Portugal Jewels Chiado
Francisco Nogueira
Francisco Nogueira

As novas lojas em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Se perdeu o rasto às inaugurações, fizemos-lhe uma lista das lojas que abriram portas nos últimos meses em Lisboa.

Mauro Gonçalves
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Porque não queremos que perca o fio à meada na hora de renovar o armário ou de repensar a decoração da sala, damos-lhe um lamiré das aberturas dos últimos meses. Há lojas que ajudam a revitalizar bairros, enquanto outras reforçam a tese de que o que é nacional é bom. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novas lojas em Lisboa.

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Novas lojas em Lisboa

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Abriu em Março de 2025 e trouxe novas cores a este troço inicial da Rua de Arroios. Quente e energizante, a paleta é a assinatura de Andrey Levyy, o designer russo que trocou Moscovo por Lisboa e que, no ano passado, criou o próprio estúdio. Dos desenhos conceptuais, repletos de gradações de cor e geometrias, nasceu a Levö. A parede à direita é um mostruário de best-sellers – cartazes vibrantes, desenhados e impressos na casa, em papel de algodão e com seis tamanhos à escolha, do A4 ao formato 70 por 100. Os preços começam nos 18€ e vão até aos 79€. Por outro lado, os prints de edição limitada não podem ser reproduzidos e são de tamanho único. Custam entre 22€ e 27€.

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  • Santa Maria Maior

Distribuída por três pisos, a nova loja reúne uma parafernália de artigos. Depois dos ténis à entrada, é a roupa que fala mais alto descidas as escadas. Numa tentativa de diversificar os preços, mantendo ao máximo a exclusividade das marcas propostas, a nova Kolab lançou mão de etiquetas como a francesa Encré, a neerlandesa Filling Pieces, a portuguesa Realm ou a americana Found. O streetwear no seu estado mais puro está representado pela Beautiful Struggels, do ex-futebolista Danny Williams, e, ainda da loja anterior, transitam as peças de luxo da Casa Blanca. No primeiro andar, o cenário é outro. Em vez de roupa, encontramos um espaço dedicado aos acessórios, mas também a artigos de lifestyle. Há livros da Taschen, sabonetes e fragrâncias Claus Porto e cerâmicas Bordallo Pinheiro, lado a lado com peças Jacquemus, mochilas The North Face, jóias de Maria João Bahia, feitas exclusivamente para a Kolab, uma secção de óculos de sol, com curadoria da Wide Shades, e uma outra dedicada à perfumaria, aqui com o selo da Otro.

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  • Avenidas Novas

Ao longo da última década e meia, já passou por vários bairros de Lisboa – sempre com atelier, nunca com uma loja virada para a rua. Na Estrela, nas Necessidades e na Graça, onde mantém até hoje o seu espaço de trabalho, recolheu parte da inspiração para as sucessivas colecções de jóias. Ter uma loja própria é mais um passo para fazer estas jóias chegarem mais longe. Na montra, mas também nos expositores dentro da loja, sucedem-se as peças com o cunho da joalheira. Diferentes colecções reflectem diferentes inspirações e fases, ainda que tudo seja atravessado por um mesmo fio condutor. Símbolos, formas geométricas e elementos orgânicos, transportados directamente da natureza, preenchem o percurso sólido da joalheira.

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  • Monte Estoril

Onde durante muitos anos morou uma discreta mercearia, está agora a loja da Favorite People – divertida, bem-humorada e irreverente. Lá dentro, o design da artista Joana Astolfi faz brilhar as jardineiras que deram fama à marca 100% portuguesa, em dezenas de tons e padrões e tamanhos e formas e feitios. A peça continua a ser a bandeira e o best-seller, mas há muito mais e está espalhado pelo novo espaço (onde também ficam o atelier e o escritório): calções, saias, calças, macacões, meias, bolsas de cintura e chapéus, todos pensados para passar de geração em geração. No projecto de Joana Astolfi, não passa despercebida a banheira cheia de pastilhas Gorila apoiada sobre um tapete às riscas vermelhas e roxas, ou a instalação de Diana Meneses Cunha de umas jardineiras XXL lilases feitas de molas de estender a roupa e franjas de lã.

