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Casa Fernando Pessoa
Gabriell Vieira

Descubra onde moram casas-museu na Grande Lisboa

Não acumulam funções, mas já foram moradas de artistas consagrados. Conheça as casas-museu que pode visitar na Grande Lisboa.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
e
Francisca Dias Real
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Tenham ou não o termo "casa" no nome, estes museus têm em comum o facto de exibirem o acervo de antigos e ilustres inquilinos ou proprietários. Sejam de poetas, cantores, advogados, aristrocratas ou pintores, há muito para conhecer e aprender nestas verdadeiras casas abertas ao público. Pelo meio vai poder travar conhecimento com pérolas como a cómoda que fazia parte do quarto de Fernando Pessoa, a quase intocada casa de Amália Rodrigues, ou a morada de um decorador que privou não só com a fadista como também com Coco Chanel, Maria Callas, Truman Capote e Henry Kissinger.

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As casas-museu da Grande Lisboa

  • Museus
  • São Sebastião

A primeira casa de artista da capital, Prémio Valmor em 1905, integrava-se no plano de crescimento da cidade de Lisboa. Foi um projecto do arquitecto Norte Júnior, mandado construir pelo pintor José Malhoa e destinado a servir de casa e ateliê. Em 1932, a “Casa-Malhoa” foi adquirida Anastácio Gonçalves (1889-1965), médico que ali viveu e organizou a sua colecção até ao ano da sua morte. O espaço abriu ao público em 1980 e merece visita pelas exposições regulares e pequenos concertos que acolhe.

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  • Campo de Ourique

Não foi a primeira nem a segunda casa do poeta. Mas foi a última. A morada de Fernando Pessoa, para onde se mudou em 1920, fica num prédio adquirido na década de 80 pela Câmara Municipal de Lisboa que na sua posse tinha parte relevante do espólio pessoano. Como a cómoda que fazia parte do quarto de Pessoa ou a estante onde guardava os seus livros. Depois de ter estado fechada durante um ano para obras no edifício, a casa reabriu no Verão de 2020 com uma área expositiva maior, dividida pelos três pisos. A exposição começa com um núcleo dedicado aos heterónimos de Pessoa, o segundo piso acolhe a biblioteca pessoal do poeta e uma zona de exposições temporárias, e, por último, o primeiro piso recria o apartamento de Fernando Pessoa exactamente naquele espaço. Este núcleo é mais biográfico e é onde estão expostos documentos como o bilhete de identidade, o contrato de arrendamento do apartamento, objectos pessoais e até a folha onde escreveu a célebre frase "I know not what tomorrow will bring". A Casa Fernando Pessoa renovou também a biblioteca do espaço dedicada ao poeta e à poesia, e deslocou o auditório para o piso térreo para poder funcionar independentemente da Casa. 

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  • Museus
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Em 1896 (não adormeça já), Augusto Vítor dos Santos, advogado, contratou Manuel Correia Júnior, construtor, para edificar este seu lar, onde viveu até 1921. Alguns proprietários mais tarde (Estado do Vaticano incluído), chega em 1943 às mãos do mecenas António Medeiros e Almeida, que acaba por transferir para esta casa toda a sua coleção de artes decorativas. Ainda em vida, cria a Fundação Medeiros e Almeida (1972) e doa-lhe a casa, a colecção e basicamente todos os seus bens. É esta a génese desta casa-museu aberta ao público em 2001, que inclui uma colecção de arte sacra; 200 relógios de bolso organizados cronologicamente (Sala dos Relógios); terracotas e porcelanas chinesas desde a Dinastia Han (206 a.C.220); ou mesmo um altar-mor oriundo do Palácio dos Condes de Burnay em Lisboa.

  • Museus
  • Lisboa

Garantem que no número 193 da Rua de São Bento, morada da Casa e da Fundação Amália Rodrigues, ficou quase tudo como a ilustre dona deixou o espaço. A cantadeira das cantadeiras viveu meio século nesta casa amarela onde os serões se encheram de fado. As visitas são guiadas, duram uma média de 20 minutos, e conduzem-no por bustos, bandolins, pinturas de Maluda e muitas outras relíquias. Aproveite ainda para explorar a agenda de concertos de fado no jardim.

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  • Museus
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  • Cascais
  • preço 1 de 4

Ocupa o antigo edifício da Casa dos Guardas do Palácio dos Condes de Castro Guimarães e hoje tem expostas as colecções do reconhecido decorador e coleccionador Duarte Pinto Coelho, um cascaense que viveu em Madrid durante boa parte da vida e conviveu com personalidades do gabarito de Coco Chanel, Maria Callas, Truman Capote, Henry Kissinger e a nossa Amália Rodrigues. As exposições das várias peças de Duarte Pinto Coelho, que viajou por todo o mundo, são temporárias.

Museu Condes de Castro Guimarães
  • Coisas para fazer
  • Cascais

Cheira a madeira e a história antiga neste museu. Inaugurado em 1931, o Museu Condes de Castro Guimarães, considerado o mais antigo museu de Cascais, é uma peça da arquitectura romântica, reúne uma colecção bibliográfica com mais de 2800 volumes, tendo sido até a primeira biblioteca pública da vila. Há uma sala com um tecto bastante peculiar, cheio de trevos de três folhas, uma herança da origem irlandesa do primeiro proprietário do espaço. É nessa Sala dos Trevos que se tem celebrado o famoso St. Patrick’s Day. Noutra divisão, a Sala da Música, pode observar um órgão de tipo francês – com um sistema tubular pneumático – que está instalado naquela casa desde 1912.

Mais coisas para visitar em Lisboa

  • Arte
  • Galerias

Museus e centros de difusão de arte contemporânea e galerias que estão de pedra e cal no roteiro cultural dos lisboetas são bem conhecidas de todos. Mas, onde andam os artistas emergentes? Esses que não andam nas bocas do mundo? Nestas galerias, está claro. Conheça talentos emergentes nas galerias de arte menos óbvias de Lisboa, algumas até no centro da cidade, outras nos bairros já fora do centro histórico ou até nos bairros que só mais recentemente estão a ser descobertos por uma grande parte dos lisboetas.

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