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Televisão, Séries, Drama, Mistério, Chapelwaite (2021)
©DRAdrien Brody em Chapelwaite

‘Chapelwaite’: tanta palha, tanta ganga

Com menos conversa e exposição, e maior poder de síntese, a série protagonizada por Adrien Brody teria ganhado em intensidade e poder aterrorizador.

Escrito por
Eurico de Barros
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★★★☆☆

Em 1975, Stephen King escreveu um dos seus melhores livros Salem’s Lot, uma história de vampiros passada no Maine. Em 1978, King revisitou o local no conto Jerusalem’s Lot, situando a intriga no século XIX. É neste conto que se baseia a série Chapelwaite (HBO), embora os seus criadores, Jason e Peter Filardi, tenham mudado muitas coisas e acrescentado uns toques politicamente correctos como manda a agenda em vigor em Hollywood. Adrien Brody é Charles Boone, um comandante de baleeiros viúvo que regressa, rico e com duas filhas e um filho, à sua vila natal de Preacher’s Corner e à mansão familiar, Chapelwaite. Vai deparar com a hostilidade da maior parte da população, enfrentar a história tenebrosa da sua família, um bando de vampiros e o possível apocalipse da humanidade por via de um livro maldito. Chapelwaite tem personagens bem concebidas, uma espessa e incómoda atmosfera de terror com sugestões lovecraftianas – embora demore muito tempo a estabelecê-la e adensá-la –, e um par de soluções originais (ver a filha vampirizada de Boone). O grande senão é o excesso de palha narrativa e ganga verbal. Com menos conversa e exposição, e maior poder de síntese, Chapelwaite tinha cabido em cinco ou seis episódios (tem 10) e ganhado em intensidade e poder aterrorizador.

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