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Ben Blackall/Netflix

As 20 minisséries mais viciantes da Netflix

Para ver uma boa série não tem de se comprometer com duas, três ou mais de dez temporadas. A solução está nestas minisséries na Netflix.

Renata Lima Lobo
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As minisséries têm vantagens relativamente às séries e aos filmes. Por um lado, não se arrastam demasiado (como um certo drama médico que nos ocorre). Por outro, permitem desenvolver melhor a história e os personagens. Se não tem paciência para um sem-fim de temporadas, mas apetece-lhe fazer uma maratona ao fim-de-semana (ou, por que não, apenas num dia), há pelo menos 20 minisséries na Netflix que vale a pena ver. Adaptações de livros ou narrativas inspiradas em casos reais, mistérios policiais ou dramas, há propostas para todos os gostos. Só tem de escolher – com a garantia de que não se irá fartar.

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20 minisséries para ver na Netflix

1. A Maldição de Bly Manor

É o regresso da equipa de criativos que nos assustou com o terror sobrenatural de A Maldição de Hill House. As duas histórias são independentes e esta é baseada em Calafrio, de Henry James (1898), narrando o estarrecedor quotidiano de uma ama americana (Victoria Pedretti) contratada para cuidar de duas crianças órfãs, numa casa de campo. A trama passa-se na Inglaterra dos anos 1980, carregando nas tintas da literatura gótica, com aparições, sugestões e deambulações pouco aconselháveis a espectadores agitados e impressionáveis. Além de Pedretti, também Oliver Jackson-Cohen, Henry Thomas e Kate Siegel transitam do elenco da maldição anterior.

2. Adolescência

Chegou com pouco burburinho, mas rapidamente se tornou na produção mais falada do serviço de streaming. Adolescência sensibilizou filhos e chocou (especialmente) os pais, abrindo as cortinas a um mundo até então desconhecido dos seus mais novos. A sua influência é tal que esta série está a ser transmitida em escolas britânicas. Criada por Jack Thorne e Stephen Graham (que interpreta o destroçado pai da personagem principal), acompanha Jamie (Owen Cooper), de 13 anos, acusado de assassinar uma colega. Cada episódio foi filmado num só plano-sequência brutal e inesquecível.

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3. Alias Grace

Baseada no premiado romance histórico de Margaret Atwood, esta minissérie canadiana de seis episódios acompanha a história de Grace Marks (Sarah Gadon), uma jovem irlandesa condenada a prisão perpétua, no Canadá do século XIX, pelo assassinato brutal do seu patrão e da governanta da casa, Nancy Montgomery (Anna Paquin). Apaixonado por Grace, o psiquiatra Simon Jordan (Edward Holcroft), responsável por avaliar se a suposta assassina deve ou não ser perdoada por insanidade, fará de tudo para descobrir a verdade sobre o caso.

4. Baby Reindeer

Outro fenómeno que chegou à Netflix com pouca pompa e circunstância e, depois de ser passada boca a boca, rapidamente, se tornou na produção mais falada do serviço de streaming. Baseada num espectáculo autobiográfico de Richard Gadd – que protagoniza e assina o argumento –, a série segue Donny, um aspirante a comediante, envolvido numa relação obsessiva com uma mulher instável. Uma história real e desconcertante, contada com brutal honestidade.

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5. A Queda da Casa de Usher

Abundantemente adaptado ao cinema, o conto clássico de Edgar Allan Poe chegou ao pequeno ecrã pelas mãos de Mike Flanagan, criador de A Maldição de Hill House. Nesta história de grandes ansiedades, a poderosa e endinheirada família Usher começa a desintegrar-se e a ruir quando segredos do seu passado vêm à tona.

6. Aos Olhos da Justiça

Cinco adolescentes negros são injustamente acusados de atacar e violar uma mulher no Central Park, em 1989. Quatro dos jovens são enviados para um centro de correcção, mas um deles, por já ter 16 anos, é enviado para uma prisão. Esta minissérie de Ava DuVernay (When They See Us, no título original) mostra como o processo judicial foi conduzido de forma negligente e preconceituosa pela polícia de Nova Iorque. Em 2002, os cincos suspeitos injustamente condenados foram ilibados, depois de um outro homem ter confessado ser o autor daquele ataque com mais de 20 anos.

