Vila Nova Costa Alentejana
Ricardo Lopes

O melhor de Vila Nova de Milfontes

Seja para uma escapadinha ou para umas férias, isto é o que tem mesmo de conhecer em Vila Nova de Milfontes.

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Duas horas. Não demorará muito mais a chegar a Vila Nova de Milfontes e uma coisa conseguimos garantir: demorará menos ainda a esquecer-se que há vida em Lisboa. Praias, restaurantes, lojas. Não se fala do melhor da Costa Alentejana sem mencionar Vila Nova de Milfontes, seja pela praia, pelo rio ou pela gastronomia – e que bem que se come aqui. A verdade é que não faltam coisas para fazer em Vila Nova de Milfontes, mesmo que o sol teime em não aparecer. Siga o nosso roteiro e não se preocupe com mais nada. 

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Praias

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Quem gosta de apoios de praia e não tem paciência para levar água potável e farnel escusa de ir aos Aivados ou à vizinha praia de Angra da Serva. Se na primeira o acesso nem é difícil, para ir à segunda convém ter boa preparação física. Para todos os que gostam de companhia e de ouvir conversas alheias, decididamente esta não é a sua praia. 

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Concessionada no Verão, é das preferidas dos habitués de Vila Nova de Milfontes. É boa para surfistas do mar ou da banheira, mas também faz as delícias de famílias e crianças na maré vazia. Desde 2019 que é uma praia para a prática naturista. 

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Quer uma praia mesmo, mesmo, mesmo secreta? Aventure-se pelos trilhos que levam até um conjunto de praias secretas, ao lado da Praia das Furnas. Como chegar? Na estrada de alcatrão que vai de Milfontes até à Praia das Furnas (N393), depois de passar a ponte sobre o Rio Mira, virar à direita quando chega a uma tabuleta que indica proibição de circulação nas dunas, e quando chegar a uma bifurcação, ir pelo lado esquerdo. Seguir em frente, seguir pelo caminho à direita uma vez chegado a uma bifurcação e depois andar até a estrada se transformar mesmo em duna. Ir em direcção ao mar e dar de caras com uma bonita praia, outra para o lado sul, outra ainda para sul e mais uma. Desce-se com cuidado pela segunda, que tem ligação às restantes, mas na terceira há uma zona com um ribeiro que seca no Verão e cuja descida é peaners. Agora a boa notícia: na maré baixa há acesso pela Praia das Furnas (escusa de ligar já ao reboque).

Restaurantes

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É destino de boas comidas obrigatórias para quem frequenta esta costa e, acredite, vale cada quilómetro feito. Pode lá ir em modo petisco e pedir o queijo fresco com tomate e a linguiça frita com ovos mexidos, ou então atacar sozinho uma das carnes ou peixes grelhados. E só temos pena de nos faltar espaço para falar das outras especialidades alentejanas. 

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No Facebook apresentam-se como “restaurante em frente ao mar, especializado em grelhados, sempre com peixe fresco”. Tudo verdade. Permitam-nos, porém, uns acrescentos. Cá vai: restaurante em estilo cabana em frente ao mar, perfeito para ir ao pôr-do-sol, especializado em grelhados, feitos por quem percebe da matéria, sempre com peixe da costa muito fresco.

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Era uma discoteca que deu muitas alegrias aos noctívagos do litoral alentejano. No ano passado reabriu, mas com um conceito diferente. Ali mistura-se a sofisticação da Tasca do Celso com as pizzas do restaurante Mano a Mano. Resultado: crianças felizes à volta da sua Margherita e adultos encantados como o carpaccio de garoupa ou a salada de polvo.

  • Petiscos

No meio de tantos restaurantes de cozinha tradicional, sabe bem encontrar um espaço com onda internacional, boa música e alguma comida do mundo. A cozinha serve-se dos melhores produtos da região para apresentar tanto uns hambúrgueres de carne do Alentejo como um nasi goreng, tanto um chouriço de porco preto como um ceviche ou um caril de frango. 

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É o melhor sítio da zona para levar um grupo grande, armar-se em líder de todos, pedir uns quantos pratos e cada um atacar do meio da mesa. É garantido que as bocas saem bem alimentadas. Nesse pedido devem constar o bacalhau à casa, a carne de porco à alentejana e as migas com carne de porco. 

É um café-restaurante com mais de 100 anos a caminho da Praia dos Aivados. E só lhe podemos desejar outros 100, para que as gerações vindouras possam ainda provar a qualidade dos peixes e carnes que rodam na grelha controlada por Dona Júlia. É ela quem escolhe os peixes da Arrifana, as sardinhas de Sines, quem trata do lume, quem escolhe e corta as frutas que acompanham a carne.

