
Três felizes discos dos Três Tristes Tigres
Os Três Tristes Tigres lançaram três álbuns nos 90s. Antes do concerto desta sexta-feira, no Lux, recordamos a história do grupo
Ana Deus e Alexandre Soares têm trilhado percursos musicais consideráveis, tão activos quanto discretos. Nos anos 90 encontraram-se nos Três Tristes Tigres e nesta década reencarnaram nos Osso Vaidoso, mas entretanto regressaram à origem. Sexta-feira, os Três Tristes Tigres dão um concerto em Lisboa, no Lux, acompanhados por P. Coimbra (Mesa), Quico Serrano (Plaza) e o baixista Rui Martelo. Uma oportunidade única para ouvir e recordar um dos mais aventureiros projectos da história pop portuguesa.
Leia mais na Time Out desta semana.
Três felizes discos dos Três Tristes Tigres
Partes Sensíveis (1993)
Antes da entrada de Alexandre Soares, que aparece aqui como guitarrista convidado, o grupo era 100% feminino – além de Ana Deus, que vinha dos Ban, e da poetisa Regina Guimarães, que assina todas as letras, contavam com a teclista Paula Sousa (Repórter Estrábico). Nesta primeira fase, as Três Tristes Tigres actualizavam as memórias do cabaré parisiense e berlinense, incidindo o foco nas palavras, nos seus ritmos, duplos sentidos e no poder de sugestão.

Guia Espiritual (1996)
É o primeiro momento de verdadeira exploração musical entre Ana Deus e Alexandre Soares, que retoma aqui as experimentações pop que abandonara nos GNR. Foi uma ruptura tão forte com o álbum anterior, que muitos o consideram como o primeiro disco dos Tigres. Partiram do zero, estavam à procura de um novo som e encontraram-no. Desapareceu a vertente mais ligeira e as canções ganham novas componentes, samplagens e experiências sónicas. Com a entrada em cena de Alexandre Soares, o grupo evolui de forma intuitiva.

Comum (1998)
Dos três, é o álbum que os Tigres consideram que melhor sobreviveu à passagem do tempo. O último disco de originais da banda arrisca territórios ainda mais experimentais e mais electrónicos. Menos acessível que os anteriores, Comum é maioritariamente composto por Alexandre Soares, com letras partilhadas entre Ana Deus e Regina Guimarães. Foi o princípio do fim.

Playlists Time Out Lisboa
Aretha Franklin retira-se. Devemos-lhe todo o “Respect”
A realeza que se cuide. Quando uma rainha informa que o seu reinado está a chegar ao fim, as televisões atropelam-se para ver quem chega primeiro. E logo esta, Rainha da Soul, Rainha da Voz, Rainha, apenas, que dispensa qualquer título à frente. Aretha Franklin, a nossa Rainha preferida, acaba de anunciar a sua retirada do mundo da música durante o ano de 2017.
Grace Jones. A nossa playlist do furacão jamaicano
Modelo, cantora, actriz. Não necessariamente por esta ordem, mas sempre com as devidas doses de androginia e exuberância, para um resultado icónico. Mas vamos à música, guiados pela voz de Grace Jones. Deixamos meia dúzia de canções.
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As preferências musicais dos líderes políticos poderiam revelar, se fossem sinceras, o seu lado mais íntimo e humano. Porém, nada nos garante que os políticos, que tantas vezes mentem ou se ficam pela meia-verdade sobre assuntos sérios, de importância capital e de interesse nacional, não falseiem as suas inclinações mais íntimas e subjectivas.
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Camané é um dos melhores fadistas portugueses. Correcção: é um dos melhores cantores. Ao longo dos anos, afastou-se mais do que uma vez do fado, colaborando com outros músicos e cantando outros autores, das versões de António Variações dos Humanos à recente recriação de “Space Oddity”, de David Bowie, na companhia de David Fonseca.