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As melhores lojas para comprar loiça em Lisboa
Esta cidade tem trunfos na hora de pôr a mesa. A peso ou à peça, eis as melhores lojas para comprar loiça em Lisboa.
Acabaram-se as desculpas para servir o jantar com loiça de meia tigela. Há quem guarde as peças mais bonitas ou mais valiosas para ocasiões especiais, mas — aqui que ninguém nos ouve — todas as refeições devem ser celebradas e acompanhadas por cerâmicas com alguma linhagem. E é difícil resistir a este roteiro que desenhamos e que se vai repartindo por diferentes espaços da cidade. Entre pratos, canecas, tigelas, terrinas e também peças decorativas, a peso ou à peça, dizemos-lhe quais as melhores lojas para comprar loiças em Lisboa.
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Lisboa parte a loiça toda
Maria Atarefada
A Maria Atarefada é uma loja de loiça a peso, mas quando explorada com tempo, revela outros predicados. A começar na decoração da própria loja, feita com móveis restaurados pelas próprias donas, mãe e filha - Maria e Carolina Alcoforado. Já as loiças, são sobretudo utilitárias, mas sempre com um quê de anti-tédio. A nova morada em Benfica tem dois pisos cheios de relíquias cerâmicas, sendo o térreo dedicado sobretudo à decoração e o subterrâneo, mais amplo, aos pratos, taças, saladeiras, chávenas ou jarrões.


Cécile Mestelan
Abriu loja em Lisboa, em São Bento, mas viu-se obrigada a fechar o espaço. Não foi por isso, no entanto, que a ceramista francesa Cécile Mestelan deixou de trabalhar a massa – agora fá-lo num novo ateliê no mesmo bairro e com o mesmo vigor de sempre. Pratos grandes, outros mais pequenos, taças, chávenas de café, copos, caixas ou bules – tudo feito cuidadosamente à mão, tornando cada peça única, e com um leque de cores que salta à vista. A loja online é o principal veículo de vendas, mas é possível fazer marcação (atelier@cecilemestelan.com) para visitar o ateliê, onde a ceramista recebe também quem quer não só uma, nem duas peças, mas uma colecção inteira personalizada.
Cerâmicas na Linha
É uma das lojas favoritas dos lisboetas na hora de rechear o louceiro lá de casa. E uma das razões é a balança que está no balcão. Aqui, as compras são pagas ao quilo, sendo o quilo de loiça algo que anda entre os 3,80€ e os 7,80€ – estejam os pratos mais ou menos maduros. A Cerâmicas na Linha começou por funcionar com algumas marcas apenas e com restos de colecções, mas o sucesso foi tal que tem cada vez mais fábricas de loiça a vender para a loja. Quase tudo é vendido a peso, mas há peças à unidade, como as loiças da Bisarro, Bordallo Pinheiro e Costa Nova.
(Together)
As loiças de Anna Westerlund andavam por aqui e por ali, entre redes sociais e concept stores da cidade. Faltava-lhes um palco para brilhar e serem as personagens principais, palco esse que nasceu em pleno Chiado. Mas elas não estão sozinhas na nova (TOGETHER): convivem com ilustrações, toalhas de linho, velas artesanais e flores secas, num cenário que inspira e faz suspirar. O destaque está mesmo nas jarras, jarrinhos, bules, tabuleiros e até joalharia.
D'Olival Casa
Se entre marido e mulher não se mete a colher, neste caso mete-se uma mão cheia de portas que separam a loja de azeites D’Olival, onde está Lino Rebolo, e o outro espaço do casal, onde quem toma conta do estaminé é Helena Beghetto. Na D’Olival Casa, em São Bento, tudo o que decora as prateleiras é 100% português e artesanal, da tapeçaria à cerâmica. A loja não tem uma extensa lista de marcas, melhor até para não se confundir. A jóia da coroa são as cerâmicas, quase todas em tons muito claros e com onde em cada peça se consegue perceber a minúcia do trabalho artesão. Dominam os produtos da algarvia Casa Cubista, com os pratos e jarras em barro pincelados de cor e grandes tapeçarias, tecidas à mão naqueles teares à antiga. Por lá encontra o recipiente de azeite do Laboratório d’Estórias e outras novidades que vão chegando.
Armazém das Caldas
Não julgue esta loja pelo tamanho. Apesar de pequena, está bem apetrechada com tudo o que sempre sonhou levar para casa. Falamos das loiças, claro, ao estilo das Caldas da Rainha, essa grande capital da terrina e da travessa. Os gatos, as rãs, os lagartos, as galinhas e os peixes tomam conta das prateleiras, mas nem tudo o que há dentro do Armazém das Caldas pertence à linhagem bordaliana. A loja tem espaço para outras peças, todas elas feitas em fábricas e oficinas de artesãos locais.
Pura Cal
Está no topo das melhores lojas de decoração da cidade e é, decididamente, uma das nossas favoritas. As almofadas tatuadas com mosaicos e motivos pop falam para o coração, mas não é difícil o batimento cardíaco acelerar perante as outras peças assinadas pela dupla João e Tiago da Pura Cal. Mais: na Lx Factory, há outros objectos, de outros designers e marcas – tudo para dar cabo da nossa saúde. Se anda a pensar dar um novo ar à sua casa, programe já uma visita.
Depósito da Marinha Grande
É altamente desaconselhável levar uma criança às lojas do Depósito da Marinha Grande. A vidraria é tanta que o risco de entrar em despesas é alto. Conselho dado, adiante. A primeira loja abriu no 418 da Rua de São Bento em 1935 e hoje está mais virada para o lado artístico; a segunda nasceu nos anos 40, no número 234, e é o sítio certo para comprar boiões, frascos, garrafas e copos de todas as cores, tamanhos e feitios. Já a Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande é de 1769, mantém-se no activo com a sua especialidade, o vidro manual soprado, mas trabalha com outras fábricas da zona. Sempre sonhou ter o seu busto em vidro? Aqui fazem-no à medida.
Inútil
Espaço de valorização da cerâmica contemporânea, a Inútil é uma casinha de bonecas, num largo de árvores centenárias, entre o Miradouro de Santa Luzia e o Castelo de São Jorge. Com ar de galeria, as formas e texturas e cores das peças – desde jarros e tigelas a pratos e esculturas – saltam à vista, por cima do branco das paredes, prateleiras e aparadores. Inspirada pelo fascinante esplendor do inútil, expressão do crítico e ensaísta George Steiner, Maria Almeida, proprietária da loja, acredita que a proposta não se esgota na oportunidade de ver e comprar arte, mas passa também por reflectir acerca da utilidade da obra. Às jarras é fácil adicionar flores, às tigelas e aos pratos imaginá-los à mesa do pequeno-almoço e mesmo as folhas de Outono de cerâmica podem ser usadas como suportes para velas. Feitas artesanalmente, com diferentes técnicas, as peças foram todas escolhidas a dedo, e são de autores nacionais, como Martim Santa Rita, Teresa Cortez e Carmina Anastácio.
A Vida Portuguesa
Das duas uma: ou regressa à maior loja d'A Vida Portuguesa da cidade, a do Intendente, precisamente, ou aproveita para dar um saltinho ao espaço da Rua da Anchieta, no Chiado. Se é loiças que procura, fica bem servido nas duas. A primeira, por ser grande, tem tudo e mais alguma coisa. A segunda é mais pequena, mas tem uns tesourinhos por descobrir por lá, sobretudo da Bordalo Pinheiro ou do Depósito da Marinha Grande.
Bordallo Pinheiro
Bordallo Pinheiro é uma das personalidades mais relevantes da cultura portuguesa oitocentista, com uma produção notável na criação de cerâmica e não só. A fábrica de faianças foi construída em 1884, nas Caldas da Rainha, por Raphael Bordallo Pinheiro e o seu irmão, Feliciano Bordallo Pinheiro e desde então que é reconhecida a sua influência. Na loja da Guerra Junqueiro encontra loiças com os mais variados motivos, que podem funcionar como decoração ou para servir um belo repasto numa travessa arrojada.
Vista Alegre
Da mesma maneira que, quando queremos loiça a sério, vamos à Vista Alegre, quando queremos ir à Vista Alegre, escolhemos, de preferência, a loja do Chiado. Tudo o que faz desta uma das mais históricas e carismáticas marcas portuguesas está aqui: as peças assinadas por artistas portugueses, as colaborações com a Lacroix, as edições comemorativas, os cristais da Atlantis e o serviço de personalização de peças. Deseja mais alguma coisa?
Costa Nova
Esta marca nacional de louça em grés fino, que exporta grande parte da sua produção, chegou a Lisboa para conquistar os lisboetas. Entre mobiliário antigo, arranjos florais, velas e louça (sobretudo), encontra agora na Rua Castilho as colecções Costa Nova, assim como o universo criativo da marca – presente nos moldes e nas luvas, que foram usadas para produzir estas peças e que vieram directamente da fábrica, onde a marca ainda possui o seu primeiro ponto de venda ao público. Para além da característica louça de grés fino, há também talheres, copos de vidro, e têxteis para o lar. Objectos feitos a partir dos melhores recursos naturais nacionais e a celebrar a arte de bem servir e o amor pela gastronomia mediterrânica partilhada com família e amigos (diz a própria marca).
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