Talego
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

Sete restaurantes em Campolide para comer e beber com agrado

Campolide é casa de comida tradicional portuguesa, mas também há boas novidades. Saiba as mesas que não pode perder no bairro.

Cláudia Lima Carvalho
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Não é dos maiores bairros da cidade, mas nem por isso faltam opções para comer. Talvez não seja a escolha mais óbvia na altura de decidir onde reservar mesa, porém poderá sair surpreendido – nem boas esplanadas faltam por aqui. Campolide é casa de comida tradicional portuguesa, mas também há boas carnes e até aos pratos mais frescos e contemporâneos, sem nunca esquecer, obviamente, o frango assado (olá, Valenciana!). Nestes sete restaurantes em Campolide não vai sair desiludido. E o mais certo é querer voltar. Não se esqueça é de reservar. Sendo uma zona tão bem servida de transportes, o mais seguro é deixar o carro em casa.

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Os melhores restaurantes em Campolide

  • Português
  • Campolide

De raízes minhotas, a Tasquinha do Lagarto prima pela boa comida portuguesa, é um facto. Há símbolos sportinguistas nas paredes, mas que não seja isso que o mantenha longe desta morada em Campolide, até porque, se for o caso, é um bom sítio para ver a bola, seja ela de que preferência clubística for. O que interessa é o que vai para o prato, seja à lista ou conforme o prato do dia, e aí não falha o polvo à lagareiro e o arroz de garoupa. Leve em mente que tem de guardar espaço para o conhecido bolo de bolacha com mousse de chocolate. 

  • Português
  • Campolide
  • Recomendado

O Sal e Brasas abriu em 2017, ali onde Campolide se encontra com Sete Rios, mas a história começou a ser construída antes por Zé Guerra e Maria Eduarda na sua Coruche natal. Foi já na morada lisboeta que construíram reputação entre os amantes de cozinha tradicional e das carnes maturadas, então ainda pouco conhecidas. As carnes são, aliás, o emblema da casa e um dos pratos que mais sai é o bife à cortador para dois. Não deixe, contudo, de prestar atenção aos pratos do dia que conquistaram o crítico da Time Out: dos croquetes de picanha ao polvo à lagareiro.

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  • Português
  • Campolide

Escusa de perguntar pelo Alfredo. Ao contrário do que se poderia pensar, não há nenhum cicerone ou figura com esse nome, é só “um nome comercial”. Albino José Miguel ganhou prática no mundo da hotelaria na Suíça e, no regresso, comprou este Cantinho já lá vão três décadas. Na cozinha, a D. Helena começa a preparar o cozido da quinta-feira às oito da manhã e também confecciona um dos bons bitoques da capital.

  • Churrasco
  • Campolide

Um clássico lisboeta que sobrevive ao tempo, ou não somasse já mais de um século de vida. Quando o assunto é frango assado, não há top onde a especialidade daqui não entre. Em 2017 levou um extreme makeover no restaurante – ganhou, até, um moderno jardim vertical – mas o frango mantém-se o de sempre. Há bons petiscos na esplanada e os pratos do dia são habitualmente uma aposta segura.

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  • Cafés
  • Campolide

Se ao final do dia reparar num grande ajuntamento no Jardim da Amnistia Internacional, em Campolide, não estranhe porque há muito tempo que o Verde Lima se tornou ponto de encontro para um copo depois do trabalho (e o que não faltam são escritórios ali à volta) – e quando não chegam as mesas (e não são poucas), estica-se para a relva. Em alguns dias, há música ao vivo. Ao fim-de-semana, durante o dia, também é muito procurado por famílias. Para comer, são as pokes o grande chamariz.

  • Campolide

Em Campolide, não foi preciso muito para que o Talego se tornasse motivo de romaria num instante – as filas à porta à hora do almoço são disso prova. A boa comida alentejana, embrulhada num menu de almoço a 12,90€ (couvert, sopa, prato, bebida e sobremesa), é o cartão de visita perfeito. Como apontou Alfredo Lacerda quando por lá passou, "os pratos mudam todos os dias e são por volta de uma dezena". "Em duas visitas, tínhamos mais do que os lugares-comuns alentejanos. Eis o coelho com alecrim (e umas batatas fritas bonitas, descascadas à mão), a queixada de porco assado, a galinha frita com molho de tomatada – tudo servido em doses boas. Noutro dia, havia sopa de cação (o peixe magnífico, suculento), ensopado de borrego com hortelã, gaspacho (bem gelado) com carapauzinhos fritos de óleo limpíssimo."

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  • Campolide

A localização não é um acaso, embora tenha sido praticamente um golpe de sorte. Ao passear na zona, onde têm os filhos no Liceu Francês, Sandra Castro e Pedro Oliveira viram num empreendimento prestes a nascer o espaço perfeito para dar forma ao sonho de criarem um negócio próprio. O casal, vindo de França há cerca de três anos, sentia falta de uma pastelaria à boa maneira francesa. Apesar de virem de áreas completamente distintas, atiram-se de cabeça e criaram a BomBom Pâtisserie, em Campolide. O espaço é amplo e bonito, colorido e contemporâneo. Na montra, saltam imediatamente à vista as cores dos choux e das finas tartes de assinatura, além dos croissants e dos pains au chocolat, mas também há snacks e pratos rápidos ao almoço. Ao sábado, há um menu de brunch (19,50€) que acaba por ser uma boa montra do que aqui se faz.

Restaurantes zona a zona

O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Também há clássicos que resistem à gentrificação. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real. Há muito por descobrir e provar. Vá por nós e coma como um abade. Perdão, como a nobreza que merece ser. Não se esqueça é de reservar mesa porque a zona tem andado muito concorrida.

Há poucos bairros com a diversidade gastronómica de Alvalade. São muitos os restaurantes do mundo, da Itália ao Japão, mas o grande destaque, talvez, vá para a cozinha tradicional portuguesa – de tal forma que a grande novidade na zona é uma nova tasca antiga (a Vida de Tasca, de Leonor Godinho). Bons bitoques? Há. Cozido à Portuguesa? Só é preciso acertar no dia, mas também há. Peixe grelhado? Mais fresco é difícil. Cabidela? Até parece que estamos no Minho. Bem-vindos aos melhores restaurantes em Alvalade – só não se esqueça de reservar.

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