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Normal People
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As pessoas de 'Normal People' são como nós

'Normal People' (HBO) é televisão de uma consistência, um vigor e uma verosimilhança acima da média. Mas não é uma obra-prima.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★★☆☆

Apenas com duas obras, a irlandesa Sally Rooney transformou-se numa coqueluche do mundo literário. A elogiadíssima série Normal People (HBO) é adaptada do seu segundo romance e Rooney participou no argumento. Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mescal) são colegas de liceu que frequentam o último ano e começam a namorar às escondidas. Marianne pertence a uma família abastada e a mãe de Connell é mulher a dias em casa dela. Os dois jovens acabam por se separar e ir para a faculdade, aí prosseguindo um ciclo de reconciliações e separações.

Na televisão como no cinema e na literatura, os britânicos são exímios nesta modalidade de realismo ligado ao quotidiano tangível, e à representação das situações e relações da vida social, emocional e íntima das pessoas normais, com diálogos que parecem ter saltado da realidade para a boca de quem os diz. A que se junta o naturalismo das interpretações, criando um fortíssimo efeito de real e fazendo-nos identificar imediata e profundamente com personagens, acontecimentos e sentimentos. É o que acontece em Normal People, que é televisão de uma consistência, um vigor e uma verosimilhança acima da média – mas não uma obra-prima. Chamar-lhe isso é confundir esta boa norma britânica com o inédito ou o revolucionário.

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A Apple TV+ é um serviço de streaming jovem (nasceu no final de 2019) e de catálogo limitado, mas ao contrário do que possa parecer isso não é uma desvantagem. Em época de abundância, os espectadores encontram aqui um porto seguro, que tenta ter uma oferta mais apostada na qualidade do que na quantidade. O foco são as produções originais, que a pouco e pouco vão tornando o serviço incontornável para quem gosta de boa televisão. Há de tudo, das séries de grande orçamento (destaque para The Morning Show) às sitcoms surpreendentes (olá, Ted Lasso), da ficção científica (ponto extra por Fundação, adaptação dos livros Isaac Asimov) às séries documentais de fôlego (1971: The Year That Music Changed Everything é uma pérola para melómanos). Feitas as contas, há 20 séries da Apple TV+ que tem de ver. Ei-las.

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Entre conteúdos originais de grande qualidade e outros que foram aproveitados (ou mesmo ressuscitados), a Netflix está, continuamente, a trazer-nos apostas dignas de binge watching. Títulos como Gambito de DamaOzark, Stranger Things ou The Crown mostram bem aquilo em que a plataforma trabalha, e outros como Breaking Bad Arrested Development são óptimos exemplos de como levar audiência ao seu moinho (o streaming) por meios comprovados. A apontar-lhe alguma coisa, será a oscilação de conteúdos: estamos sempre na vertigem de ver a nossa série favorita desaparecer do catálogo. Por isso, não perca tempo: prepare-se para uma maratona e siga estas sugestões das melhores séries para ver na Netflix.

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O serviço de streaming e video on demand espanhol chegou a Portugal em 2016, quase uma década após ter nascido, munido de cinema independente e grandes clássicos da sétima arte. Mas aqui falamos de séries, num catálogo que resgata produções britânicas incontornáveis como The Office, Blackadder ou The Young Ones e que mais recentemente inclui produções originais Filmin, como é o caso da série Autodefesa. E Portugal não foge à lista, com Mundo Catita e Aleixo Psi a chegarem à lista da plataforma de nuestros hermanos. E são muitos os tesouros que os verdadeiros cinéfilos aqui podem encontrar.

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