Televisão, Séries, Drama, Histórico, Vento Norte (2021)
©DR | Vento Norte
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Falta vigor a este ‘Vento Norte’

‘Vento Norte’ (RTP1) tem muitos personagens, interpretados por bons e competentes actores. Mas não há um único que nos prenda.

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★★☆☆☆

Ver uma boa série é como ter boa companhia. Queremos estar com as personagens e passar o tempo com elas, interessamo-nos pelas suas histórias e vidas e pelo modo como se relacionam e se movimentam pelos mundos em que os seus criadores as situaram. Personagens fortes, cativantes e substanciais são mais do que meio caminho andado para uma série vingar.

O que não falta são personagens a Vento Norte (RTP1, Qua 21.00/ RTP Play), e interpretadas por bons e competentes actores. A série passa-se em Braga (e é bom ver a nossa ficção televisiva sair de Lisboa), entre o final da I Guerra Mundial e o golpe militar de 28 de Maio de 1926, e é uma daquelas sagas familiares e sociais tendo como pano de fundo tempos agitados, que já deram momentos memoráveis à história da televisão.

Mas não há ali uma personagem que nos prenda, envolva ou atraia o suficiente para querermos saber o que lhe vai acontecer. São estereotipadas, unidimensionais ou previsíveis, e não as ajuda nada, nem à história, o facto de Vento Norte apresentar ainda um problema de ritmo e de falta de vigor. Cada episódio tem quase 50 minutos mas parece durar o dobro, a intriga arrasta os pés, a direcção de actores é frouxa e falta chama, vivacidade, intensidade à narração. Em vez de nortada, temos uma brisa.

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