'Burn, Burn, Burn' abre Festival de Teatro do Seixal
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As melhores coisas grátis para fazer em Lisboa esta semana

Não sabe o que fazer em Lisboa sem gastar dinheiro? Aqui tem: eventos grátis por toda a cidade, todos os dias da semana.

Rute Barbedo
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Na semana em que arranca o Festival de Teatro do Seixal, também na Margem Sul, a Trafaria convida a mergulhar em noções ciborgues, peças de arte que se destroem com o olhar e incursões ao mundo sub-Tejo, no Periphera. Numa caminhada das Portas de Benfica à Amadora, assinalam-se as memórias da presença negra nos bairros autoconstruídos da Estrada Militar, e, em Almada, queimam-se os últimos cartuchos de uma das grandes exposições do ano, "Venham Mais Cinco - O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa". É tempo, também, de conhecer a nova galeria de arte contemporânea da Baixa, a ZET, e de apontar as lanternas ao universo nocturno de Jorge Panchoaga, em "Kalabongó", exposição da Narrativa sobre uma comunidade afrodescendente que resiste na Colômbia. Pelo meio, há cinema, concertos em igrejas, o rato falante de Gabriel Abrantes ou os códigos do graffiti em Mem Martins.

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Grátis em Lisboa esta semana

  • Arte

Na nova galeria da Baixa, na Rua da Prata, Alfredo Cunha arrasta o fotojornalismo para debaixo do tapete e entra num universo físico, intimista e erótico, em "Cartografia do Desejo". "Nunca me apelidei de fotojornalista. Sempre disse que era fotógrafo e jornalista", afirma à Time Out. O trabalho, que parte de um livro e se mostra agora em exposição na ZET (depois de ter passado pela galeria Ochre), conjuga fotografias dos anos 70 aos mais recentes, tiradas a amigos que queriam fazer parte mas também a bailarinos profissionais, passando pelo espelho em frente ao qual o escritor Camilo Castelo Branco se terá suicidado. Para ver de segunda a sexta-feira.

Rua da Prata, 176 (Baixa). Seg-Sex 10.00-18.00. Até 2 de Dezembro. Entrada livre

  • Arte
  • Arte contemporânea
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

É a primeira exposição individual póstuma do artista espanhol Chema Alvargonzalez (1960–2009) em Portugal e pode ser vista de segunda a sábado. Autor de uma crítica e análise constante às transformações sociais, políticas, culturais e económicas na Europa, o artista que viveu entre Barcelona e Berlim teve no sonho e na viagem motores centrais da sua prática, que chegou ao espaço público através de instalações, intervenções site-specific e o uso singular da palavra e da luz. 16 anos após a sua morte, Mehr Licht reúne uma selecção de trabalhos que mostram a sua tenacidade e linguagem visual própria.

Rua Barata Salgueiro, 36 (Avenida da Liberdade). Até 29 Nov. Seg-Sex 12.00-19.00, Sáb 14.00-19.00. Entrada livre

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  • Arte
  • Fotografia
  • Intendente

Desde 1999 que Pedro Medeiros desenvolve uma investigação artística profunda sobre os temas da justiça e do universo prisional. Em Estrela de Seis Pontas, para ver de segunda-feira a sábado no Arquivo Municipal de Lisboa, o fotógrafo olhou para o Estabelecimento Prisional de Lisboa e para a sua arquitectura radial, entre 2020 e 2025, apresentando agora imagens sobre "um espaço que é simultaneamente físico e imaginado", até porque "mesmo num contexto de privação de liberdade, o espaço não anula o desejo de transcendência". Como escreve Filipe Ribeiro, co-curador da exposição com Sofia Castro, "o tema complexo do isolamento e do silêncio em espaços prisionais foi historicamente central na procura de um modelo de punição e controlo através do qual o sistema judicial português, seguindo o exemplo de outros sistemas jurídicos ocidentais, acreditava ser possível induzir o individuo julgado e condenado a uma introspecção profunda e transformação moral, que possibilitassem uma mudança de comportamento, arrependimento e reabilitação". A exposição integra o Lisboa Imago Photo Festival

