
13 coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana
As melhores coisas para fazer em Lisboa, sem gastar um tostão.
Grátis é a palavra mágica que todos gostamos de ouvir. Felizmente, uma das vantagens de viver em Lisboa (e são bastantes) é ter à disposição um calendário de iniciativas gratuitas que lhe dá poucos argumentos para ficar a preguiçar em casa. Por isso mesmo, todas as semanas trazemos-lhe sugestões para aproveitar, à borla, tudo o que Lisboa tem para oferecer, ou seja, eventos de que pode usufruir sem ter de abrir os cordões à bolsa, das exposições aos concertos no jardim. Vai ficar surpreendido com a quantidade de coisas grátis (e seguras, que por estes dias o que nós queremos é tudo limpinho e sem ajuntamentos) que há para fazer na cidade.
Recomendado: Sítios em Lisboa que são mais do que parecem
Grátis em Lisboa esta semana
1. Ciclo Ficções Imobiliárias
Em Janeiro, o ciclo de cinema da Casa da Achada faz-se em parceria com o colectivo internacional Left Hand Rotation, que nasceu em Espanha e chegou a Lisboa em 2011, composto por activistas urbanos que têm vindo a alertar para os perigos de um “terramoto turístico” que resulta da gentrificação. As suas acções incluem documentários como Terramotourism (2016), Alfama é Marcha (2017) e O que vai acontecer aqui? (2019) ou Ficção Imobiliária (2014), o filme que encerra este ciclo a 15 de Janeiro, numa sessão que inclui um debate com o colectivo. Antes pode ver, sempre à segunda-feira, mais três documentarios sobre o direito à habitação. A lotação é de 20 pessoas, com máscara.
2. Jardins Históricos de Portugal
A Biblioteca de Portugal acolhe a primeira exposição dedicada aos jardins portugueses, um património cultural à espera de ser descoberto. Espaços que são ou foram palco das mais variadas vivências, da agricultura à caça ou apenas à contemplação. A exposição está dividida em três secções e é um verdadeiro passeio no parque. Em Memórias Incompletas encontra ecos sobre estes espaços com a ajuda da bibliografia dos Fundos da Biblioteca Nacional de Portugal, com obras que remontam ao século XVI e contam histórias de locais como o Mosteiro de Alcobaça, de Santa Maria ou do Convento da Penha Longa. A secção Memórias Reconstruídas ajuda-o a distinguir as diferentes tipologias de jardim, das cercas conventuais e santuários aos jardins botânicos e quintas de recreio, enquanto que na última secção, Um Presente com Futuro, é convidado a descobrir 12 rotas turísticas dos Jardins Históricos de Portugal. A Quinta da Regaleira em Sintra, o jardim do Castelo de São Jorge em Lisboa, a Quinta da Magnólia no Funchal, o Jardim Botânico do Porto ou o Castelo de Marvão são alguns dos espaços verdes em destaque.
3. Urbanismos de Influência Portuguesa
Documentar a influência que a arquitectura e a engenharia portuguesas tiveram em todo o mundo é o objectivo desta mostra organizada pela UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa em parceria com a Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. Até 22 de Janeiro estão em exposição os Planos de Urbanização realizados entre 1934 e 1974 nas cidades de África e da Ásia que se encontravam sob administração colonial portuguesa durante esse período, como Maputo, Goa, Luanda ou Macau.
4. O Dia em que a Casa foi abaixo
Desde que Lisboa começou a instalar os ecopontos subterrâneos tem sido uma azáfama para os arqueólogos que vão ao local e muitas vezes para encontrar vestígios de vidas passadas na cidade. É o caso de José Pedro Henriques e Vanessa Filipe, da empresa Cota 80’ 86’ e que entrevistámos em 2018, a equipa de arqueólogos que inspecciona as escavações destinadas à instalação destes ecopontos. Uma das inspecções mais profícuas foi a relativa à colocação de um ecoponto subterrâneo na Praça D. Pedro IV (Rossio), em 2017. O Dia em que a Casa foi Abaixo, que pode ver na Biblioteca Palácio Galveias, evoca os 265 anos do Terramoto de 1755 através da reconstituição da memória de um edifício habitacional do Rossio, e os seus ocupantes, que não resistiu ao terramoto. A mostra, feita em colaboração com o Centro de Arqueologia de Lisboa, nasce a partir dos objectos encontrados e o seu cruzamento com fontes documentais, trabalhadas por Delminda Rijo, do Gabinete de Estudos Olisiponenses.
5. 30 + 1: A BD não faz Quarentena
Para assinalar a actual situação pandémica, “momento único para a criação artística”, a Amadora BD convidou 30 autores portugueses, entre desenhadores e argumentistas, a apresentarem “obras realizadas durante a quarentena ou que tenham a pandemia como inspiração”. Esta exposição colectiva reflecte sobre esta conjuntura e o que ela significa para a banda desenhada portuguesa.
6. Esculturas Infinitas
Depois de adiada devido à pandemia, está finalmente instalada na Galeria Principal da Gulbenkian a exposição “Esculturas Infinitas”, onde 16 artistas contemporâneos partilham o fascínio pela técnica da moldagem e pelas suas múltiplas possibilidades na reprodução tanto de obras de arte como de elementos do quotidiano ou da natureza. Uma co-produção do Museu Calouste Gulbenkian e da École Nationale Supérieure des Beaux-Arts de Paris, em colaboração com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
7. Vintage PUB – a memória das farmácias
Os anúncios de rebuçados para a tosse podem ser dos poucos que ainda fazem parte do imaginário da publicidade farmacêutica, mas não são os únicos. Desde há muito que este tipo de publicidade se instalou nas televisões, rádios e publicações escritas. “Vintage PUB – a memória das farmácias” reúne diversos anúncios da década de 1960 em publicações do Grémio Nacional das Farmácias, organização que representou o sector durante o Estado Novo. Além de estar patente no Museu da Farmácia até 31 de Janeiro de 2021, a exposição terá também uma versão online.
8. René Lalique e a Idade do Vidro
Mestre na arte do vidro. Estas simples e curtas palavras não podiam ser atribuídas a mais ninguém que não René Lalique. Entre jóias, peças decorativas e objectos de uso quotidiano, esta exposição mostra algumas peças do espólio do Museu Gulbenkian, além de obras do Museu Lalique (Wingen-sur-Moder) e de colecções particulares. A mostra coincide com o encerramento temporário da Sala Lalique do Museu Calouste Gulbenkian para uma intervenção de requalificação.
Lisboa low cost
Dez museus grátis em Lisboa e arredores
Não é ao domingo de manhã, sábado à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público ou recebem-no a troco de nada, sob marcação, para uma visita. E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está na ribalta. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e arredores e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão.
Guia para não pagar entrada nos museus em Lisboa
Há museus completamente gratuitos em Lisboa (já os listámos) e depois há outros que não dão o braço a torcer e onde vai ter sempre de se chegar à frente e abrir a carteira. Mas ainda há um meio termo, aqueles que dão tréguas em pelo menos um dos dias da semana ou do mês, para que possa entrar sem gastar dinheiro. Seja ao sábado, no primeiro domingo do mês ou depois de uma certa hora – há opções para tudo e não há grandes desculpas para não aderir a estas borlas. Está pronto para apontar estas dicas?