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Televisão, Séries, Acção, Crime, Sky Rojo (2021)
©DRSky Rojo

‘Sky Rojo’: a nova série dos criadores de ‘La Casa de Papel’ é uma desilusão

A nova produção espanhola da Netflix está muitos furos abaixo de ‘La Casa de Papel’.

Escrito por
Eurico de Barros
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★☆☆☆☆

Sky Rojo (Netflix), foi-o amplamente publicitado, é a nova série dos criadores de La Casa de Papel. Só que parece que a criatividade dos ditos se esgotou nesta. Formalmente, é um infindável repositório de tiques, truques, malabarismos, tropos e figuras de estilo popularizadas por Quentin Tarantino (Esther Martínez Lobato, uma das autoras, é fanática do realizador de Pulp Fiction e Jackie Brown), mas em versão de fancaria e estilo azeiteiro. No discurso, Sky Rojo revela-se uma transposição televisiva daqueles filmes de série B de acção e exploitation, que simulam transmitir uma “mensagem” mas mais não fazem do que escavar até ao tutano o voyeurismo do sexo a roçar o explícito e da violência gráfica e alarve.

As heroínas são três prostitutas que trabalham num fantasioso clube nocturno/bordel de Tenerife. Quando, uma noite, uma delas vai ser assassinada pelo proprietário e proxeneta, duas outras reagem, agridem-no e deixam-no por morto, fugindo a sete pés. Sky Rojo é uma garrida, primaríssima, frenética e hipercinética fantasia de sexo, violência, humor pseudo-negro e vingança, com jactância “feminista” e armada ao pingarelho de denunciadora do tráfico de brancas e dos horrores da prostituição. O que falta em imaginação aos seus autores, sobra em descaramento.

Mais que ver

  • Filmes

Entre conteúdos originais de grande qualidade e outros que foram aproveitados (ou mesmo ressuscitados), a Netflix está, continuamente, a trazer-nos apostas dignas de binge watching. Títulos como Gambito de DamaOzark, Stranger Things ou The Crown mostram bem aquilo em que a plataforma trabalha, e outros como Breaking Bad Arrested Development são óptimos exemplos de como levar audiência ao seu moinho (o streaming) por meios comprovados. A apontar-lhe alguma coisa, será a oscilação de conteúdos: estamos sempre na vertigem de ver a nossa série favorita desaparecer do catálogo. Por isso, não perca tempo: prepare-se para uma maratona e siga estas sugestões das melhores séries para ver na Netflix.

  • Filmes

O Disney+ tornou-se, em tempo recorde, um dos serviços de streaming com mais subscritores no mundo. Casa da Fox, da National Geographic e da Lucasfilm, além das produções da Disney, da Pixar e da Marvel, tem um catálogo cada vez mais diversificado. Além de produções próprias – como The Mandalorian, um dos spin-offs de Star Wars, ou WandaVision, uma sitcom psicadélica que tem a chancela da Marvel –, a nova área de entretenimento Star adicionou à plataforma dezenas de séries (e também filmes), incluindo sucessos de audiências como Perdidos ou Uma Família Muito Moderna.

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  • Filmes

No mundo das plataformas de streaming e da criação de conteúdos originais, há muitas opções por onde escolher. A Amazon lançou o seu serviço pago de streaming de séries e filmes em Portugal, em 2016, e continua a conquistar novos assinantes e a apostar na criação de conteúdos originais feitos e protagonizados por nomes sonantes. A adaptação da obra de Philip K. Dick, O Homem do Castelo Alto, foi uma das primeiras apostas bem-sucedidas. Seguiram-se Transparent, The Marvelous Mrs. Maisel, FleabagThe Boys... Há cada vez mais e melhores séries originais na Amazon Prime Video.

  • Filmes

Desde 2022 que a HBO Portugal deu lugar à HBO Max. A mudança de nome foi acompanhada por um site renovado e apps mais funcionais, mas o cardápio de séries é basicamente o mesmo, que já era excelente, e vai continuar a crescer – o catálogo dos filmes, porém, foi muito e bem reforçado. Entre as centenas de séries disponíveis no serviço de streaming, há pelo menos 20 que toda a gente precisa de ver pelo menos uma vez na vida. Desde clássicos como Os Sopranos a adições recentes como The Last of Us, sem esquecer A Guerra dos Tronos, estas são as séries na HBO Max que tem de ver.

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  • Filmes

A Apple TV+ é um serviço de streaming jovem (nasceu no final de 2019) e de catálogo limitado, mas ao contrário do que possa parecer isso não é uma desvantagem. Em época de abundância, os espectadores encontram aqui um porto seguro, que tenta ter uma oferta mais apostada na qualidade do que na quantidade. O foco são as produções originais, que a pouco e pouco vão tornando o serviço incontornável para quem gosta de boa televisão. Há de tudo, das séries de grande orçamento (destaque para The Morning Show) às sitcoms surpreendentes (olá, Ted Lasso), da ficção científica (ponto extra por Fundação, adaptação dos livros Isaac Asimov) às séries documentais de fôlego (1971: The Year That Music Changed Everything é uma pérola para melómanos). Feitas as contas, há 20 séries da Apple TV+ que tem de ver. Ei-las.

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