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Esplendor na relva: 7 museus com jardim em Lisboa

Os museus não servem só para ver arte, também dão para passear. Espreite estes sete museus com jardim

Raquel Dias da Silva
Escrito por: Francisca Dias Real
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Dar uma mão à cultura e outra à natureza é fácil quando o destino é um museu com jardim. Lisboa e Cascais estão cheias de espaços que combinam exposições interessantes com recantos verdes perfeitos para uma pausa. A proposta é simples: visitar as mostras em cartaz e aproveitar o jardim para esticar as pernas, ler um livro ou tomar um café ao ar livre – a ordem fica ao gosto de cada um. Entre arte e natureza, estes museus com jardim convidam a abrandar o ritmo e transformar uma visita cultural num programa completo.

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7 museus com jardim em Lisboa

  • Atracções
  • São Sebastião

A máxima é aproveitar o que os museus têm para dar e apanhar um arzinho logo a seguir. O Jardim da Gulbenkian é uma referência para a arquitectura paisagista portuguesa e um verdadeiro retiro no centro da cidade, quer seja para piquenicar, ler ou deixar os miúdos correr. Há um lago, patos a vadiar e mais de 200 espécies de flora para descobrir. Dentro de portas, o que não falta são exposições para ver, incluindo a Coleção CAM (10€). Aos domingos, a partir das 14.00, ninguém paga.

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  • História natural
  • Princípe Real

É impossível pensar no Museu Nacional de História Natural e da Ciência sem pensar no Jardim Botânico de Lisboa. Classificado como monumento nacional em 2010, foi projectado em meados do século XIX, para complemento moderno e útil do ensino e investigação da botânica na Escola Politécnica de Lisboa, e inclui uma enorme diversidade de plantas recolhidas pelos seus primeiros jardineiros, o alemão E. Goeze e o francês J. Daveau. Além disso, na esteia do que acontece na generalidade dos jardins botânicos, também neste Jardim, em estreita colaboração com os restantes departamentos do Museu, se desenvolvem, em permanência, programas de educação ambiental e visitas temáticas.

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  • Museus
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Este antigo palácio de veraneio, enquadrado pelo que resta de uma antiga quinta senhorial, é o núcleo-sede do Museu de Lisboa. A exposição permanente mostra a evolução da cidade desde a pré-história até ao início do século XX, mas há quem lá vá só pelos jardins, para tardes de sossego e leituras demoradas, com pavões como companhia. Estão divididos em três: o jardim de buxo, mais imperial e com esculturas de Bordallo Pinheiro, o bosque com arvoredos altos e uma aragem fresca, e o amplo relvado. Há visitas orientadas todos os sábados, às 11.00, e não é preciso inscrever-se previamente.

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  • Lumiar

O Museu Nacional do Traje, que conta actualmente com cerca de 40 mil peças, está encerrado para obras, mas não há problema, porque o que recomendamos é a visita ao jardim (3€). Instalado no Palácio Angeja-Palmela, numa antiga quinta de recreio de Lisboa, o museu tem em anexo o Parque Botânico do Monteiro-Mor, criado no século XVIII, com projecto do italiano Domenico Vandelli. Nessa área de 11 hectares, distribuem-se lagos, prados, recantos e caminhos, bem como um jardim histórico, um horto botânico, um pomar, uma horta e uma mata. Mas, mais importante, aqui a primeira Araucaria Heteropylla conhecida em Portugal continental.

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  • Belém

Opções relvadas em Belém não faltam, mas poucos se lembram do bonito Jardim das Oliveiras do Centro Cultural de Belém, onde se pode espojar à vontade – e agora há também um jardim vertical no Caminho Pedonal. Além disso, vale a pena relembrar que, ao fim de 15 anos como Museu Colecção Berardo, o mesmo espaço, também conhecido como “módulo 3”, regressou à gestão do CCB. Já para entreter o estômago ou para um copo, tem sempre o restaurante Este-Oeste e o Topo.

  • Museus
  • Chiado

Situado no convento de São Francisco da Cidade, o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado (MNAC), de 1911, testemunha a explosão vanguardista e a sua exposição permanente atravessa a história da arte em Portugal desde 1850, no início do Romantismo, até ao século XXI. Mas não vale esquecer o Jardim das Esculturas, um espaço verde interior para uma pausa entre devaneios artísticos, onde também encontra esculturas em bronze dos séculos XIX e XX.

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  • Museus
  • Arte e design
  • Cascais

Não bastava estar num edifício desenhado pelo Pritzker de 2011, Eduardo Souto de Moura, também o jardim tinha de ter a sua magnificência e diâmetro para boas tardes de preguiça na relva. Há uma cafetaria de apoio a vontades súbitas de beber ou petiscar. Dentro dos cones terracota, a colecção – que vai sendo apresentada em exposições temporárias – é constituída por pintura, desenho e gravura, e reflecte o percurso artístico e criativo de Paula Rego, incluindo ainda obras do seu marido, o artista britânico Victor Willing, uma obra têxtil de grandes dimensões e parte do seu espólio documental.

Como ajardinar na cidade

  • Atracções
  • Parques e jardins

Agora que pode ir arejando as ideias, tenha preferência pelo ar puro, pelos espaços que pintam a cidade de verde. Com todos os cuidados que deve ter e mantendo a distância social recomendada pelas autoridades de saúde, faça o favor de apanhar um arzinho por aqui – se optar por juntar uma grupeta lembre-se que não poderão ser mais que dez. Seja para uma breve caminhada, corrida ou para uma visita prolongada aos relvados, seja prudente. 

  • Coisas para fazer
  • Eventos alimentares

Sabe onde piquenicar em Lisboa? É pegar, meter na cesta e estender a toalha nesses hectares relvados jardins fora. Há verdadeiros tesourinhos que vai querer conhecer, sobretudo agora que está oficialmente aberta a época do bom tempo, os raios de sol já queimam e a vontade de sair de casa é mais que muita, ainda que cada saída deva ser feita com a devida prudência. 

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