Televisão, Séries, Comédia, Doctor Portuondo (2021)
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‘Doctor Portuondo’ é versado em Freud e insultos

‘Doctor Portuondo’ é a primeira série produzida por uma plataforma de streaming independente europeia, a Filmin.

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★★☆☆☆

Se o escritor, argumentista e realizador espanhol Carlos Padial não ficou mais aliviado dos problemas que o levaram a consultar um psicanalista, pelo menos tirou daí um livro semi-autobiográfico e a série de televisão Doctor Portuondo (Filmin), a primeira produzida por uma plataforma de streaming independente europeia. Padial surge como Carlo, um ilustrador e DJ sempre sem cheta, neurótico e afligido por uma miríade de pequenas obsessões e manias, que é paciente do Dr. Portuondo do título, um psicanalista cubano exilado em Espanha, um ogre excêntrico, fanático de Freud e que não recua ante insultar aqueles que está a tratar.

A série tenta por um lado cultivar a comédia psiquiátrica a evocar Woody Allen, e pelo outro, um humor feito de nonsense e de gags físicos, que várias vezes escapa aos espectadores não-espanhóis (“o meu pai era um informático incapaz de afecto, natural de Múrcia e fanático de Nietzsche.”). Mas Doctor Portuondo tem três grandes problemas: personagens toscamente caricaturais, a começar pelo médico rugidor e pelo seu paciente choninhas, um enredo repetitivo e baixa voltagem cómica. Para gozar com a psicanálise e os psicanalistas, não chega pegar num clínico apopléctico e desbocado e em meia-dúzia de pacientes patuscos, juntá-los e agitar muito.

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