Rua da Palma, 246 (Martim Moniz). Até 21 Fev, Seg-Sáb 10.00-18.00. Entrada livre

  • Arte
  • Fotografia
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Foi à noite que os Palenque, comunidade afrodescente da Colômbia que se viu forçada a abandonar as suas raízes por força da escravatura, conseguiram iniciar o seu processo de libertação. E é por essa noite que, séculos depois, nos conduzem as imagens de Jorge Panchoaga, fotógrafo residente em Bogotá que passou quatro anos a tentar descobrir na natureza e nos indivíduos daquela comunidade formas de falar da violência, da resistência e da liberdade. Na cave da Narrativa, a luz vermelha ambiente dá a ver fotografias sem cor. De lanterna na mão, o espectador consegue então aproximar-se de uma outra verdade e de um caminho, vendo o que se escondia em cada frame. Kalabongó, o nome da exposição, significa "pirilampo", evocando a existência única na noite. Para ver a partir de quarta-feira.

Rua Dr. Gama Barros (Roma). Até 20 Dez. Qua-Sex 14.00-19.00, Sáb 14.00-17.00. Entrada livre

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  • Arte
  • Fotografia
  • Grande Lisboa

Um dos maiores fotógrafos chineses contemporâneos, Lu Nan, regressa a Portugal depois da passagem, em 2017, pelo Museu Berardo, numa exposição com a curadoria de João Miguel Barros. Na galeria Ochre Space, o projecto "Prisons of North of Burma" aborda o universo de prisioneiros cujas vidas estiveram ligadas ao consumo de ópio e heroína no Norte de Myanmar. O trabalho, que já deu em livro, parte de três meses em que Lu Nan viveu e trabalhou no Campo Prisional de Yang Long Zhai e no Reformatório da Zona de Kokang, onde hoje o cultivo de papoilas é proibido. A exposição conta com 63 fotografias e um vídeo, parte integrante da "Trilogia" do autor chinês. Para ver de quarta-feira a sábado.

Rua da Bica do Marquês, 31-A R/C (Ajuda). Até 29 Nov. Qua-Sáb 15.00-18.30

  • Museus
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Instalado no Salão Nobre do Hospital de Santo António dos Capuchos, este museu protagoniza um programa eventualmente estranho e assustador, certamente original. Aberto para visitas todas as quartas-feiras, tem centenas de máscaras de cera onde é possível testemunhar os efeitos dermatológicos de doenças como a sífilis. Para ter esse prazer, é preciso marcar previamente.

Alameda de Santo António dos Capuchos (Campo Mártires da Pátria). Qua 10.00-12.30, 14.00-17.00. Entrada livre mediante marcação. 

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  • Coisas para fazer
  • Lisboa

Esta quarta-feira, aproveite para visitar o Observatório Astronómico de Lisboa, uma instituição científica do século XIX, quando a beleza ainda não tinha dado lugar a ambientes assépticos. Chãos em madeiras valiosas, paredes com embutidos de mármore, mobiliário de época e sobretudo o equipamento científico histórico, nomeadamente o da incrível cúpula central, numa sala toda forrada a madeira, vão ficar-lhe na memória. Para não falar do piso superior, cuja cobertura é uma cúpula que gira a toda a volta, 360 graus, de forma a que se possa apontar o telescópio, com uma objectiva de 38 centímetros e uma distância focal de sete metros, para qualquer direcção do universo.

Tapada da Ajuda. Rua da Tapada. Visitas guiadas gratuitas às quartas-feiras 15.00-16.00. Marcações em geral@museus.ul.pt ou 21 392 1808/ 24/ 25

Ciclo Adventus

Todas as quartas-feiras, às 12.30, é tempo de parar para "um reencontro sereno com a escuta, numa arquitectura onde se somam os estratos do tempo, a memória do trágico e a vontade resiliente de reconstrução". A programação abarca a música litúrgica de tradição europeia e a organização garante que neste ciclo não entram apenas concertos, mas também "gestos de cuidado espiritual". E uma oportunidade para visitar a Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha, na Baixa, já agora.

