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Fernando Guerra

Coisas para fazer no Dia Internacional dos Museus em Lisboa

Mais do que um dia com programação especial, este ano, há museus que vão viver o fim-de-semana em clima de festa.

Mauro Gonçalves
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É o ponto alto do ano para estes espaços dedicados à arte e ao património. No domingo, 18 de Maio, assinala-se o Dia Internacional dos Museus, mas as iniciativas prolongam-se durante todo o fim-de-semana. Há visitas guiadas, concertos, oficinas temáticas e até uma festa silenciosa (para animar o público, sem incomodar os vizinhos). Isto para não falar nas exposições que esta semana inauguram e que reforçam ainda mais o convite: são dias para visitar os museus da cidade – alguns vão mesmo ser de entrada livre, enquanto outros entendem o horário e fazem a festa até mais tarde.

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Dia Internacional dos Museus em Lisboa

  • Arte
  • Estrela/Lapa/Santos

Comissariada pela antropóloga Rosa Maria Perez, a mais recente exposição do Museu do Oriente é dedicada ao "olhar sensível" do fotógrafo Krishna Navelkar. "Do colonialismo português às grandes transformações sociais e políticas que moldaram a Goa moderna", Navelkar passou quase quatro décadas a eternizar o território e os seus habitantes. A exposição resulta do restauro e da conservação do acervo do fotógrafo, levados a cabo pela Fundação Oriente desde 2006.

O Dia Internacional do Museus é assinalado com visitas orientadas temáticas e com uma maratona de dança indiana. Todas as actividades, bem como a entrada no museu, são gratuitas.

  • Arte
  • Belém

Com obras da Colecção Teixeira de Freitas e da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, a nova exposição do MAC/CCB apresenta "uma selecção de 'microcosmos' poéticos singulares em constante movimento e transformação que desafiam os nossos sentidos a abrirem-se em diferentes direcções", como se lê no comunicado. Além das duas colecções representadas, destaque para obras de artistas convidados – Ann Veronica Janssens, Belén Uriel, Eija-Liisa Ahtila, Ernesto Neto, Fernando Brito, Fischli & Weiss, Gabriel Orozco, Horácio Frutuoso, Mattia Denisse, Mauro Cerqueira, Mona Hatoum e William Kentridge. A curadoria é da directora Nuria Enguita.

Além da nova exposição, o MAC/CCB convida os visitantes a envolverem-se numa série de actividades gratuitas. No sábado, destaque para a leitura de um excerto de Uma família em Bruxelas, por Beatriz Batarda. Ainda em torno do universo da realizadora Chantal Akerman, a também realizadora Marta Mateus conduz uma visita à exposição. No domingo, há mais visitas guiadas às diferentes exposições do museu, sempre na companhia das respectivas curadoras.

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  • Arte
  • Chiado

Inspirada no pensamento do escritor naturalista Henry David Thoreau, a exposição gira em torno da representação de caminhos, símbolo da necessidade do contacto com a natureza. "Assim, nas obras escolhidas, os lugares de criação sugerem a relação com os lugares físicos, os caminhos espirituais e os da imaginação, a noção de espaço-tempo ou a construção da memória", como se lê na apresentação da exposição. A exposição conta com 31 obras de 22 autores da colecção Millennium bcp.

Dia e Noite nos Museus

  • Museus

Há museus em Lisboa onde pode entrar – sempre – sem gastar dinheiro. Outros há em que se paga bilhete, excepto num ou outro dia da semana ou do mês. É que nem precisa de mexer na carteira. Seja ao domingo, na última quinta-feira do mês ou depois ou antes de uma certa hora. E há ainda os museus em que passou a poder entrar usando um dos seus 52 dias anuais de entradas livres – só tem de estar atento e apontar na agenda. Aproveite este guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa.

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  • Coisas para fazer
  • Centros culturais

O insólito traz pimenta aos dias e o tempo em que apenas queríamos estar a par das grandes pinturas e esculturas dos séculos XX e XXI pode não ser este. Pode ser divertido replicar a cena de corrida nos corredores do Louvre, como no Bande à Part, de Godard, mas também não fará mal nenhum explorar as vitrinas de um museu que esconde antigos distintivos da Polícia Judiciária, retratos de criminosos, máscaras de cera representando os efeitos da sífilis ou chips de computadores primitivos. Pedimos desculpa aos mais sensíveis, mas aqui não há Paula Rego nem Picasso, nem tão pouco arte. Esta é uma incursão pelos museus mais estranhos de Lisboa e arredores, onde a ciência ganha terreno sobre a beleza.

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