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Cerejas no Kanazawa
©Manuel MansoSopa fria com cerejas e espargos

Rota gastronómica da cereja do Fundão nos restaurantes lisboetas

De 15 de Junho a 1 de Julho, a cereja vai ser rainha em vários restaurantes lisboetas graças a uma rota traçada pelo município do Fundão.

Escrito por
Inês Garcia
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Só entre Maio e Julho as cerejas ganham a rigidez e doçura certas, ficam grandes e redondinhas. É fruta da época e, à semelhança da laranja do Algarve ou da maçã de Alcobaça, a cereja tem a região do Fundão como principal produtora e promotora. Este ano, a época da cereja começou a meio de Maio e há-de durar até à terceira semana de Julho, garante Paulo Fernandes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão, a autarquia responsável por trazer o fruto na sua plenitude para Lisboa e um pouco para todo o país com a rota gastronómica da cereja do Fundão, onde participam dezenas de restaurantes em Lisboa, Porto, Alentejo e Algarve – tudo começou há seis anos, com dez restaurantes seleccionados, agora a conta chega aos 40.

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Rota gastronómica da cereja do Fundão

©Manuel Manso

“Não é fácil encontrar cerejas nas cartas dos restaurantes”, reconhece Paulo Morais, o sushiman chef do Kanazawa, em Algés, um dos participantes desta rota. Não por ser um fruto difícil de trabalhar, mas precisamente por causa desta sazonalidade. O restaurante japonês de oito lugares apenas, que trabalha a sazonalidade e a proximidade com o cliente mês a mês, pegou nas cerejas para criar uma sopa fria, ao estilo de um gaspacho, que acompanha com cerejas e espargos grelhados. Pelo meio do menu de degustação, há uns pickles de cereja e no fim da refeição desconstruíram uma das poucas sobremesas típicas japonesas, a anmitsu, um género de salada de frutas em conserva com doce de feijão e uma bola de gelado. Aqui, em vez de fruta em calda há cerejas frescas a contrastar com quadradinhos perfeitos de meloa prensada, sorbet de meloa, um sponge cake de cereja, gel do mesmo fruto e um pó feito com a casca. No próximo mês, o sorbet de meloa é substituído pelo de cereja. 

Além de Paulo Morais, há muitos mais chefs e restaurantes lisboetas que aceitaram o desafio de trabalhar o fruto português em pratos salgados ou doces, entre os quais chefs estrelados, como Alexandre Silva no seu Loco, o Feitoria de João Rodrigues, o Prado de António Galapito ou a Tasca e Peixaria da Esquina. “É uma forma muito simples de criarmos inovação. Algumas das criações resultantes desta parceria já se destacaram para lá da rota”, explica Paulo Fernandes, falando, por exemplo, do pastel de cereja, um vinagre balsâmico, bombons, licores, chá e até gin, tudo produtos que estão à venda até dia 16 numa banca no Mercado de Alvalade. Esta banca é também resultado de uma lógica reforçada de responsabilidade social nesta Campanha da Cereja do Fundão 2018, explica o presidente. “Optámos por cadeias mais curtas de comercialização. Queremos que exista uma relação mais directa com o consumidor final e que a relação não seja superficial”, refere. 

Na terra da cereja haverá experiências durante todo o mês de Junho, da mais simples de colher cerejas na Serra da Gardunha, a vários passeios a pé, de bicicleta ou de balão. Se a cereja for o seu fruto predilecto da Primavera/Verão, pode até ir mais longe e apadrinhar uma cerejeira: pode ir plantá-la e se durante toda a vida a for visitando, como bom padrinho, pode colher os resultados dela, que se esperam grandes e doces.

O menu com cerejas em oito restaurantes

  • 5/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Português
  • Castelo de São Jorge
  • preço 3 de 4

No seu restaurante farm to table, a que o crítico da Time Out deu 5 estrelas, António Galapito fez uma sobremesa com cereja do Fundão com flan de arroz tostado.

  • 4/5 estrelas
  • Restaurantes
  • São Sebastião

Durante os 15 dias da rota da cereja, o Eleven terá como entrada um gaspacho de cereja com camarão da nossa costa.

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  • Restaurantes
  • Oeiras

A chef Marlene Vieira preparou todo um menu para a rota, disponível só aos almoços. Começa com um gaspacho de cerejas, sardinha braseada e cerefólio ou uma salada de folhas, roquefort, nozes e cerejas; nos pratos principais pode escolher entre atum alourado com salada tépida de legumes e vinagrete de cerejas ou peito de pato, acelgas, aipo-batata e cerejas; e de sobremesa uma tarte de cereja e chocolate ou um sorvete com palitos de La Reine (18€).

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  • 4/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Petiscos
  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

O bar-restaurante com jeito carioca tem uma carta nova e serve agora também almoços. Para a rota da cereja do Fundão terá ainda umas costeletas de porco caramelizadas com gel de chutney de cereja.

  • Restaurantes
  • Cozinha contemporânea
  • Chiado

O restaurante de Rui Silvestre agora abre para almoços e vai ter, até dia 1 de Julho, uma salada de tomate, Bloody Mary de cereja e amêndoa do Algarve. 

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  • 5/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Estrela/Lapa/Santos

Os pratos com cereja vão estar disponíveis no menu de degustação "Fique nas Mãos do Chef" - é sempre uma lotaria mas está certo que vão estar lá, sejam doces ou salgados.

Verão em Lisboa

  • Restaurantes

Olhe os néons à entrada, cumprimente o empregado de camisa irrepreensível, faça um adeus às lagostas de molho. É por aqui o caminho para as melhores cervejarias em Lisboa, para as antigas, as mais carismáticas e as mais recentes. E ainda lhe arranjamos uma que lhe serve um brunch todos os domingos. Preparámos-lhe um verdadeiro menu com tudo o que se espera de uma cervejaria ou marisqueira lisboeta: por aqui há saladinhas frias, pratões ornamentados de marisco nacional, travessas de alumínio com ameijoas à Bulhão Pato, um pratinho de salgados, tachinhos com açorda e um prego no final. Não se preocupe com as imperiais, são tiradas por profissionais. 

  • Restaurantes
  • Cervejarias

A época do petisco rastejante começa oficialmente em Maio, o primeiro mês sem R – dizem os especialistas que, apesar de não ser regra absoluta, é nestes meses mais quentes e solarengos que o caracol é melhor, porque com o chuva o bicho começa a meter-se dentro da terra. Ainda assim, a maioria dos caracóis que se servem em Portugal vêm de Marrocos, onde é proibido usar pesticidas e a garantia da qualidade deste petisco é maior. Corremos a cidade à procura de cafés e cervejarias que já estão a servir caracoladas e dizemos-lhe oito sítios onde pode comer caracóis em Lisboa.  

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