Se o Alentejo tem o Cromeleque dos Almendres, o Minho tem os espigueiros. Estas estruturas em pedra granítica, mas que também podem ser em madeira (encontra algumas em Sistelo, uma aldeia próxima), serviam para guardar e secar os cereais, evitando os ataques dos ratos. Um dos conjuntos mais conhecidos fica no Soajo, aldeia histórica de Portugal que fica em plena Serra da Peneda, e o mais antigo data de 1782. Os espigueiros não são completamente fechados, têm fissuras laterais para que o ar circule, e no topo são pontuados por uma cruz. Uma curiosidade: eram do Soajo os cães que todos os anos se ofereciam aos reis – mais concretamente cinco cães sabujos da Serra do Soajo. Essa dádiva levou a que, durante os séculos da monarquia, o Soajo estivesse isento de pagar impostos.
Muitas vezes esquecido no Verão, o Minho é das regiões mais completas do país: tem serras, boa gastronomia, atracções históricas, vegetação, cascatas, ribeiros e, pasme-se, também tem praia.
Vá à descoberta do Vale encantado, uma pequena localidade em Arcos de Valdevez, que fica perto do Soajo e de Sistelo, que pertencem à rede de Aldeias de Portugal. É lá que estão os doces da Dona Emília ou o turismo de natureza Quinta do Figo Verde. Por perto, encontra lagoas, praias fluviais e uma espécie de Stonehenge da época moderna: os espigueiros do Soajo, um conjunto de 24 estruturas em granito que serviam para armazenar, secar e proteger os cereais.
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