Televisão, Série, Reality-Tv, Eu, Georgina (2022)
©DREu, Georgina
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‘Eu, Georgina’, um entediante, vácuo e muito encenado reality show

O interesse e a relevância desta série da Netflix estão na razão inversa da quantidade de malas de senhora que Georgina tem no armário.

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★☆☆☆☆

Se eu fosse fabricante dos ovos kinder ou industrial espanhol de carnes frias, estava a esfregar as mãos de contentamento com as referências constantes que Georgina Rodríguez, a modelo e actual namorada de Cristiano Ronaldo, lhes faz ao longo de Eu, Georgina (Netflix). Ela não pára de dar os primeiros aos filhos, e de referir e comer as segundas (“los ibéricos”). Há uma altura em que vai num jacto particular a caminho de Paris, para comprar um vestido à loja de Jean-Paul Gaultier, dizem-lhe que ele não estará lá porque faz anos e Georgina responde que, se soubesse, lhe teria levado uma prenda, “um presunto, por exemplo”.

Este entediante, vácuo e muito encenado reality show, além de cultivar intensivamente o luxury porn, permite-nos saber que Georgina não quer nem flores de plástico nem livros em casa porque “ganham pó” (será mesmo ela que o limpa? E porque é que nunca se vê nenhuma criadagem?), que apesar de lhe ter saído a sorte grande na pessoa de Ronaldo ainda joga na lotaria e é poupadinha, e que tem uma decoradora portuguesa exímia no “portunhol”. Georgina parece ser boa rapariga, companheira, mãe e amiga, mas o interesse e a relevância de Eu, Georgina, estão na razão inversa da quantidade de malas de senhora que ela tem no armário do quarto.

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Entre conteúdos originais de grande qualidade e outros que foram aproveitados (ou mesmo ressuscitados), a Netflix está, continuamente, a trazer-nos apostas dignas de binge watching. Títulos como Gambito de DamaOzark, Stranger Things ou The Crown mostram bem aquilo em que a plataforma trabalha, e outros como Breaking Bad Arrested Development são óptimos exemplos de como levar audiência ao seu moinho (o streaming) por meios comprovados. A apontar-lhe alguma coisa, será a oscilação de conteúdos: estamos sempre na vertigem de ver a nossa série favorita desaparecer do catálogo. Por isso, não perca tempo: prepare-se para uma maratona e siga estas sugestões das melhores séries para ver na Netflix.

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O Disney+ tornou-se, em tempo recorde, um dos serviços de streaming com mais subscritores no mundo. Casa da Fox, da National Geographic e da Lucasfilm, além das produções da Disney, da Pixar e da Marvel, tem um catálogo cada vez mais diversificado. Além de produções próprias – como The Mandalorian, um dos spin-offs de Star Wars, ou WandaVision, uma sitcom psicadélica que tem a chancela da Marvel –, a nova área de entretenimento Star adicionou à plataforma dezenas de séries (e também filmes), incluindo sucessos de audiências como Perdidos ou Uma Família Muito Moderna.

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No mundo das plataformas de streaming e da criação de conteúdos originais, há muitas opções por onde escolher. A Amazon lançou o seu serviço pago de streaming de séries e filmes em Portugal, em 2016, e continua a conquistar novos assinantes e a apostar na criação de conteúdos originais feitos e protagonizados por nomes sonantes. A adaptação da obra de Philip K. Dick, O Homem do Castelo Alto, foi uma das primeiras apostas bem-sucedidas. Seguiram-se Transparent, The Marvelous Mrs. Maisel, FleabagThe Boys... Há cada vez mais e melhores séries originais na Amazon Prime Video.

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Desde 2022 que a HBO Portugal deu lugar à HBO Max. A mudança de nome foi acompanhada por um site renovado e apps mais funcionais, mas o cardápio de séries é basicamente o mesmo, que já era excelente, e vai continuar a crescer – o catálogo dos filmes, porém, foi muito e bem reforçado. Entre as centenas de séries disponíveis no serviço de streaming, há pelo menos 20 que toda a gente precisa de ver pelo menos uma vez na vida. Desde clássicos como Os Sopranos a adições recentes como The Last of Us, sem esquecer A Guerra dos Tronos, estas são as séries na HBO Max que tem de ver.

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A Apple TV+ é um serviço de streaming jovem (nasceu no final de 2019) e de catálogo limitado, mas ao contrário do que possa parecer isso não é uma desvantagem. Em época de abundância, os espectadores encontram aqui um porto seguro, que tenta ter uma oferta mais apostada na qualidade do que na quantidade. O foco são as produções originais, que a pouco e pouco vão tornando o serviço incontornável para quem gosta de boa televisão. Há de tudo, das séries de grande orçamento (destaque para The Morning Show) às sitcoms surpreendentes (olá, Ted Lasso), da ficção científica (ponto extra por Fundação, adaptação dos livros Isaac Asimov) às séries documentais de fôlego (1971: The Year That Music Changed Everything é uma pérola para melómanos). Feitas as contas, há 20 séries da Apple TV+ que tem de ver. Ei-las.

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