Oito hotéis em Lisboa onde se pode divertir

Uma piscina com 70 mil bolas de plástico onde um adulto com alma de criança pode nadar à vontade. Já para não dizer que é à borla. “Basta aparecer. Temos também um bar se quiser tomar uma bebida”, desafiam. Não custa tentar uma perninha nos matraquilhos e na PlayStaytion. E rematar com um cocktail no BUH Bar, com happy hours todos os dias.

É um das novidades mais fresquinhas em pleno Largo Camões e não é preciso instalar-se numa das 20 suites para aproveitar o espaço, decorado com o cunho de artistas das galerias lisboetas. No segundo andar do edifício anteriormente ocupado pelo Consulado do Brasil, conte com salas de exposição e artistas convidados a exporem e a venderem as suas peças. Não se esqueça de passar pelo bar, salão de chá e restaurante com vista para a praça.

A piscina do Valverde parece um postalinho ilustrado, mas a parte mais aborrecida é que é preciso fazer check in para poder dar uso ao fato de banho. Esqueça as lágrimas de crocodilo porque a casa compensa com as sessões de música. Terças e sábados há noites de fado com menu especial. O jazz marca o programa das quintas-feiras e é a banda sonora de eleição no brunch de domingo. Convém marcar tudo com antecedência, recomendam. Com o bom tempo as solicitações apertam.

Menu Fado 42,50€. Brunch 24,50€.

Basta fechar os olhos e imaginar que tem os pezinhos do Cristiano Ronaldo e depois... esqueça. Nem em sonhos lá chega. Desça à terra; ou melhor, carregue no zero e volte ao piso térreo. Andar no elevador do hotel inspirado no mundo craque português é o mais perto que encontrará do ambiente de um estádio. Quando estiver estafado, beba algo no bar.

No The Independent a experiência é vasta, e só a vista em frente justificaria uma passagem na rua e permanência alongada à porta do espaço. Esteja atento à programação, que inclui os concertos n’O Átrio do restaurante/bar The Decadent, que passou a exibir uma garrafeira 100% nacional.

É uma forma de estar no hostel sem estar no hostel. E de trabalhar fora de casa. O espaço de cowork é grátis para hóspedes mas aberto ao público em geral. Ah!, e uma das melhores partes é que pode aceder ao jantar da Mamma, um dos ex-líbris da casa, confeccionado pela mãe do dono. Aqui pode imprimir em formato A3, contar com ar condicionado, wifi e cacifo.

É uma guest house instalada num palácio com cerca de 400 anos, onde terão nascido quatro vice-reis e onde Vasco da Gama terá armazenado especiarias. História não falta, já percebeu, e por isso as figuras de outros tempos asseguram a animação cultural. Não estranhe se Vasco da Gama entrar pela sala do pequeno-almoço, se o Marquês lhe falar da reconstrução de Lisboa, ou se avistar o Camões. Nesta casa de hóspedes há walking tours conduzidas por actores que, à partida, são só para hóspedes, mas os lisboetas são bem-vindos. “Caso algum outro visitante queira juntar-se, não paga nada por isso. Se gostar e assim o entender pode sim dar uma gratificação ao actor”, explicam. Há também vintage tours no Alfacinha, um clássico de 1931.

O Intendente já merecia uma carinha lavada, um edifício histórico recuperado com aprumo e um hotel que acaba por ser quase tudo menos isso. Não é que não possa encostar-se à almofada por aqui, entre artigos com carimbo português, mas não é preciso demorar-se na recepção para usufruir do restaurante, do bar, da esplanada ou mesmo das obras de jovens artistas nacionais que justificam pregar os olhos nas paredes ou recorrer ao elevador, com o toque de ilustração de Vanessa Teodoro. Não falhe a libelinha de Bordalo II ou as peças dos irmãos Marques e David Oliveira.