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  • Moda
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Há um pequeno largo ao ar livre meio escondido no fundo da Rua Garrett, que só quem atravessa o discreto corredor fresco e florido (cortesia do Pequeno Jardim) por baixo do número 19 consegue descobrir. Lá dentro, as esplanadas estão animadas todo o dia, e, de vez em quando, um artista toca música ao vivo. Ao fundo, abre-se a porta para o admirável mundo da Sienna, marca lisboeta de roupa que morou em Algés durante oito anos e que se mudou para o Chiado, com diferentes colecções cheias de cores e padrões. O espaço – com duas entradas, uma pela Rua Garrett e a outra pela Calçada Nova de São Francisco, e um cantinho para os mais novos poderem desenhar enquanto as mães vestem e despem nos provadores a fazer lembrar barraquinhas de praia – acolhe marcas amigas em jeito de pop-up.

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  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

O chamariz é apenas um – um catálogo recheado de marcas de cosmética coreana e que vai das etiquetas que mais têm viralizado nas redes sociais a produtos ainda pouco conhecidos a Ocidente. Em suma, esta é a primeira loja em Lisboa exclusivamente dedicada à k-beauty. No topo da tabela de popularidade estão três pesos pesados da indústria – ANUA, SKIN1004 e Haruharu Wonder. Da Round Lab chega premiado tónico 1025 Dodko. Da VT Cosmetics, uma linha de produtos com tecnologia de microneedling integrada. Beauty of Joseion, Medicube e COSRX são outras das marcas que vai encontrar nas estantes. Uma delas está reservada a marcas emergentes no mercado europeu, como é o caso da SKYMILK, com produtos à base de leite de burra.

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  • Lisboa
  • preço 2 de 4

Catarina Vassalo tem uma loja no Amoreiras Shopping Center, a primeira da marca. Primeiro vieram os brincos, depois outros acessórios de joalharia, carteiras e até roupa. O espaço, com cerca de 20 metros quadrados, junta tudo isto num ambiente romântico. Nas montras há canteiros de flores altas e no tecto sobre o balcão central verde-musgo, onde estão as jóias douradas (incluindo as colecções em colaboração com as influencers Alice Trewinnard e Francisca Pereira), o papel de parede simula um fresco. Ao lado do provador com luzes de camarim está o charriot com peças de roupa que vão de combinados de calças e camisas a bodys, tops e t-shirts – todos com missangas, lantejoulas, brilhantes e outros bricabraques bordados.

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O encerramento da Barbearia Campos, em Dezembro de 2023, deixou o Chiado mais pobre, mas o espaço não ficou desocupado. A Portugal Jewels abriu a primeira loja própria em Lisboa e fê-lo no número quatro do Largo do Chiado, morada da barbearia histórica que ali funcionou durante 140 anos. Herança histórica e apelo contemporâneo convivem, por isso, no pequeno espaço. De um lado, a bancada e os seis espelhos avivam a imagem da velha Barbearia Campos, inaugurada em 1886, na altura como Cabelleireiro Lisbonense. Ficaram ainda os tectos trabalhados e uma parte dos azulejos – a substituição parcial foi feita com peças do mesmo fabricante, garantem os responsáveis. Para contar a história ficaram também duas das antigas cadeiras de barbeiro. Um projecto assinado pelo LADO, gabinete de arquitectura e design. À direita na loja, vive a modernidade. Salta à vista o azul Klein que tinge os expositores na íntegra. Numa geometria perfeita, vitrines e gavetas intercalam-se para expor e guardar as jóias da Portugal Jewels.

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  • Princípe Real

O espaço abriu na Rua da Escola Politécnica e é o nono na história da marca (e o segundo nesta zona da cidade, depois de uma passagem de dois anos no início dos anos 2000). É, sem dúvida, generoso, sobretudo no que toca à entrada de luz natural. Com montras para a rua, coisa que não havia na loja anterior, a Paris:Sete quer criar uma agenda que passe por intervenções voltadas para o exterior.

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  • Cascais

Depois de Setúbal e de Lisboa, Benedita Formosinho chegou a Cascais. No edifício dos antigos Paços do Concelho, onde agora mora o Relógio - Slow Retail, com várias marcas portuguesas, Benedita e a mãe, Perpétua (juntas à frente do negócio), mostram como o seu design de moda minimalista e intemporal tem evoluído, com cada vez mais propostas sustentáveis e uma novidade: os primeiros sapatos, unisexo, feitos com manta alentejana. Nos cabides brilham peças de roupa em tons crus e cortes que misturam diferentes texturas e materiais; nas paredes estão os lemas da marca – "O que fazemos, importa" – e explicações do processo de produção. "As pessoas têm de estar informadas para fazerem escolhas conscientes", diz Perpétua Formosinho.

Às compras em Lisboa

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