Nem só de clássicos obrigatórios da HBO se faz a Max. Também não faltam novidades. Eis as séries que tem de ver.
★☆☆☆☆
A saturação de séries de zombies tinha inevitavelmente que dar nisto: a chegada ao fundo do barril deste subgénero do terror sobrenatural, e o esgravatar desesperado do mesmo. É o que acontece em Day of the Dead (Syfy. Ter 22.00). Descaradamente inspirado pelos filmes pioneiros de George A. Romero, A Noite dos Mortos-Vivos (1968) e O Dia dos Mortos (1985), eles próprios também glosados e plagiados no cinema até à exaustão, Day of the Dead passa-se numa cidadezinha da Pensilvânia em que os mortos começam a levantar-se das sepulturas e a atacar e devorar os vivos. Vivos que, na sua grande maioria, são pessoas de muito baixa índole, pelo que até merecem ser trincados e mastigados pelos zombies, não se perde nada de especial. Os autores de Day of the Dead procuram contrariar a pesada sensação de déjà vu causada pela série, recorrendo a um tipo de humor negro que se caracteriza pela overdose de sangue e tripas, pelo horror explícito em jacto contínuo, embora ocasionalmente haja uma sequência splatter bem conseguida (a perseguição com corta-relvas no cemitério ou o zombie que vai de reboque pela boca no carro funerário em fuga). Mas a verdade é que se o grande e saudoso George A. Romero visse isto, saía do túmulo para ir morder os responsáveis por Day of the Dead.