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7. Caliphate

Em oito episódios, este drama mergulha-nos na dura realidade da radicalização religiosa e põe a descoberto os perigos da ameaça terrorista. Criada por Wilhelm Behrman e Niklas Rockström, a minissérie baseia-se numa profunda investigação levada a cabo por peritos e segue a história de cinco raparigas suecas desde o momento em que conhecem o homem que as radicaliza até à viagem que culmina na chegada à cidade síria de Raqqa, território dominado pelo auto-proclamado Estado Islâmico. Pelo meio, os destinos cruzam-se e há quem tente voltar a casa.

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Numa Nova Iorque dos anos 1980, Vincent procura desesperadamente pelo filho de nove anos, que desaparece no caminho para a escola. Mas este pai é o criador de um popular programa de televisão infantil e socorre-se de um desenho do filho, um monstro azul chamado Eric, e convence-se que se o puser na televisão, o filho regressa a casa. Benedict Cumberbatch (A Incrível História de Henry Sugar) e Gaby Hoffmann (Transparente) são os protagonistas desta minissérie criada por Abi Morgan, vencedora de um Emmy por outra minissérie, chamada O Canto do Pássaro (2012).

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9. Gambito de Dama

Anya Taylor-Joy é Beth Harmon, uma órfã que, aos nove anos, nos EUA da década de 60, aprende a jogar xadrez, revelando-se um prodígio de nível mundial. A caracterização emocional e mental de Beth enquanto génio enxadrístico, com as suas carências, adições e idiossincrasias, é perfeita, tal como a recriação da época, a pintura do ecossistema do xadrez e dos que o habitam, e a verosimilhança das partidas.

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Sofia Vergara personifica Griselda Blanco nesta série passada no brutal mundo do narcotráfico. Nascida na Colômbia, Griselda pôs de pé um dos mais temíveis e lucrativos cartéis de droga da história. Mãe devotada e mulher de negócios implacável, capaz do maior charme e da pior crueldade, ela conseguiu combinar vida familiar, actividade empresarial e vida criminosa, tornando-se conhecida como a “Viúva Negra”.

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11. Madam C. J. Walker: Uma Vida Empreendedora

Baseada em factos reais, esta minissérie de quatro episódios conta como Sarah Breedlove, uma lavadeira afro-americana de origens humildes, construiu um império de produtos de beleza e se tornou milionária. Além de Octavia Spencer no papel da protagonista, o elenco principal conta ainda com Blair Underwood, Tiffany Haddish, Carmen Ejogo, Garrett Morris e Kevin Carroll.

12. Maid

Baseada na história real de Stephanie Land, contada em livro, Maid segue o calvário de uma jovem mãe solteira, Alex (a cativante e expressiva Margaret Qualley), que saiu de casa, e de uma relação perigosa, com a filha de três anos, sem ter onde ficar, sem dinheiro, emprego, qualificações nem carro. A história contém o seu imenso potencial lacrimal, não se desfaz em queixinhas e indignações e mostra, com emoção mas também com correcção realista, o que é ser pobre e viver de “McJobs” e subsídios nos EUA, sem culpados prontos-a-detestar, seja a sociedade, sejam vilões de cartão e cola.

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13. Maniac

Com Emma Stone e Jonah Hill nos papéis principais, é uma minissérie de dez episódios realizada por Cary Joji Fukunaga, responsável pela muito aplaudida primeira temporada de True Detective e pelo primeiro filme original da Netflix Beasts of No Nation. É um daqueles casos em que o título diz muito (ou pouco, dependendo da perspectiva) do que aí vem, tal como o trailer, aliás. Annie Landsberg (Emma Stone) e Owen Milgrim (Jonah Hill) aceitam participar num misterioso ensaio clínico para um medicamento que promete ajudar a combater problemas mentais, mas os testes acabam por não correr como planeado levando-os para os mais estranhos universos. É um suspense de ficção científica, mas é também uma comédia negra.

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Matt Damon, Alain Delon, Dennis Hopper, Barry Pepper, John Malkovich. Todos estes actores interpretaram Tom Ripley, o charmoso vigarista dos romances policiais da escritora norte-americana Patricia Highsmith. A mais recente adaptação é uma minissérie com Andrew Scott (All Of Us Strangers) no papel principal e um mundo a preto e branco ambientado nos anos 60 do século passado, Tom Ripley é contratado, na cidade de Nova Iorque, por um homem rico que lhe propõe viajar até Itália e persuadir o filho Dickie a regressar a casa.

