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Restaurante, Pastelaria, Pão de Canela
©DRPão de Canela

Até parecem novos: são restaurantes de sempre, mas estão cheios de novidades

Vira o disco, mas não toca o mesmo. Há restaurantes em Lisboa que estão a mudar para melhor, espera-se.

Cláudia Lima Carvalho
Teresa David
Escrito por
Cláudia Lima Carvalho
e
Teresa David
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São os mesmos restaurantes, mas nem tanto. Ora trocaram a carta, ora mudaram o chef, ora renovaram o espaço, ora fizeram isto tudo de uma só vez. Nos últimos tempos, muitos dos restaurantes que bem conhecemos (alguns muito acarinhados) apresentam-se com novas roupagens, na esperança de que a mudança seja para melhor, claro. A lista que se segue vem provar que até os restaurantes mais clássicos e amados precisam de uma renovação de vez em quando e que os restaurantes-tendência têm de fazer o possível para continuarem a estar na moda. 

Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

  • Restaurantes
  • Cafés
  • Chiado/Cais do Sodré

Um clássico é um clássico e nem a cara lavada depois de tanto tempo fechado e a funcionar apenas com esplanada apagou a aura do Pão de Canela, o café e restaurante da Praça das Flores. Se a esplanada continua igual a sempre, lá dentro mudou tudo, estando o espaço agora mais funcional (finalmente há ligação entre café e restaurante) e moderno. A decoração ficou a cargo da catalã Isabel López Vilalta, responsável, por exemplo, pelo design do três estrelas Michelin El Celler de Can Roca, em Girona. A carta também teve direito a um upgrade pela chef Joana Duarte, que passou pelo Tapisco como sous-chef. Aos pratos de sempre, como o polvo à lagareiro (15,50€) e o bitoque na frigideira (12€), juntaram-se mais pratos para partilhar, dos peixinhos da horta com maionese vegan (9€) ao pica-pau da vazia (8€). Nos doces, continuam as benditas “farófias da Alice” (4€). E do lado do café, mantém-se a oferta generosa de pastelaria (os scones e os brioches são irrecusáveis). Aos fins-de-semana, já se sabe, é o brunch buffet que manda. Diferente, diferente, mas o café de bairro de sempre.

  • Restaurantes
  • Petiscos
  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

O estado de espírito permanece carioca. A decoração mantém-se simples e elegante. O mapa-mundo ainda está lá. Mas de há uns meses para cá que o Zazah, no Príncipe Real, tem um novo chef, Christian D’Aurian (que sucede a Moisés Franco, agora na STŌ Mercearia), e também uma nova carta repleta de pratos para serem partilhados, que fundem várias cozinhas do mundo. “Este menu é inspirado nos lugares por onde eu já passei”, explica. Por isso é possível identificar elementos da cozinha francesa, italiana, brasileira, japonesa e portuguesa, entre outras. “Consegui reestruturar toda a equipa, frigoríficos, fornos, fogões, loiças...”, revela, e com os aspectos logísticos concluídos, foi a vez de se mudar o cardápio. Este menu de Inverno começa com um couvert (3,5€) que inclui pão da Marquise. Para entrada, experimente o croquete de alheira com alioli (5€) ou o “bolovo” (7€), que é um pastel de bacalhau com ovo. Como prato principal, junte o puré trufado (8€) ao peixe branco do dia (20€). A encerrar a refeição, um crumble agridoce (6€). Aproveite para acompanhar com um dos cocktails de autor, como o Pink sister (9€), com gin, limão, morango, gengibre e hortelã.

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  • Restaurantes
  • Intendente

Nas celebrações dos cinco anos de existência do Infame, no piso térreo do 1908 Hotel, sopram-se os ventos de mudança. Desde Setembro que é o chef André Rebelo, também responsável pela cozinha do Jangada, no hotel You And The Sea, na Ericeira, que está aos comandos do restaurante do Intendente, depois da saída de Nuno Bandeira Lima (agora no Mama Shelter). E se há novo chef, há nova carta – neste caso, bem mais portuguesa. “Quis quebrar um bocadinho a parte asiática que existia aqui”, conta André. São várias as opções para o arranque da refeição, como os croquetes de pato com mostarda e mel (7€) ou o pica-pau de atum (9,5€). Já nos pratos principais, o eRICEira, uma transição do Jangada, é um arroz de sapateira e camarão tigre (19€) que tem feito sucesso. Tudo isto pode ser acompanhado pelo Perception (9,5€), um cocktail premiado. Para a despedida, uma torta de Azeitão, com espuma de requeijão e laranja (5€).

  • Restaurantes
  • Grande Lisboa

Abriu na Baixa em 2020, em plena pandemia, e, devagarinho, começou a dar que falar com a sua proposta de menus de degustação a preços acessíveis. Não tardou para que o balcão com meia dúzia de lugares com vista privilegiada para a cozinha se revelasse pequeno para a ambição. Sorte inesperada: a loja de souvenirs ao lado do restaurante fechou. O espaço original, pequeno e elegante, mantém-se, mas a entrada para o Terroir faz-se agora na nova porta, numa nova sala com 28 lugares dispersos por várias mesas. Mantém-se também o requinte, sem perder o espírito descontraído. Os menus de degustação evoluíram, ou não tivesse também havido uma mudança de chef, com Tiago Rosa, que soma no currículo passagens por vários restaurantes estrelados, a assinar a carta. E são eles a melhor forma de conhecer o Terroir, seja o de cinco (49€) ou o de oito momentos (65€). Resumindo: o Terroir mudou tudo para ficar maior e ainda melhor.

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  • Restaurantes
  • Vegano
  • Chiado/Cais do Sodré

Em 2018, O Botanista, no Cais do Sodré, deu nas vistas, talvez pela vasta carta sem ingredientes de origem animal, talvez pela decoração instagramável, carregadinha de plantas. Acontece que em meados de Outubro o espaço assumiu-se como Orteá – Vegan Collective. Agora, além de restaurante, é uma mercearia, com uma bela oferta a granel; uma queijaria, a Eva; uma oficina de kombuchas artesanais; e um bistro. Tudo vegan, claro. A aquisição mais recente é o Pistácio Bistrô, que leva os produtos da mercearia para a mesa, com o intuito de serem partilhados. Este renascimento não provocou alterações de maior na ementa do restaurante, que continua a ser adaptada à mudança das estações.

  • Restaurantes
  • Lisboa

Depois de umas obras que levaram anos, e que até desenterraram 28 esqueletos com dois milénios, o Solar dos Presuntos apresentou-se no final do Verão passado como novo. À primeira vista, ainda do lado de fora, parece que nada mudou – e mesmo sabendo que o restaurante que apregoa ter “alta cozinha de Monção” e que se tornou numa referência de Lisboa está diferente, é impossível imaginar uma transformação tão radical e, ao mesmo tempo, tão subtil. Um investimento de cerca de quatro milhões e meio de euros transformou o Solar dos Presuntos, tornando-o não só maior como mais luminoso e contemporâneo. Ganhou uma esplanada com uma centena de lugares e um mural de Vhils a homenagear Evaristo Cardoso e a mulher, Maria da Graça, o casal que abriu o restaurante em 1974. No meio de tantas mudanças, há três coisas, essenciais, que não mudaram: a carta (apesar de agora estar na cozinha o chef Hugo Araújo, que estava no Alquimia do H2otel Congress & SPA, na Serra da Estrela), as fotografias na parede, e o atendimento familiar.

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  • Hotéis
  • Bairro Alto
  • preço 3 de 4

Os 10 anos do grupo The Independente Collective, a entrada do chef David Vieira e a idealização de um espaço mais descontraído estão nos bastidores da recente renovação dos restaurantes The Decadente e The Insólito. Neste último, já não há mesas de jantar na esplanada, que agora é uma espécie de bar, com tapetes coloridos, sofás e candeeiros de ferro que imitam troncos de árvores. A ideia é chegar aqui entre o final da tarde e o início da noite para beber um copo, sem a pressão de um jantar formal. Para comer, o chef David Vieira prepara finger food, mas quem desejar pode sentar-se à mesa no interior do restaurante ou seguir para o The Decadente, onde se serve comida portuguesa e de pequenos produtores e a grelha vive lado a lado com um bar cru.

The Decadente Dom-Qui 19.00-23.00, Sex-Sáb 19.00-00.00.
The Insólito Ter-Qui 17.30-00.00, Sex-Sáb 17.30-01.00.

  • Restaurantes
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Apresentou-se no final de 2019 como um restaurante, mas acima de tudo como um projecto de reinserção social para pessoas em situação de sem-abrigo, com o dedo da CRESCER – Associação de Intervenção Comunitária e coordenação dos chefes Nuno Bergonse e David Jesus. Veio a pandemia, tudo mudou. O restaurante fechou e tornou-se num centro de acção para takeaway e entregas de refeições a quem mais precisou. O espaço desgastou-se e nos últimos tempos sofreu uma remodelação. Está agora mais confortável e requintado. A missão de escola continua, mas também a carta mudou. A dupla de chefs desenhou um menu com mais petiscos para partilha, como uma batata doce mas brava com pimentos Padrón (4,50€), milhos fritos com salsa verde, tomate e azeitonas (6€), ou uns rissóis de berbigão e salicórnia (6€/duas unidades), mas também pratos de conforto como feijoada de javali (14€) ou açorda de camarão com tomate e algas (14€).

Mais novidades em Lisboa

  • Restaurantes

Adivinha quem voltou? Não é que a moda tivesse alguma vez desaparecido, mas com o regresso à normalidade, voltam também os brunches nas suas mais variadas formas. São cada vez mais uma refeição para toda a hora e longe vão os tempos em que se resumiam a ovos e panquecas. Demos a volta ao mundo à volta da mesa do pequeno-almoço e estes foram os novos brunches em Lisboa que descobrimos. Dos lugares mais instagramáveis a pequenos segredos – ainda –, há mais de uma dezena de novidades na cidade. O ideal, é escolher e reservar mesa.

  • Restaurantes
  • Italiano

Do risotto e das pizzas em forno de lenha à massa fresca, não esquecendo a burrata, o tiramisù e as bebidas típicas, como o limoncello, o aperol ou o negroni. Os portugueses ainda dizem "ciao" e "prego" à gastronomia vinda de Itália, que continua a ser uma das favoritas e indispensáveis na oferta da cidade. Prova disso são os vários restaurantes italianos em Lisboa que apareceram nos últimos tempos e aos quais não faltam clientes, ansiosos por uma boa dose de hidratos de carbono. Os que encontra nesta lista são os que abriram no último semestre e que merecem uma visita. 

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