O melhor é que esta janelinha de empanadas está aberta todos os dias, das 10.00 à meia-noite.

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  • Bares
  • Castelo de São Jorge

Acerte a sua visita ao castelo com o horário do Café da Garagem, o café do Teatro Taborda que é o local de trabalho de muitos alfacinhas e que por si só já vale a escalada. Não há dias cinzentos que impeçam a luz de entrar pela enorme parede de vidro. A vista sobre Lisboa, com a Senhora do Monte lá em cima, surge logo à chegada. Tem uma esplanada, mas lá dentro o ambiente é aconchegante, com uma fila de candeeiros retro a pender por cima de mesas propositadamente improvisadas com portas antigas e cavaletes e um velho piano ao fundo. A lista de torradas, ali uma espécie de bruschettas, inclui opções vegetarianas ou combinações de presunto com queijo de cabra e doce de tomate. À tarde trabalha-se com o computador no colo e os pés pousados no armário baixo, rente à janela.

  • Atracções
  • Castelo de São Jorge

Na Rua do Recolhimento, muito perto do Castelo de São Jorge, há um parque infantil, no antigo Jardim do Recolhimento, que agora conta também com máquinas de exercícios para adultos. Com um total de 500 metros quadrados, onde se incluem zonas ajardinadas, o projecto da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior permite ainda, a partir de um miradouro, ver Alfama, as torres do Mosteiro de São Vicente e a cúpula do Panteão Nacional. 

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  • Noite
  • Castelo de São Jorge

Este lugar de livre criatividade tem lugar para todos. É uma Escola de Circo que abre as portas à população que está convidada a assistir às produções da companhia da casa na Tenda do Chapitô, a provar a gastronomia do restaurante Chapitô à Mesa, com uma vista sobre Lisboa, ou ir a eventos no Bartô, o bar, onde pode ouvir concertos, ver ciclos de cinema ou participar em tertúlias.

  • Restaurantes
  • Pastelarias
  • Castelo de São Jorge

No bairro do Castelo, uns números acima do Chapitô, esta pastelaria venceu o concurso do melhor pastel de nata de Lisboa em 2019, promovido pelo festival gastronómico Peixe em Lisboa. Na montra gulosa, os melhores pastéis de nata de Lisboa (1€/unidade) convivem com diferentes ofertas de pastelaria, desde opções de pequeno-almoço a tiramisús (3€). À direita, o “aquário”, a cozinha onde decorre a última etapa do fabrico de pastéis, faz as delícias dos turistas, que param para ver os chefes pasteleiros a esticar a massa folhada. No segundo andar, além de um espaço com mesas e cadeiras, para os clientes, há uma segunda cozinha, destinada ao fabrico da massa dos pastéis, mas também do que chamam pastelaria fina, pão e cerca de uma dúzia de sabores de gelados artesanais, disponíveis o ano inteiro. Às terças e sábados, há pão alentejano, avisa João, que explica que a massa é preparada dois dias antes. “É feita com farinhas de trigo e centeio biológicas, à moda antiga, e é de fermentação prolongada.”

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  • Compras
  • Castelo de São Jorge

Espaço de valorização da cerâmica contemporânea, a Inútil é uma “casinha de bonecas”, num largo de árvores centenárias, entre o Miradouro de Santa Luzia e o Castelo de São Jorge. Com ar de galeria, as formas e texturas e cores das peças – desde jarros e tigelas a pratos e esculturas – saltam à vista, por cima do branco das paredes, prateleiras e aparadores. “Sempre fui muito atenta à beleza e, já mais adolescente, comecei a participar em ateliês de cerâmica”, conta Maria Almeida. Inspirada pelo “fascinante esplendor do inútil”, expressão do crítico e ensaísta George Steiner, a proprietária desta loja de arts & crafts da cidade acredita que a proposta não se esgota na oportunidade de ver e comprar arte, mas passa também por reflectir acerca da utilidade da obra. “Podem ser úteis só pela beleza que têm”, sugere. “É importante vermos coisas bonitas.” Mas às jarras é fácil adicionar flores, às tigelas e aos pratos imaginá-los à mesa do pequeno-almoço e mesmo as folhas de Outono de cerâmica podem ser usadas como suportes para velas. Feitas artesanalmente, com diferentes técnicas, as peças foram todas escolhidas a dedo, custam entre 8€ a 2000€ e são de autores nacionais, como Martim Santa Rita, Teresa Cortez e Carmina Anastácio.

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  • Castelo de São Jorge

Fundada em 2010, a Portugalidades, que conta com dez lojas no país, dedica-se à promoção e ao comércio de artesanato, decorativo ou funcional, genuinamente português. Entre as várias propostas, encontra desde azulejos e objectos em cerâmica a arte em cortiça, vitrofusão e metal, mas também sabonetes e produtos gourmet, como sardinhas em conserva. Num mesmo espaço, tem à sua disposição torteiras e pratos, crucifixos e pias batismais, galos de barcelo e outras figuras nacionais, santos e até presépios. 

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  • Castelo de São Jorge

Se é fã de gelados naturais, este Popbar convida-o a experimentar todos os dias opções sem aditivos, totalmente personalizáveis. Para começar, terá de escolher se quer um popGelato (há mais de 15 sabores cremosos à escolha), um popSorbetto (há mais de 30 opções frutadas e vegan) ou um yogurtPop (uma excelente alternativa para os que contam as calorias a tudo). Depois é só finalizar com toppings, poppings e dippings. Imagine, por exemplo, esta combinação: um popGelato com popping de amêndoa e dipping de chocolate preto, regado a chocolate branco. Já está com água na boca, certo? Nós também.

Pelos bairros da cidade

  • Coisas para fazer

Já foi o ponto cardeal mais desprezado de Lisboa, mas, lentamente, começou a ganhar vida e pontos de interesse. Eis uma longa série de desculpas para rumar ao bairro da moda e descobrir a maravilha que é Marvila, das galerias aos restaurantes, passando pelas lojas e cervejeiras. 

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  • Coisas para fazer

O bairro é pequeno, mas não pode ser medido aos palmos. Dos bares e restaurantes às lojas e pólos culturais, nos últimos anos, a Rua do Poço dos Negros (e as transversais) ganhou nova vida e vale a pena tirar um dia para explorar as ruas e travessas.

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