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Era uma vez um jovem canadiano de 23 anos, de seu nome Scott Pilgrim, que conhece finalmente Ramona, literalmente a rapariga dos seus sonhos. Mas para poderem ficar juntos, Scott terá de derrotar os sete maléficos ex-namorados (os Evil Exes) da sua recém-descoberta paixão. Depois do filme e do videojogo, este universo narrativo ganhou uma nova dimensão com a série de animação Scott Pilgrim Dá o Salto. Os actores Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead, Brie Larson, Kieran Culkin, Anna Kendrick ou Aubrey Plaza estão de regresso aos papéis que interpretaram na longa-metragem Scott Pilgrim contra o Mundo, de 2010.

16. Sem Deus

Esta minissérie americana, produzida por Scott Frank, remete para os clássicos do faroeste em sete episódios, num total de sete horas e meia. A narrativa, ambientada na década de 80 do século XIX, acompanha o implacável fora-da-lei Frank Griffin (Jeff Daniels), que aterroriza o Novo México à procura de Roy Goode (Jack O'Connell), um antigo membro do seu bando que encontrou uma nova vida em La Belle, uma cidade que, depois de um desastre numa mina, é habitada praticamente só por mulheres – homens são só dois ou três velhos, o xerife cada vez mais míope e desacreditado e o seu assistente.

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17. The Haunting of Hill House

Assombrou a Netflix e elevou o terror televisivo a um novo patamar. Criada por Mike Flanagan (responsável pela sequela de The ShiningDoutor Sono, e realizador de um dos filmes mais aclamados de 2025 A Vida de Chuck) e inspirada no romance de Shirley Jackson, esta minissérie alterna entre duas linhas temporais para contar a história de cinco irmãos marcados pelos traumas vividos numa casa onde nada era o que parecia. Com interpretações intensas de Michiel Huisman, Victoria Pedretti e Carla Gugino, esta é uma obra emocional, elegante e arrepiante sobre luto e complexas dinâmicas de família.

18. The Serpent

Nos anos 70, enquanto mantinha uma fachada de negociante de pedras preciosas, o burlão, ladrão e serial killer Charles Sobhraj, ajudado pelo seu cúmplice, Ajay Chowdhury, e com a conivência da namorada, Marie-Andrée Leclerc, mataram com cruel frieza pelo menos 12 pessoas na Tailândia e no Nepal, todos incautos turistas hippies ocidentais. Além da superior execução narrativa e dramatúrgica, do suspense e da recriação de época, The Serpent tem uma poderosíssima interpretação de Tahar Rahim no insinuante, reptilíneo e impassível Sobhraj, a personificação do mal em estado puro.

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Durante a II Guerra Mundial, dois jovens de diferentes lados da barricada sintonizam uma rádio em que um homem conhecido como Professor ilumina as noites de crianças e adolescentes de toda a Europa, ensinando ciência e tecnologia através das suas emissões nocturnas. Um farol em tempos de guerra, num enredo em quatro episódios que acompanha uma década da vida de Marie-Laure e Werner, desde que são crianças até serem jovens adultos. Toda a Luz Que Não Podemos Ver é produzida e realizada por Shawn Levy (Stranger Things) e parte do romance homónimo de Anthony Doerr, vencedor de um Pulitzer em 2015.

20. Unorthodox

Baseada no livro autobiográfico de Deborah Feldman, Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots, esta minissérie de quatro episódios acompanha a fuga de uma jovem judia da comunidade ultraortodoxa de Williamsburg, em Nova Iorque, para Berlim. Uma cidade medonha aos olhos judaicos, para onde antes se escapara a mãe, deixando-a para trás. Esty, a rapariga, é interpretada por Shira Haas, com tanta contenção e desnorte como decisão e instinto de sobrevivência. Os diálogos são quase todos em iídiche e o final, em que Esty entoa à capella o cântico “Mi Bon Siach”, que deveria ser de submissão e ali é de libertação, é uma das cenas mais arrepiantes de todo o streaming.

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