A Time Out na sua caixa de entrada

Procurar
parque de estacionamento campo das cebolas
Fotografia: Duarte Drago

Os melhores parques de estacionamento de Lisboa

São parques, mas não são verdes. No entanto, guardam os seus próprios trunfos, pelos quais merecem uma visita

Renata Lima Lobo
Raquel Dias da Silva
Escrito por
Renata Lima Lobo
e
Raquel Dias da Silva
Publicidade

Não precisa de ter uma viatura automóvel, um motociclo ou mesmo uma bicicleta para fazer uma visita a estes parques de estacionamento alfacinha. E sim, visitar um arrumo para carros por puro lazer não é o primeiro item da lista de coisas obrigatórias para fazer em Lisboa. Mas pode ser. Porquê? Porque andámos debaixo de terra para o tentar provar e encontrámos arte urbana e banda desenhada, muita história desenterrada e até música erudita, a fazer concorrência (da boa) ao som que vai escapando pelas janelas de alguns carros.

Recomendado: As opções de mobilidade urbana para passeios amigos do ambiente em Lisboa

 

Os melhores parques de estacionamento de Lisboa

  • Atracções
  • Avenidas Novas

À primeira vista, tudo normal. Accionando os tímpanos, a história é outra. O parque com entrada na Avenida de Berna, junto ao Largo Azeredo Perdigão, vizinho da Gulbenkian, é o mais erudito da cidade. Das colunas sai sempre música clássica. Aberto 24 horas, dispõe de WC e de máquinas de vending, para um snack fora de horas.

  • Atracções
  • São Sebastião

A Fundação Gulbenkian tem um acervo de cerca seis mil peças, embora pouco mais de mil estejam expostas ao público em permanência. Uma está debaixo de terra e cultiva os automobilistas – mas sinta-se livre para entrar a pé. No estacionamento subterrâneo da sede da Gulbenkian mora “O Brilhante Futuro da Cana-de-Açúcar”, um mural que o premiado artista brasileiro Kilian Glasner, a convite do curador António Pinto Ribeiro, legou à instituição em 2010, no âmbito do programa Próximo Futuro, dedicado à cultura contemporânea, à investigação e à criação na Europa, África e América Latina.

Publicidade
  • Atracções
  • Sete Rios/Praça de Espanha

Augusto Cid é um dos maiores cartoonistas portugueses e emprestou o seu talento ao Parque de Sete Rios. Os desenhos originais que fez para o estacionamento decorado a bicharada, a piscar o olho ao vizinho Jardim Zoológico, estiveram na exposição do Museu Bordalo Pinheiro “Animais à Solta”, mas podem continuar a ser vistos ao longo de três pisos do parque, sobre painéis de azulejos da Fábrica Viúva Lamego. Ao longo da sua carreira, Cid foi desenhando testemunhos, na sua maioria políticos, em jornais como O IndependenteO Século ou o Sol, mas dedicou-se também à arte pública, como é o caso dos animais das colunas ao ar livre que sustentam o próprio viaduto de Sete Rios desde 2000. Neste trabalho, Cid contou com a ajuda da sua filha Mónica.

  • Atracções
  • Santa Maria Maior

Demorou, mas lá abriu o ano passado. Muitos achados arqueológicos e visitas guiadas depois, já se pode passear entre os dois espaços ajardinados rasgados por um largo caminho em cimento. De cada um dos lados, equipamentos dedicados às crianças que já se empoleiram por onde podem. Mas o projecto do arquitecto Carrilho da Graça para o Campo das Cebolas é mais profundo do que isso e tem a parte mais interessante escondida debaixo de terra: o belíssimo parque de estacionamento que põe a descoberto a escadaria do antigo Cais da Ribeira Velha, um paredão datado da segunda metade do século XVIII que definia o limite do rio, mais avançado que nos dias de hoje.

Publicidade
  • Atracções
  • Grande Lisboa

Este parque de estacionamento ocupa um edifício recuperado do antigo Mercado do Chão do Loureiro, na Baixa lisboeta, destacando-se sobretudo pelas peças de arte urbana, cinco no total, todas feitas por artistas nacionais, como Gonçalo Ribeiro a.k.a MAR. A par das suas múltiplas valências, é uma referência na utilização eficiente de energia e na utilização de fontes de energia renováveis (FER). Com vista à redução da dependência energética, foi ainda instalada uma central fotovoltaica na sua cobertura.

  • Coisas para fazer
  • Castelo de São Jorge

Neste parque não é o condutor a procurar o lugar de estacionamento: o condutor tem apenas de deixar o autómovel num dos elevadores existentes nas entradas para que equipamentos próprios do parque, controlados por técnicos especializados, movimentem o automóvel até à vaga livre. Depois recebe um talão com a identificação do veículo, para fazer o pagamento e pedir que o automóvel lhe seja entregue quando quiser. Não havendo necessidade de entrada de pessoas estranhas ao serviço, este é considerado um dos parques mais modernos e seguros da Europa.

Publicidade
  • Bares
  • Chiado/Cais do Sodré

Localizado na Calçada do Combro, numa zona histórica e antiga da cidade em que o estacionamento sempre foi escasso, em especial para os seus residentes e comerciantes, este parque destaca-se pelo “esforço de imaginação”, que permitiu num espaço tão pequeno maximizar o número de lugares. Mas também se destaca pelo design moderno e, acima de tudo, pelo bar Park que existe na cobertura. É aliás este sexto piso — um terraço com uma excelente vista e onde metade de Lisboa se costuma estacionar — que faz deste o parque de estacionamento mais famoso da cidade. No rooftop bar, tem cocktails, petiscos e DJs que costumam animar os finais de tarde dos alfacinhas e da multidão de turistas que o visita todos os dias.

Para quem gosta é do ar livre

  • Restaurantes

Receitamos 62 doses para repor os níveis de vitamina D: das novidades do ano aos sítios para ver navios, ou para levar à letra o conceito de comer fora, ou para rebolar na relva. Um roteiro que inclui também os Quióscares do ano, para os melhores quiosques da cidade.

Publicidade
Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade