Loja do Museu do Arroz
© Mariana Valle LimaLoja do Museu do Arroz
© Mariana Valle Lima

Da moda à decoração, estas são as melhores lojas da Comporta

Alguém falou em saídas de praia e cestos de palhinha? Tome nota: estas são as melhores lojas da Comporta (e arredores).

Mauro Gonçalves
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restaurantes deliciosos, belos hotéis e praias de tirar o fôlego. Mas e onde é que vamos às compras? À medida que mais e mais veraneantes descobrem a Comporta, aumenta a oferta de lojas, num roteiro dividido entre a moda e a decoração, mas fiel ao estilo boémio que predomina por estas bandas. Quer na própria aldeia, quer nos seus arredores, tome nota das melhores lojas da Comporta. Se não for para gastar dinheiro, pelo menos há-de sair de lá com uma boa dose de inspiração.

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Lojas na Comporta

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Com duas décadas de história em Cascais, a Alaire levou o estilo descontraído – cobiçado por quem aprecia um copo à beira da piscina ou disfruta de uma tarde de churrasco – para a Comporta. E é que lhe ficou mesmo a matar o edifício típico da região, branco e com telhado de colmo. Não tem casa de férias? Não tem sequer jardim? Espreite na mesma os móveis “beach style”, de marcas de design como a Gervasoni, a Dedon, a Tribu e a Manutti. De um dia para o outro tudo pode mudar e assim já vai inspirado.

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Um antigo celeiro de arroz transformou-se numa concept store com muita pinta, onde todos os verões poisam diferentes marcas portuguesas, todas elas inspiradas pela estação quente e também pelo espírito da Comporta. Este ano, conte encontrar a Loja das Tábuas, que já é um clássico por estas bandas, os têxteis de casa da Apuro, as peças de decoração e para levar à mesa de Ângelo Vicente, os fatos de banho e biquínis da Latitid, o calçado e acessórios em pele da Pallas, as propostas de moda airosas da Vintage Bazaar ou as toalhas de praia da Torres Novas, entre outras. O projecto é sazonal e fica de portas abertas até 15 de Setembro.

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Certifique-se de que o roteiro de compras passa também pela Coral, onde a exuberância das cores e dos acabamentos é aplicada sobretudo à mesa. Uma pequena loja, mas um grande recreio para os aficionados dos serviços de pratos, toalhas e argolas de guardanapos. De fora não ficam os acessórios de moda, igualmente inspirados pelo espírito Comporta.

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Em 2023, a Fashion Clinic assentou de vez arraiais no Carvalhal. Este ano, a boutique teve um upgrade considerável, com a abertura da pop-up Gucci Lido, colecção de Verão da marca italiana – com direito a um saco de praia personalizado, de edição limitada a dez exemplares, para este destino de veraneio português.

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Se a Comporta ganhou nos últimos tempos uma atmosfera hippie-chique, quase como se estivéssemos em Formentera, a culpa é de espaços como a Lavanda. A loja da norueguesa Cathrine Austad abriu no Estoril em 2003 e em 2010 expandiu-se para esta concept store numa antiga padaria no centro da Comporta. Espalhados pelas prateleiras e cabides estão túnicas para a praia, vestidos para uma festa de Verão, camisas coloridas para homem ou artigos para a casa de campo que ainda vai comprar.

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Alargue os cordões à bolsa ou, caso contrário, é bom que o seu espírito de sacrifício seja forte e esteja bem treinado, porque a tentação será mais do que muita. Na Loja do Museu do Arroz, o Verão grita na forma de cerâmicas e cafetãs, palhinhas e missangas, velas perfumadas e vestidos esvoaçantes.

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No capítulo dos interiores, a Rice de Marta Mantero é uma paragem obrigatória. Trouxe a loja para a herdade em 2011, embora as primeiras incursões tenham sido ainda nos anos 80, quando pouco ou nada havia para decorar por estas bandas. Anos depois, fez parte dos primeiros projectos – não como decoradora, mas num trabalho estreito com nomes como Vera Iachia. Entre palhinhas, madeiras de aspecto tosco, azul e branco, nascia o estilo Comporta. Uma imagem banalizada pela corrida aos interiores idílicos, para os quais contribuiu em tempos com peças importadas da Índia e de Marrocos. Entretanto, Marta começou a assinar os seus próprios projectos. É dada a misturas e a Rice deixa isso bem claro. Numa loja pensada para a venda directa ao público, a selecção vai da cestaria e da cerâmica mais tradicionais às peças contemporâneas de Inês Norton. Foram das últimas a chegar, penduradas há poucos dias sobre o sofá e a fazer lembrar que, no novo estilo Comporta, há lugar para tudo.

