
‘Depois do Crime’ regressa ao local dos crimes e fala com os envolvidos
A jornalista Rita Marrafa de Carvalho revisita três crimes que abalaram Portugal na série documental ‘Depois do Crime’.
★★★☆☆
“Toda a gente gosta de um bom crime, na condição de não ser a vítima”, disse Alfred Hitchcock, e não se referia apenas àqueles crimes ficcionais que tão magistralmente filmava. Tal como o futebol, o crime garante vastas audiências na televisão e, tal como sucede com o futebol, há já canais dedicados 24 horas sobre 24 a todo o tipo de crimes, os chamados “true crime channels”. Quem estiver à procura de sensacionalismo e sangueira, mais vale ficar longe de Depois do Crime (RTP Play), a série documental da RTP sobre três crimes que abalaram Portugal (e um deles também o Brasil) entre os anos 80 e o início deste século: o do padre Frederico Cunha, o de Luís Militão, o “monstro de Fortaleza”, e o de Vítor Jorge, o “Mata-Sete”.
Rita Marrafa de Carvalho (na foto) revisita estes três casos, conseguindo mesmo falar com um dos principais envolvidos, o padre Frederico, sempre numa perspectiva serena e rigorosamente jornalística, sem pinga de exploração sensacionalista ou especulação gratuita, e tentando aduzir novos elementos, testemunhos e pontos de vista. Se os casos de Militão e Vítor Jorge estão fechados, permanecem ainda dúvidas no do padre Frederico. Por isso é pena que, aqui, Depois do Crime não se tenha atrevido a ir um pouco mais longe e investigado por conta própria.

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