A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
pregado de bak kwa do asiático
Fotografia: Arlindo CamachoPregado de Bak Kwa do Asiático

Viscoso mas gostoso: os melhores pratos com algas em Lisboa

O mar não dá apenas peixe e marisco às nossas mesas. Descubra os melhores pratos com algas em Lisboa

Escrito por
Mariana Morais Pinheiro
Publicidade

Agora que Lisboa aquece na mesma proporção com que arrefecem os menus alfacinhas, mergulhe nesta lista e saiba onde comer os melhores pratos com algas em Lisboa. 

Viscoso mas gostoso: os melhores pratos com algas em Lisboa

  • Restaurantes
  • Português
  • Chiado

Uma garfada neste prato equivale a pôr a 
língua a nadar em mar aberto. Faz parte do
 menu de degustação Lisboa, mas também pode 
ser pedido à la carte. E tem tudo o que existe no
 oceano: robalo cozinhado no Roner a 54ºC,
 mexilhão, berbigão e lingueirão frescos, água 
do mar – feita a partir da cozedura do mexilhão – e várias
 algas para dar textura ao prato. Avillez usa alface-do-mar bringida durante cinco segundos em água a ferver, tosaka vermelha que fica a dessalgar durante cinco minutos, e tosaka verde que também passa pelo mesmo processo, mas é escaldada em água quente.
 Deste “mergulho” fazem ainda parte algas como o codium, que fica durante cinco horas no frio, e a uva do mar, com a qual o chef faz uma salmoura.

Preço: 45€

  • Restaurantes
  • Castelo de São Jorge
  • preço 4 de 4

É bom, venha para a mesa sozinho ou com pão regional e uma boa manteiga de ovelha de Azeitão. Mais: foi o único prato que sobreviveu à mudança de restaurantes. Este tártaro de algas, produzidas em Aveiro, veio do antigo restaurante na Mouraria para o novo espaço do chef Tiago Feio, aberto no Palácio Belmonte. Dele fazem parte quatro algas: a alface-do-mar; a dulse, mais avermelhada; a nori europeia, mais escura, e a cabelo de velha, mais fina. Todas com diferentes sabores e texturas. “Identifico-me muito com este prato. É feito com produtos locais, é cru e é muito fresco”, diz o chef. O prato faz parte do
 menu de degustação e é completado por chalotas, alcaparras e mostarda Dijon.

Preço: 40€/menu de degustação

Publicidade
  • Restaurantes
  • Avenidas Novas

O chef Paulo Morais está cheio de vontade mudar e já fez alterações na carta quatro vezes este ano. Mas há um prato que, por estar a
 ser um sucesso retumbante, vai aguentar-se estóico face a tanta mudança. “A salada de algas que servimos leva alga wakame que vem do Japão já pronta. Uso-a muito em saladas e em sopas miso. Mas também tem alga kombu e agar-agar que são cozidas e depois misturadas num preparado que fazemos aqui”, descreve. Este leva sementes de sésamo, óleo de sésamo, molho de soja e kimchi. Por cima vai ainda um crocante de alga nori e um vinagrete feito à base de manga, maçã, tomate, gengibre, alho e cebola.

Preço: 10€

  • Restaurantes
  • Chinês
  • Parque das Nações

Quem não sabe ao que vai pode facilmente sentir-se enganado, mas nada tema, porque esta salada de algas chinesas é boa que se farta. O mu er, em chinês, é um fungo comestível que cresce em árvores e é muito usado em pratos asiáticos. Por ter uma textura viscosa (mas saborosa) e um formato peculiar, que lhe deu o apelido de “orelha de rato” ou “orelha de Judas”, é facilmente confundido com uma alga. Apesar de não ter um sabor forte, esta “alga”, que deve ser hidratada antes de ser cozinhada, absorve os sabores dos outros ingredientes. Neste restaurante chinês é embebida num vinagrete caseiro feito com alho, sal, açúcar, vinagre, molho de soja e malagueta.

Preço: 9,90€

Publicidade
  • Restaurantes
  • Asiático contemporâneo
  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

Tem o seu lado de surf and turf, modalidade gastronómica que Kiko Martins gosta de praticar. Por isso, neste prato há filetes de pregado cozinhados a baixa temperatura e uma barriga de porco temperada com molho de ostra, soja e açúcar. Por cima, três algas. A alface-do-mar, a tosaka vermelha e a tosaka verde vêm do Japão numa salmoura, e a orelha de Judas, facilmente confundida com uma alga, mas que é na verdade um fungo, vem desidratada 
e é hidratada antes de ir para o prato. Ao lado vai um puré de tupinambor, noodles de choco, percebes e berbigões fresquinhos.

Preço: 16,90€

Impróprio para esquisitinhos

  • Restaurantes

Não seja enojadinho e abra os seus horizontes gastronómicos. Tal como um livro não deve ser julgado pela capa, condenar um prato à partida só porque não corresponde ao seu estereótipo de beleza é uma infâmia. Na cidade, temos chefs com estrelas Michelin a cozinharem mãozinhas de vaca e outros com décadas de experiência a transformar testículos de animais em pratos refinados. Tudo para impressionar. Por isso, vá lá, dê-lhes uma oportunidade. A eles e aos pratos mais estranhos para comer em Lisboa.

Publicidade
Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade