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Garrafeira e Frutaria Morteira Santos
Arlindo Camacho

Quinze paragens obrigatórias na Avenida da Igreja

É a alma de Alvalade, onde nada (ou quase nada) falta. Estas são as paragens obrigatórias na Avenida de Igreja.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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A Avenida de Igreja, em Alvalade, é o eixo à volta do qual gira a vida do bairro. Uma espécie de mini-passeio público de uma das zonas residenciais com mais vida em Lisboa. Uma pessoa pensa que vai só à Avenida da Igreja, mas acaba por parar em tudo o que é comércio local, variado e muitas vezes uma delícia. Ao longo de pouco mais de um quilómetro, desde a Igreja de São João de Brito, no Largo Frei Heitor Pinto, até ao Campo Grande, há muito para fazer e para ver. Apontamos as paragens obrigatórias numa das grandes avenidas da freguesia.

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Quinze paragens obrigatórias na Avenida da Igreja

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Não é preciso ter nascido no Porto para conhecer a icónica Arcádia. Nascida e criada em 1933, tem feito um trabalho de expansão digno de estudo, com aberturas em quase todas as regiões do país, muitas delas em franchising. O que importa é que o conceito de fabrico artesanal não se perdeu, as receitas mantêm-se inalteradas e tudo é feito com chocolate belga que chega em pepitas e é derretido sem adição de outros ingredientes. Em Agosto de 2023, abriu em Alvalade e trouxe bem mais do que chocolates. Há uma carta de refeições ligeiras, como bowls, hambúrgueres e saladas, gelados artesanais e até taças de açaí.

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Momento aula de história: o porquinho em néon, no toldo desta charcutaria (e de outras, como a Dava), indica a ligação
 à extinta Fábrica Aveirense, perto do Rato, especializada 
em salsichas, bacon, galantines e fiambres. Consta que, para escoar produtos, a fábrica lançou uma rede de 16 charcutarias em Lisboa, Porto e Algarve, das quais era sócia. A Riviera, das poucas sobreviventes, traz à memória esses tempos antigos, mas continua a ser uma aposta segura para comprar produtos de mercearia, como bons queijos e enchidos, aquelas geleias italianas (ou gomas vintage) ou frutos secos dos bons a granel.

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Ao balcão deste negócio que só funciona como take-away encontra o casal Henrique e Manuela que servem dos melhores frangos assados da cidade. São acompanhados por batatas fritas caseiras e assados em “carvão da Cuba do Fidel”, diz Henrique, para distinguir da Cuba do Alentejo. E garante que este tem mais qualidade do que aqueles que são actualmente utilizados por muitos estabelecimentos. Um carvão que também ficou famoso num canal televisivo: “O Canal Q veio aqui filmar o carvão para passar nas ‘horas mortas’”, explica o proprietário. Ao final da tarde a fila fica extensa, mas também recomendamos que passe por aqui na hora de almoço, horário em que servem ¼ de frango, filetes ou panados, tudo guarnecido, por apenas 3,75€ a dose.

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Os entendidos na matéria não têm dúvidas: é a melhor loja de fotografia de Lisboa. Tem mais de 500 metros quadrados, que incluem uma galeria e os maiores especialistas em fotografia digital e analógica. Aqui encontra-se equipamento profissional, amador e também se fazem revelações. Para ser atendido é preciso tirar senha. Mas não se admire se ouvir chamar os clientes pelo nome. 

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É um nome que não nos importávamos de tatuar no abdómen. Faltam-nos os adjectivos para descrever a melhor gelataria de Alvalade – e uma das melhores de Lisboa – por isso vamos transformar o nome dela em adjectivo. De cada vez que comermos um gelado de fruta delicioso vamos dizer: “Isto está muito conchanata”. A mistura de gelado de nata com um molho espesso de morango, servida numa taça em forma de concha, é uma das razões para ponderar a criação de um Nobel da gelataria.

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Há uns anos, a discussão da melhor francesinha de Lisboa fazia-se quase em surdina. Mas agora é polifónica – uma orquestra de opiniões e pareceres. Muitas vozes se levantam a defender as cervejarias Dote, que fazem tudo para nos convencer a comer estes monumentos ao colesterol. Aqui também encontra uma versão vegetariana ou uma francesinha de vitela (a "bitela", como se diz mais a Norte).

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Na fachada lê-se: "Casa fundada em 1954." Ali funcionou a Mercearia Angolana, mas pouco antes do romper da pandemia Alcídio Gomes (que tinha 40 anos de experiência comercial) comprou o espaço para ali cumprir o sonho de uma vida. Ao sonho juntou-se o filho, Rui Gomes, uma loja online, o atendimento cuidado em loja e um vasto catálogo de bebidas, com enfoque nos vinhos e nas destiladas, que vai crescendo.

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Das panelas da Grã-Via saem 20 kg de caracóis todos os dias, acompanhados de cestas de pão torrado com manteiga e orégãos (2,40€). A caracolada começa a ser servida a partir das 16.00 e das 16.30 às 21.00 há happy hour – na compra de três imperiais, a quarta é oferta. Tem ainda chouriças, moelas estufadas, saladinhas de polvo ou pica-pau.

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  • Mercados e feiras
  • Alvalade

É o mercado da moda: roupa, bijutaria, acessórios, novas marcas nacionais e pechinchas fazem deste um sítio indispensável em qualquer manual de Avistamento de Bloggers. Repete-se uma vez por mês.

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  • Grande Lisboa

O franchising de chocolates belgas instalou-se um pouco por toda a cidade, com lojas no Rato, Avenida da Liberdade, Campo de Ourique ou Campo Pequeno. Desde 2016 que há também uma loja na Avenida da Igreja (porta 3E), onde encontra dezenas de maneiras deliciosas de usar o fruto do cacaueiro e enfrentar uma verdade inquietante: os belgas têm mais maneiras de usar o chocolate do que nós temos de confeccionar o bacalhau.

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Esta garrafeira e mercearia foi fundada há 50 anos pelos sogros de Maria Ferreira, a anfitriã desta loja histórica. Um espaço acolhedor, remodelado nos anos 90, que convida as pessoas a sentirem-se em casa. E não há muitos anos Maria começou a decorar a loja com peças dignas de museu, que se juntam a uma garrafeira invejável e a peças de fruta como vivaças maçãs golden. “A minha filha disse que um dia a loja deixa de ser mercearia e passa a ser loja de velharias”, diz Maria enquanto sorri, referindo-se às peças decorativas que vai adquirindo ou que lhe são oferecidas por clientes. Como uma máquina registadora que comprou em homenagem à original entretanto desaparecida, uma balança de modelo popular nas casas portuguesas dos anos 70, copos antigos a decorar a montra ou uma prateleira no interior carregada de peças antigas. Na cave há ainda estantes carregadas com peças que Maria vai rodando na decoração da loja. Às vezes, conta, clientes que não estão a par desta faceta de decoradora, perguntam-lhe o preço dos objectos. Mas nada disso está à venda.

  • Restaurantes
  • Chinês
  • Alvalade

Um restaurante chinês que ainda confecciona – e bem – todos os pratos que havia quando fomos a um restaurante chinês pela primeira vez. É um chinês para iniciados, “com rodinhas”, ou seja, onde muitas receitas já estão ocidentalizadas, adaptadas ao nosso paladar. O pato à Pequim é um dos favoritos do crítico da Time Out, e sim, têm daquelas mesas redondas com placa giratória no meio.

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Aqui quem brilha é o croissant. A marca O Melhor Croissant da Minha Rua, que surgiu no centro de Sesimbra em 2016, começou em Alcântara e Odivelas e logo de seguida partiu para Alvalade. O segredo está na simplicidade do produto – aqui o croissant não é folhado nem brioche, é um misto dos dois. Pelo meio, há Kinder Bueno, Nutella e outras razões para sorrir. O conceito foi um sucesso e André Cidade, que dá a cara pelo negócio, apostou no milagre da multiplicação. Hoje não é difícil encontrar este reino do croissant em diferentes paragens de Lisboa. 

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  • Alvalade

O Prego da Peixaria aprimorou a forma como os lisboetas comiam os pregos. Deu-lhe o bolo do caco da Madeira em vários sabores, deu-lhe nacos de atum, cogumelos portobello e bifes do lombo de qualidade, muniu-o com produtos como o queijo da Ilha, o abacate ou a maionese de manjericão, e com isto criou uma legião de fãs. A loja de Alvalade veio responder à procura: tem espaço e uma esplanada perfeita para os dias de sol da nossa Lisboa. 

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  • Pastelarias
  • Alvalade

Um bairro respeitável de Lisboa não é um bom bairro sem a sua pastelaria de referência. A Carcassone é essa pastelaria. Abriu em 1984 e foi entretanto renovada. Tem excelente pastelaria de fabrico próprio, mas a especialidade são as parras, as melhores da cidade.

Outras paragens

  • Coisas para fazer

Cascais criou um verdadeiro microclima cultural com a implementação daquilo a que chamou de Bairro dos Museus. O conceito é simples e só requer que dê umas voltinhas pelo perímetro que concentra um conjunto de equipamentos dedicados à cultura na vila. Concebido pela Câmara Municipal de Cascais e pela Fundação D. Luís I, o Bairro dos Museus em Cascais distingue-se pela sua faceta inovadora e de coerência cultural, que permite que em curtas distâncias possa saltitar entre os vários habitantes deste bairro.

 

  • Atracções
  • Parques e jardins

Sempre que tiver tempo para arejar as ideias, opte pelo ar puro e pelos espaços que pintam a cidade de verde. Com todos os cuidados que deve ter e mantendo a distância social recomendada pelas autoridades de saúde, faça o favor de apanhar um arzinho por aqui. Seja para uma breve caminhada, corrida ou para uma visita prolongada aos relvados. Evite por agora os parques infantis (brincar na relva também é divertido), os circuitos desportivos ou as mesas comunitárias para piqueniques. Do jardim da Estrela ao pulmão verde de Lisboa – falamos do Monsanto, pois claro –, espaços verdes não faltam na cidade e mais além.

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