Rua da Alfândega, 108 (Baixa). Até 10 Dez (Quartas), 12.30. Entrada livre

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  • Teatro e artes performativas

Arranca esta quinta-feiraFestival de Teatro do Seixal, em diferentes espaços do concelho. A programação inclui oito espectáculos, entre os quais, Burn Burn Burn, do colectivo Os Possessos; Ode aos Meus Homens ou O Maior Silêncio do Mundo, pelo Teatro Bravo; ou Uma Solidão Demasiado Ruidosa, dos Artistas Unidos. 

Vários locais. 13-23 Nov, vários horários. Entrada livre, mediante lotação da sala

  • Arte
  • Fotografia
  • Grande Lisboa

Trinta dos maiores fotógrafos internacionais que estiveram em Portugal durante a Revolução, fotografando por ser, para eles, um acto moral obrigatório e porque trabalhavam para jornais e revistas de todo o mundo, fazem esta exposição inédita sobre o momento que virou o país. "Venham Mais Cinco – O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa – 1974-1975" junta 200 fotografias em grande formato, no Parque Empresarial da Mutela, em frente à antiga Lisnave, em Almada. Sob a curadoria do cineasta Sérgio Tréfaut, poderemos ver nela imagens de Sebastião Salgado, Jean-Paul Miroglio, Guy Le Querrec, Jean Gaumy ou Dominique Isserm, divididas em quatro núcleos: A Festa da Liberdade, Novas Formas de Poder, Independências e Um País Dividido. Esta quinta-feira, as portas voltam a abrir, mas não por muito mais tempo. É caso para correr e não perder uma das grandes exposições do ano.

Avenida da Aliança Povo MFA (Almada). Qui-Dom 11.00-19.00. Até 23 Nov. Entrada livre

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Partindo de uma reflexão crítica sobre os códigos e as regras não escritas do graffiti, os Germes Gang propõem um gesto de desconstrução e liberdade criativa no novo espaço de cultura de Sintra, o Ponto Kultural. "Em vez da perfeição, escolhem o erro; em vez da forma rígida, o improviso e a honestidade do traço", pode ler-se na descrição da exposição, que revisita personagens da cultura popular e dos cartoons da infância e que pode ser vista de segunda a sexta-feira.

Rua Domingos Saraiva 2D (Mem Martins). Até 19 Dez, Seg-Sex 10-00-18.00. Entrada livre

  • Arte

O Convento dos Capuchos e a vila da Trafaria, em Almada, são os locais onde se vão experimentar novos ecossistemas e intersecções entre arte e tecnologia, através de exposições, performances, palestras e workshops. Na sexta-feira, dia de abertura, serão apresentados os dez projectos desenvolvidos no âmbito de residências artísticas decorridas em Outubro nos espaços adjacentes ao Presídio da Trafaria, em que se abordam realidades ciborgue, se viaja pela narrativa de mulheres grávidas que "desenvolvem um apetite voraz por medusas" ou se dialoga com instrumentos que "traduzem o CO2 da respiração e da voz em composição generativa de som e luz". Do cartaz, e ao longo do fim-de-semana, fazem também parte a dupla Ana Borralho e João Galante (Manual de Resistência para 2050), a artista plástica Marta de Menezes (Eco-System: Life, Cork, Light and Water), Francisca Rocha Gonçalves (nas Sessões de Audição Subaquáticaos participantes vão poder explorar as profundezas do Tejo com auscultadores) ou Freddie Hong (Algorithms in Reflection, uma instalação impulsionada por inteligência artificial e composta por dois espelhos que respondem à felicidade e à tristeza).

O programa completo pode ser consultado aqui. A organização assegura o transporte gratuito, a cada 30 minutos, entre a Trafaria (desde o terminal fluvial) e o Convento dos Capuchos. 

