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Palácio Nacional da Ajuda
oão Carlos dos Santos/DGPCPalácio Nacional da Ajuda

Lisboa estava há mais de 200 anos à espera de acabar esta obra

Os edifícios de grandes dimensões continuam a nascer em Alcântara e Belém. Na Ajuda, o Palácio Nacional vai finalmente ser acabado.

Hugo Torres
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Hugo Torres
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O eixo Alcântara-Belém não comporta projectos de pequena dimensão. Ou pelo menos assim parece: depois da recente construção do Museu dos Coches e do MAAT, dois equipamentos culturais que mereceram pompa, circunstância e fotografias sem fim no Instagram, estão em execução quatro obras mastodônticas que vão mudar definitivamente a frente ribeirinha do lado ocidental da cidade.

A saúde é o denominador comum de dois deles, um no princípio e outro no fim desta linha imaginária. Em Alcântara, o Hospital CUF Tejo está na vertigem de ser inaugurado. São 75 mil metros quadrados e dez pisos com especial enfoque nas “doenças do futuro”: oncologia, neurociências, cardiovascular, pulmão, otorrinolaringologia e oftalmologia. Um investimento de 100 milhões de euros que deixa em suspenso o destino dos actuais edifícios do hospital na Infante Santo. No outro extremo, a Fundação Champalimaud vai crescer: dois novos edifícios, um novo centro de investigação e tratamento de doenças do pâncreas (financiado pela família Botton: 50 milhões de euros).

O quarto e o quinto módulos do Centro Cultural de Belém – que é como quem diz uma galeria comercial e um hotel – vão sair do papel e ver a luz do dia quase 30 anos depois. Continuando o caminho de regresso pela Avenida da Índia, o Palácio Condes da Ribeira Grande está a ser transformado num museu-hotel de cinco estrelas e o Centro de Congressos vai ter na vizinhança um hotel de apartamentos de boas dimensões.

Muito perto do novo hospital da CUF, o terreno em que operava a antiga fábrica da Sidul vai deixar o limbo a que tem sido votado nas últimas décadas e albergar um complexo de apartamentos e escritórios, parte dos quais a ocupar pelo BNP Paribas. O presidente do grupo SIL, o promotor da obra, fala num investimento “bastante superior a 100 milhões de euros”.

Por fim, a jóia da coroa: o Palácio Nacional da Ajuda vai ser concluído. Deve estar pronto dentro de um ano, com cerca de dois séculos de atraso. Podem agradecer à taxa turística.

Sete obras que vão mudar o eixo Alcântara-Belém

Hospital Cuf Tejo
Frederico Valsassina

Hospital Cuf Tejo

Promotor: Grupo José de Mello Saúde
Onde: Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia e Rua de Cascais
Estado da obra: em execução
Conclusão prevista: 2019
Projecto: Frederico Valsassina
Investimento: mais de 100 milhões de euros

Centro Pancreático Botton-Champalimaud
a partir de esquissos de Charles Correa

Centro Pancreático Botton-Champalimaud

Promotor: Fundação Champalimaud
Onde: Avenida de Brasília
Estado da obra: por iniciar
Conclusão prevista: 5 de Outubro de 2020
Projecto: a partir de esquissos de Charles Correa
Investimento: 50 milhões de euros

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Centro Cultural de Belém

Promotor: Fundação CCB
Onde: Praça do Império
Estado da obra: concurso público
Conclusão prevista: 2022
Projecto: Vittorio Gregotti e atelier Risco (Manuel Salgado)
Investimento: 60-70 milhões de euros

Museu-Hotel Palácio Condes da Ribeira Grande
Metro Urbe

Museu-Hotel Palácio Condes da Ribeira Grande

Promotor: Simurex
Onde: Junqueira
Estado da obra: em execução
Conclusão prevista: 2020
Projecto: Metro Urbe
Investimento: 10 milhões de euros

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Hotel-Apartamento Centro de Congressos
Helder Cordeiro/Metro Urbe

Hotel-Apartamento Centro de Congressos

Promotor: Real Tejo
Onde: Junqueira
Estado da obra: por iniciar
Conclusão prevista: 2020
Projecto: Metro Urbe
Investimento: 25 milhões de euros

Complexo de Alcântara
Saraiva + Associados

Complexo de Alcântara

Promotor: BNP Paribas, Grupo SIL
Onde: Avenida da Índia
Estado da obra: em execução
Projecto: Saraiva + Associados
Investimento: mais de 100 milhões de euros

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Palácio Nacional da Ajuda
João Carlos dos Santos/DGPC

Palácio Nacional da Ajuda

Promotor: Câmara de Lisboa, Associação de Turismo de Lisboa e Ministério da Cultura
Onde: Ajuda
Estado da obra: em execução
Conclusão prevista: 2020
Projecto: João Carlos dos Santos/DGPC
Investimento: 21 milhões de euros

Lisboa 2030

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