Abriu a época dos festivais de Verão: os concertos em Lisboa para ver em Junho

Marcus Brown, natural de Baltimore, é o nome por trás de Catching Chickens, um EP onde reforça a sua identidade sonora, entre o pós-r&b, a pop e uma nostalgia filtrada por referências como Prince, Arthur Russell ou Dean Blunt. Em palco, a mistura de vulnerabilidade, carisma e atitude promete um concerto intenso e memorável. A primeira parte é da responsabilidade de mokina.

Galeria Zé dos Bois. 4 Jun (Qua) 21.00. 16€ 

A artista de Leiria inicia o verão com uma mini-digressão que combina concertos em formato trio e instalação. O projecto parte da colaboração entre Surma, João Hasselberg e Pedro Melo Alves, que exploram as fronteiras de Alla (2022). Em palco, o trio desafia as convenções do concerto tradicional, convidando o público a uma experiência de proximidade e interação que amplia a própria definição do espectáculo.

Bota. 4 Jun (Qua) 21.00. 12€

Foi com Mandatory Enjoyment, lançado em 2021, que os Dummy conquistaram atenção séria, num momento em que o público parecia especialmente sedento de guitarras. Desde então, o trio de Los Angeles não parou. Em Free Energy, disco mais recente, há punk, new age, camadas de reverb e melodias flutuantes que convocam nomes como Stereolab, Spacemen 3 ou Cocteau Twins.

Galeria Zé dos Bois. 6 Jun (Sex) 22.00. 12€

Pela primeira vez, um artista de expressão portuguesa irá subir a um palco montado no maior estádio português para o concerto de encerramento da Tour 15 Anos. 

Estádio da Luz. 7 Jun (Sáb). 21.00. 40€-65€ 

O FNAC Live está de regresso aos jardins da Torre de Belém para mais uma edição de acesso gratuito. Ana Moura, Dino d’Santiago, Lena D’Água e Capitão Fausto são os nomes em destaque no palco principal, enquanto o palco Novos Talentos FNAC acolhe projectos emergentes como Samalandra e Marquise.

Torre de Belém. 7 Jun (Sáb) 15.00. Entrada gratuita

Cola trazem The Gloss a Portugal, disco que pôs o trio canadiano nas listas da Pitchfork e da Rolling Stone. Com raízes no pós-punk e sem grandes artifícios, a banda aposta num som seco e directo, em que se ouvem ecos de Television, Mission of Burma ou Feelies. A primeira parte é da responsabilidade de Tomás Varela. 

Galeria Zé dos Bois. 17 de Jun (Ter) 21.00. 14€ 

A banda de culto de Manchester, que marcou a primeira metade dos anos 1980 com discos como Script of the Bridge ou Strange Times, regressa a Lisboa e ao Porto para celebrar 40 anos de carreira. A formação actual conta com o vocalista e baixista Mark Burgess, eterno rosto da banda, e com o regresso do guitarrista original Reg Smithies. 

RCA. 18 de Jun (Qua). 30€

Outrora conhecido como o último grande festival do Verão europeu, em 2025, o Kalorama vai ser um dos primeiros. No cartaz podemos encontrar os veteranos Pet Shop Boys, FKA Twigs ou Flaming Lips, que regressam a Portugal para tocar uma das suas obras-primas, Yoshimi Battles the Pink Robots (2002).

Parque da Bela Vista. 19-21 Jun (Qui-Sáb). 55€-105€ 

Uma das bandas mais marcantes do punk português celebra 30 anos de carreira com um concerto no LAV – Lisboa Ao Vivo. Três décadas de discos, palcos e resistência deram-lhes estatuto de culto, mas a energia mantém-se crua, directa e sem filtros.

República da Música. 20 e 21 Jun (Sex-Sáb) 22.00. 25€ 

Liderados por Jello Biafra, os Dead Kennedys foram a banda mais importante do punk rock californiano nas décadas de 70 e 80. Separaram-se em 1986, mas os instrumentistas reuniram-se em 2001, sem o carismático líder, e andam a tocar desde então.

LAV – Lisboa Ao Vivo (Lisboa). 24 Jun (Ter) 20.00. 32€ 

O Deixem o Pimba em Paz está de regresso aos palcos. O projecto faz 12 anos e, para celebrar, vai fazer 12 apresentações no Teatro Maria Matos.

Teatro Maria Matos. 24 Jun-16 Jul. Seg-Qua e Dom 21.00. 22€  

Os irmãos Michael e Brian D’Addario regressam a Portugal para apresentar os trabalhos mais recentes, Everything Harmony (2023) e A Dream Is All We Know (2024), mas prometem uma viagem pela sua discografia, tingida pelo revivalismo do rock dos anos 70.

LAV – Lisboa ao Vivo. 25 Jun (Qui) 21.00. 25€-35€ 

O rótulo “pop-rock” assenta tão bem a poucas bandas como aos Imagine Dragons. Não só fazem rock leve e fácil de digerir, como as suas composições são elásticas que nem pop e moldáveis a outras músicas – da electrónica ao hip-hop, r&b e outras músicas urbanas. Apresentam o álbum Loom no Estádio do Sport Lisboa e Benfica.

Estádio da Luz. 26 Jun (Qui) 19.00. 90€-6920€  

No último fim-de-semana de Junho, o Jardim Keil do Amaral volta a ser o Jardim Sonoro da capital. Destacam-se, nesta edição, os DJs romenos Rhadoo, Petre Inspirescu e Raresh, em representação da editora de techno minimal [a:rpia:r] ou ainda Maceo Plex e Âme.

Jardim Keil do Amaral (Lisboa). 27-29 Jun (Sex-Dom). 115€-230€

É um dos maiores festivais de música pesada em Portugal e, este ano, estreia-se ao ar livre, com uma nova residência no Estádio do Restelo. O cartaz conta com nomes populares, como Slipknot, Korn e Judas Priest, mas também instituições como Opeth ou Municipal Waste.

Estádio do Restelo. 27-29 Jun (Sex-Dom). 69€-169€ 

O colectivo GRAVV leva à ZDB uma série de concertos de bandas emergentes da cena alternativa nacional, como Desert Smoke, ben yosei, Pato Bernardo ou Máquina de Fumo.

Galeria Zé dos Bois (Lisboa). 28 Jun (Sáb) 18.00. 10€ 

Vai voltar a ouvir-se música nos Jardins do Marquês, em Oeiras. José González (30 Jun) e The Wailers (28 Jun) são artistas que mais dão nas vistas, mas o momento mais interessante do programa é a apresentação do espectáculo Sings Dylan ‘66, de Cat Power, que esteve em Paredes de Coura no ano passado.

Palácio do Marquês de Pombal (Oeiras). 28-30 Jun e 5-7 Jul (Sáb-Seg). 29€-49€