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  • Decoração

Os ambientes são opostos, mas há qualquer coisa em comum entre o Stork Club dos anos 30 a 60 em Nova Iorque e o ilustre estabelecimento no Carvalhal. O primeiro estava reservado a uma elite que incluía estrelas de Hollywood e aristocratas; o segundo pertence ao designer de interiores francês Jacques Grange. Grange e o companheiro, Pierre Passebon, fazem parte do grupo de estrangeiros que se apaixonaram pela Comporta – e não lhes bastou comprar aqui a sua casa de férias. Abriram também uma loja de decoração colorida e irreverente.

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Continua a ser uma das lojas mais especiais da Comporta, com candeeiros de seda gigantes pendurados no tecto, lustres intrincados com troncos de árvore, paletes transformadas em sofás cheios de almofadas confortáveis, mesas de madeira maciça com loiças de todas as cores e um cheirinho a Índia nas roupas sofisticadas mas descontraídas que Teresa Martins desenha.

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Quem faz a curva da Nacional 261, rumo ao Carvalhal, habituou-se a ver uma barraca de velharias do lado esquerdo. Se nunca encostou para inspeccioná-la de perto, não sabe o que tem estado a perder. Júlio Maria está aqui “há pelo menos 25 anos”, embora o dito casebre seja bastante anterior. É aqui que dá continuidade àquele que já era o negócio da mãe – acumula e colecciona o que os outros já não querem, mas também fecha bons negócios com quem já chega com uma ideia em mente. É uma espécie de arca, onde as velharias são tesouros e contam histórias. A começar pelas velhas navalhas de barbeiro que comprou recentemente. À volta, o caos de objectos exige foco e paciência – há talhas de barro, cestas e crivos, pias, tábuas de amassar, cabeceiras de cama, candeeiros e uma leva recém-chegada de mantas alentejanas, além de tudo o resto que aqui vem parar. Um chamariz para os curiosos que passam, mas também para designers e decoradores que aparecem em busca dos objectos mais inusitados.

E o paraíso aqui tão perto

  • Coisas para fazer

As praias que se seguem ficam a um pulo de Lisboa. Agora é vestir o visual mais fresco, guardar a toalha e o protector solar no saco, preparar um lanchinho e escolher uma leitura de Verão ou um jogo para toda a família. Não interessa para onde vai, só que não vai para muito longe: a ideia é ir apanhar sol e dar uns mergulhos sem ter de se esforçar muito (nem gastar mais do que o necessário na viagem de carro). Está preparado? O roteiro inclui Costa da Caparica, Linha de Cascais, Sintra, Arrábida e Meco. Estas são as melhores praias a uma hora de Lisboa. Boa viagem.

  • Hotéis

Para a maioria das pessoas, Verão é sinónimo de praia – e quanto mais perto pudermos ficar dos areais onde vamos estender a toalha, melhor. Já basta o ano inteiro no trânsito, a fazer quilómetros e quilómetros de tédio e stress. Nas férias grandes, todos queremos ficar ao pé da praia. E nestes seis hotéis, a brisa do mar está sempre presente. Mesmo que tenha de pegar no carro, nunca terá muitos quilómetros a separá-lo do Atlântico e dos mergulhos sem horas marcadas. Relaxe: se é férias ao pé da praia que procura, chegou ao sítio certo. 

 

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Um clássico para ser um clássico não tem apenas de resistir à difícil prova do tempo: precisa de garantir a consistência, ou seja, que nada muda de ano para ano (ou se muda, é para afinar o que já é bom). É o caso destas mesas, algumas mais conhecidas do que outras – e faltarão ainda mais, com certeza. Rodízio de peixe grelhado, bom atum apanhado na costa, pratos de tacho e da serra – porque também é disso que se faz o Algarve –, e marisco em barda (que nunca nos faltem as ostras, os camarões, as amêijoas ou os carabineiros!). Eis 18 grandes restaurantes clássicos no Algarve.

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