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O Soberano! Litografia de Raçhael Bordallo Pinheiro
©Museu Bordallo Pinheiro

Cinco coisas que não sabe sobre o Museu Rafael Bordalo Pinheiro

Fomos em busca dos segredos do museu e da arte do maior caricaturista português de sempre.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Neste museu com mais de 100 anos pode para fazer uma visita ao Zé Povinho, às andorinhas e a milhares de outras gravuras e peças de cerâmica do artista alfacinha. O museu apresenta-se como o mais divertido de Lisboa e podemos comprovar que lhe irá arrancar pelo menos um sorriso (e nesse caso o seu coração é de gelo). O Museu Bordalo Pinheiro é obra do artista que encontrou a última morada no Cemitério dos Prazeres (1846-1905) e que em vida se desdobrou não só nas profissões de ilustrador e ceramista, mas também nas de aguarelista, decorador ou jornalista.

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Cinco coisas que não sabe sobre o Museu Rafael Bordalo Pinheiro

É o museu mais antigo do país dedicado a um artista
©Museu Bordalo Pinheiro

1. É o museu mais antigo do país dedicado a um artista

Abriu ao público há 100 anos, em 1916, na moradia de Artur Ernesto de Santa Cruz Magalhães, um poeta e coleccionador apaixonado pela obra de Rafael Bordalo Pinheiro, que fundou o museu com a sua colecção privada. A casa só por si já seria digna de visita: recebeu uma Menção Honrosa do Prémio Valmor em 1914. O museu pertence à Câmara Municipal de Lisboa desde 1924, uma oferta preciosa de Cruz Magalhães, que não pediu um cêntimo para a realização do museu.

Veja o manguito original

2. Veja o manguito original

A Rafael Bordalo Pinheiro associamos a figura de Zé Povinho, que tem direito a um núcleo só para ele. Aqui encontra o primeiro desenho publicado no n.º 5 do jornal Lanterna Mágica, fundado por Bordalo Pinheiro, em 1875. É a primeira aparição pública do adepto dos manguitos.

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Coisas de família, em família devem ficar
Pintura de Columbano Bordalo Pinheiro

3. Coisas de família, em família devem ficar

No museu existe um retrato de Rafael Bordalo Pinheiro, pintado em 1891 pelo seu irmão mais novo, Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929). Foi Manuel Gustavo, filho de Rafael, que legou em testamento esta peça ao museu. Sempre fica tudo em família.

Uma colecção composta por milhares de peças e documentos
©DR

4. Uma colecção composta por milhares de peças e documentos

Hoje esta casa tem cerca de 1200 peças de cerâmica, 3500 gravuras, 3000 desenhos e pinturas originais, 900 fotografias da época, 3000 publicações e um acervo documental com a colecção privada do fundador.

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Um zoo de cerâmica no jardim
©DR

5. Um zoo de cerâmica no jardim

Cobras, lagartos, vespas, lobos, gatos, peixes, rãs. A fauna do jardim do museu, remodelado em 2011, é variada, quase a competir com o zoo, não fossem estes animais feitos em cerâmica. E uma réplica da peça Gato Assanhado (Pires para os amigos) até já saiu às ruas de Lisboa. A ideia de encher o espaço verde com criações de Bordalo Pinheiro foi de Catarina Portas e Joana Vasconcelos ficou responsável por distribuir pelo espaço a bicharada oriunda da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, que com esta encomenda evitou o encerramento. 

Mais museus para visitar

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Alguns espaços receberam novos inquilinos, outros tornaram-se museus que celebram o trajecto dos escritores, outros, ainda, serviram-lhes unicamente de última morada. De colina em colina, por ruelas, becos, largos e avenidas, de um rés-do-chão para Camões a um miradouro para Sophia, sem esquecer essa fachada emblemática no Bairro Alto por onde passaram não um mas vários escritores, a cidade fervilha com a presença histórica.

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  • Museus

Não é ao domingo de manhã, sábado à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público. E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está na ribalta.

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