Largo do Convento, Caparica, e diferentes pontos da Trafaria. 14-16 Nov (Sex-Dom). Entrada livre

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  • Arte
  • Lisboa

Na última leva de exposições de 2025, a Rialto6 dá espaço a Gabriel Abrantes, nome consolidado no campo da videoarte. Rattrap, obra de 2024, é apresentada ao público pela primeira vez. Nela, o artista dá a conhecer Ratzo, personagem virtual que está pronta a ter uma conversa com o público. Ao mesmo tempo, a galeria recebe "Standard Deviation", mostra colectiva com curadoria de Gabriel Abrantes e obras de Ana Jotta, Carla Dias, Conner O'Malley, Inês Raposo, Max & Dave Fleischer, Meriem Bennani & Orian Barki, Paula Rego e Walt Disney.

Rua Conde Redondo, 6. Sex 15.00-19.30. Entrada livre

  • Filmes
  • Sintra

A quinta edição da mostra Rebentos – Cinema Emergente arranca este sábado e estende-se até ao final do mês, com uma programação dedicada a novos realizadores e curtas que exploram os temas da comunidade e da identidade. Entre os 32 filmes exibidos, destacam-se Monster, de Asier Elgars; O Abafador, de Silvana Torricella; Há Margem, de Filipe Oliveira; e os dois títulos de João Sanchez, Finimondo e Perpetual Disorder. Após as sessões, há conversas entre os cineastas e o público.

Rua Padre Alberto Neto (Tapada das Mercês). 15-29 Nov (sábados), 18.00. Entrada livre

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Histórias Lindas de Morrer

É uma exposição que visita conceitos cuja beleza é, no mínimo, discutível. Da amigdalite à queimadura, Sofia Saleme explora as cicatrizes que habitam os nossos corpos, viajando por fragilidades, dores e resistências. A exposição compõe-se de dez painéis de grandes dimensões que entram em diálogo com a história do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, integrando obras como "Céu Estrelado", um mapeamento de pintas; "Pústula ouro", inspirada na amigdalite; "Acidente Amoroso", sobre uma queimadura; e "Compulsão Prazerosa", que aborda a gordura. A exposição tem entrada grátis no domingo, das 10.00 às 13.00. 

Rua da Escola Politécnica, 56 (Príncipe Real/Rato). Ter-Dom 10.00-17.00. Grátis Dom 10.00-13.00

  • Arte

Com entrada livre a partir das 14.00 (não esquecendo que o Museu Gulbenkian está encerrado para obras até Julho de 2026, pelo que a aposta é no Centro de Arte Moderna - CAM e no Edifício Sede), domingo é dia de ir ao CAM. A mais recente inauguração é a da exposição de Carlos Bunga, que transforma o museu em "casa". Já em "Xerazade, a Coleção Interminável do CAM", 160 obras de quase uma centena de artistas estão divididas por 14 núcleos, sob a inspiração dos contos As Mil e uma Noites. Em "Zineb Sedira. Standing Here Wondering Which Way to Go", as obras da artista franco-argelina radicada em Paris e Londres centram-se "numa profunda reflexão sobre temas como a migração" ou "a parcialidade das histórias oficiais". Por último, Francisco Trêpa apresenta "Baile dos Bugalhos", um projecto a partir do contacto com "estas reacções biológicas resultantes da interacção entre plantas (como os carvalhos) e agentes externos (como as vespas)", que dão forma a inchaços no exterior das plantas, usados como abrigos pelos insectos que o induzem.

Rua Marquês de Fronteira, 2 (São Sebastião). Qua-Seg 10.00-18.00 (Sáb até 21.00). Entrada livre ao domingo depois das 14.00

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  • Coisas para fazer
  • Vida urbana

No domingo, o Palácio de Mafra volta a ser o palco do som directo e dos ecos do seu grande carrilhão, tocado a partir das 17.30. A actuação é de Abel Chaves, que garante uma paragem por grandes clássicos e uma experiência de grande intensidade sonora, já que o instrumento é composto por 57 sinos (o maior dos quais com quase 10 mil quilos).

Antes ou depois do concerto, aproveite para visitar o Palácio Nacional de Mafra, que é de entrada livre ao domingo para residentes nacionais.

Palácio Nacional de Mafra. Dom 17.30. Gratuito

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