O melhor de Campo de Ourique para as crianças

É muito mais do que uma loja catita de livros infantis, apesar das ilustrações que deviam ir parar a molduras e das histórias que mereciam mini-prémios Nobel. É um local de encontro de famílias inteiras, que se reúnem aos sábados, para aproveitar sessões de histórias, oficinas, lanches e exposições. Vale a pena ficar atento à agenda no site da Orfeu Negro.

Nos workshops para pequenos artistas do atelier Pezzi di mó, que começou em Itália e acabou por vir parar a Lisboa, só entram artistas de palmo e meio. Quem o diz é Mónica Gouveia, que adora pôr os miúdos a sujarem as mãos de barro. Mas também há workshops de cerâmica para adultos. Afinal, não há idade para pôr as mãos na massa.

Em algumas lojas infantis do bairro, divertem-se mais as mães a pensar no que vão vestir aos meninos do que os meninos propriamente ditos. Não é o caso no Atelier da Tufi, que reclamou para si o hashtag #lojamaisqueridadobairro. É querida sim senhor, com brinquedos, mochilas, artigos para festas de anos e muitas outras peças onde reinam os padrões coloridos e até mensagens divertidas.

Passou de sala de espectáculos incrível a edifício abandonado. Até que, em 2017, o antigo Cinema Europa, em Campo de Ourique, reabriu como biblioteca. O equipamento, gerido pela Junta de Freguesia de Campo de Ourique, privilegia a cultura, o desenvolvimento e a aprendizagem e é já um local de encontro para todas as gerações, com grande afluência dos moradores do bairro. O grande chamariz é, claro, a programação, que inclui propostas para os mais novos.

Este quiosque no meio do Jardim da Parada (oficialmente Jardim Teófilo de Braga) tem bons hambúrgueres a preços simpáticos, para comer de olho no parque infantil mesmo ali ao lado. Sente-se e peça um hambúrguer com requeijão e pesto, com queijo da Ilha ou com bacon e mostarda Dijón. E acompanhe com gins e cocktails. Vários, de preferência.

Os proprietários sofrem da Síndrome de Peter Pan. Para os ajudar a não crescer, abriram uma loja de brinquedos onde não há tablets nem jogos electrónicos, mas sim casinhas de madeira, cavalos de baloiço, puzzles, caixas de música e berlindes.

Com mais de 30 anos de vida, a Pó de Talco é um clássico para todos os que gostam de vestir os seus bebés como pequenos príncipes. Com peças e padrões que vão buscar “o charme da tradição portuguesa”, mas também modelos mais modernos, é paragem obrigatória principalmente em dias de festa, quando se quer a família inteira impecável para a fotografia. Além da morada em Campo de Ourique, tem loja em Benfica e em Carcavelos.

O quarto não está tal e qual como ele o deixou – existe apenas uma recriação, com a cama e uma réplica da famosa arca, onde foram encontrados os quase 30 mil escritos inéditos encontrados após a sua morte. Mas acredite, o que os mais novos também descobrem na Casa Fernando Pessoa é que brincar aos heterónimos pode ser divertido. Há visitas para famílias (até aos 12 anos eles não pagam), bem como oficinas e programas de férias.

É uma mistura improvável, é certo, mas que resultou neste espaço em Campo de Ourique, o Pikikos. O projecto de Natasha Cálem é de escolha múltipla: café, loja e cabeleireiro – um três em um sustentável e amigo do ambiente. Uma das paredes do espaço é aquela que serve de loja, com longas prateleiras divididas entre cosmética, brinquedos, acessórios e roupa. O cabeleireiro funciona ao fundo do espaço e dá para todas as idades.

O Mom and Me foi criado como um espaço pensado para privilegiar o bem-estar físico e emocional da mãe e do bebé. É, no fundo, um centro para mães e filhos, onde se promovem sessões de brincadeira e desenvolvimento. A ideia é funcionar como um apoio de preparação da criança até à sua entrada na escola. Entre as actividades disponíveis, há desde oficinas livres de música, psicomotricidade e expressão artística, até yoga para bebés e crianças.

O nome é inspirado na chaminé industrial que existe no Armazém 12, o espaço onde decorrem as aulas de teatro desta companhia. A partir de Setembro, há aulas durante a semana, para miúdos dos 7 aos 12 anos, todas as quartas-feiras, das 17.30 às 19.00, e para maiores de 12, às quintas, das 18.00 às 20.00.

Estes livros não são para ler: são para brincar, desafiar, desdobrar e interagir. Não são para adormecer: são para despertar a mente para coisas novas, excitar os olhos com cores e ilustrações, acordar o cérebro com exercícios divertidos e marcá-lo com histórias inesquecíveis. E nem sequer são apenas livros: na Edicare há puzzles e cubos, bonecos e autocolantes, jogos para ler e entreter a partir dos zero anos. O destino ideal para compor a biblioteca do quarto dos miúdos, comprar um presente original ou as duas coisas ao mesmo tempo. 

De pequenino se torce o geekzinho. É nisso que a escola de tecnologia e inovação Happy Code acredita. Daí os cursos pensados para miúdos dos cinco aos 17, que vão da programação à robótica, com espaço para a criação de jogos e apps. Tem lá em casa um aspirante a youtuber? O próximo Bill Gates ou Mark Zuckerberg? Basta inscrevê-lo num dos cursos regulares ou de férias. Há muito por onde escolher.

A família do Nicolau tem crescido, mas na hora de escolher onde abancar com a família, aconselhamos o Amélia Lisboa, com mais espaço, menos filas, menos turistas e um agradável pátio interior. As panquecas estão sempre a sair – vão bem ao pequeno-almoço, no lanchinho da manhã, ao almoço ou ao lanche e fazem parte do brunch, que também se serve todos os dias e a qualquer hora e tem ainda uma taça de iogurte com fruta e granola, sumo de laranja, tosta de abacate ou ovos mexidos, café, chá ou chocolate quente. Os pais podem – e devem – acrescentar uma flute de Mimosa.

É família da BabyCool, mas aqui o foco é a roupa de grávidas e recém-nascidos. Não faltam bodies, babygrows, casaquinhos e o que mais precisar para o bebé. Difícil vai ser entrar na loja sem comprar nada – o mais provável até é que fique com desejos de engravidar (pela primeira vez... ou outra vez!).

É o dois em um perfeito. Numa zona onde há lojas de crianças e sapatarias para dar e para vender, a Pé de Pato oferece – adivinhe – sapatos para crianças. Os modelos mais clássicos estão todos lá: os carneira com franjinhas, os feijões e as sandálias inglesas. Todos feitos à mão e com camurça portuguesa.

Num antro de cueiros, fofos, tapa-fraldas e golas, a Antimilk tem colecções irreverentes para miúdas que, muito antes dos 16 anos (há roupa a partir dos dois), já estão bem atentas às tendências e não querem andar vestidas como se fossem bebés. O slogan, aliás, diz tudo: “roupa para teenagers activas e modernas”.