E eis que Vila Nova de Milfontes se tornou o destino certo para aquelas manhãs em que o litoral alentejano se apresenta com nuvens carregadas e risco de precipitação – ou então para um shopping antes da praia. Entre a rua principal e a igreja têm vindo a nascer lojas para todo o tipo de necessidades. Começando pelo lado de quem entra na vila, está a Maria das Flores (Rua Custódio Brás Pacheco), uma florista mais virada para as flores secas, os cactos, os arranjos bem originais. Tudo obra de Mariana Murteira Reis, que gosta de trabalhar com flores da zona, “apanho tudo o que posso”, ou encomenda flores da zona do Montijo, num constante trabalho para ser diferente. “Tenho algum jeito de mãos, sim.”
Na porta ao lado mora a Bigorna (Rua Custódio Brás Pacheco), uma loja de brincos, colares, pulseiras, anéis e outros acessórios, feitos sobretudo a partir de prata, couro e latão. A responsável é Elena, metade portuguesa, metade canadiana, que também tem um quiosque na Zambujeira do Mar, onde vende peças semelhantes. Tudo a preços amigos da carteira e exposto de forma original.
Seguindo para baixo, fica a Kozii (Rua Sarmento Beires, 34 r/c), uma loja de moda feminina, com peças feitas na Índia num método artesanal, com técnicas de tecelagem e respeito pelas regras do comércio justo. Há túnicas, vestidos, kaftans, kimonos, algumas peças para crianças e, mais recentemente, uma aposta em peças para a casa, como mantas para sofás, colchas ou almofadas.
Num estilo bem balnear, a Tribo da Praia (é a porta ao lado da antiga igreja do centro da vila) é o novo negócio sazonal de Rita Cunha, uma lisboeta que trocou a capital pelo Sul. O estilo é boho-beach-hippie-chic, e desdobra-se em vestidos, calções, t-shirts ou túnicas, em roupa mais de praia, mas também perfeitamente adequada à cidade. Às roupas juntam-se vários acessórios, como carteiras, colares feitos pela própria, bijuteria e toalhas de praia. Quando o Verão acabar, que poderá ser só no Inverno, o negócio passa para o online.