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Umas férias (ou uma passagem) em Vila Nova de Milfontes não ficam completas sem uma ida à Estrada no Canal, paragem para apreciar o pôr-do-sol e, já agora, um jantar no Porto das Barcas. A cozinha tem nos peixes e marisco frescos e nas carnes alentejanas as suas munições, que vai apresentando ora em versão mais simples, ora em pratos modernos, como os ceviches, torradas de sardinha, entre outros.  

Coisas para fazer

  • Coisas para fazer

Na antiga escola primária da Ribeira da Azenha continua a ensinar-se. Nas salas de aula realizam-se ateliês de cerâmica, aulas de yoga, de coro e de dança. Nas paredes há exposições temporárias e à entrada uma pequena loja de artesanato com trabalhos de artistas locais. Tendo em conta a nova comunidade de expatriados e portugueses que fugiram das grandes cidades, além dos workshops, conhecem-se outras formas de estar e de pensar, o que ajuda a compreender melhor a palavra tolerância.   

2. Rota Vicentina

Associação sem fins lucrativos, a Rota Vicentina nasceu em 2013 e é um produto turístico que permite visitar o parque Natural do Sudoeste Alentejano de uma forma mais próxima. Tem uma oferta de trilhos que soma 750 quilómetros, unindo o Alentejo ao Algarve. O site é uma ferramenta indispensável. Nele encontram-se assinaladas não só as rotas histórica e dos pescadores, como também os restaurantes, alojamentos e outros negócios de apoio às caminhadas (até farmácias, táxis, mercearias ou cestos de piquenique). Durante a época balnear, devido ao calor e à afluência do turismo, as caminhadas fazem um interregno. O site, no entanto, continua a desenvolver um trabalho em rede para mostrar o que não é óbvio.  Uma espécie de concierge informal a quem se pode perguntar tudo sobre a região. 

O Trilho dos Pescadores é o primeiro percurso vai de São Torpes a Porto Covo e compreende um total de dez quilómetros. O segundo é o dobro e vai de Porto Covo a Vila Nova de Mil Fontes. A última talhada vai da Zambujeira do Mar até Odeceixe. A partir daí a rota continua, mas já em terra algarvia.  

Em 2019 a Rota Vicentina criou também uma rede percursos para as bicicletas e um conjunto de actividades de natureza, cultura e bem-estar, respeitando sempre a premissa de um turismo sustentável. São mais de 1000 quilómetros para contactar de perto com a ruralidade tão característica do sudoeste alentejano.    

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3. Paddle South Portugal

O leitor deve conhecer a canoagem, o paddle surf e o ski, mas conhece o surfski? Pois, bem nos parecia. Trata-se de uma disciplina da canoagem feita nas ondas. Para conseguir apanhá-las é preciso algumas horas de treino, que pode fazer com a Paddle South Portugal, empresa de desportos náuticos instalada em Milfontes. Mas pode também fazer passeios de paddle surf ou apenas canoagem. Informações e reservas: 96 365 9417/paddlesouthportugal@gmail.com

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  • Rios, lagos e lagoas

A ribeira do Torgal é um afluente do rio Mira que, a certa altura do percurso, se transforma num pego, conhecido pelos locais como um bom spot para nadar, atirar-se das rochas ou passear num bote de borracha. Para lá chegar, na estrada que liga São Luís a Odemira, 200 metros depois de passar a ponte sobre a ribeira do Torgal, virar à esquerda para um caminho de terra batida e andar sempre, sempre, sempre em frente até encontrar ouro, quer dizer, água.   

Hotéis

  • Hotéis
  • Hotéis de charme

Num mundo com informação excessiva, vender “a ausência de estímulos” pode ser um manifesto. É o que acontece nas Três Marias, um turismo rural estabelecido num monte, no meio de nenhures. Entenda-se nenhures por lugar encantado que até dispõe de um Honesty Bar onde os hóspedes anotam num cartão o que bebem e as contas fazem-se no fim. Ao pôr do sol, a Serra do Cercal adquire tons de ferrugem que transportam o pensamento para outras paragens. As avestruzes dão-lhe um ar exótico de savana. O proprietário Balthazar Trueb chamou-lhe Três Marias por causa do filme A Casa dos Espíritos, cujo set aconteceu por ali. No exterior, as cores confirmam a admiração pelo arquiteto mexicano Luis Barragán. Caiados e de decoração simples, os quartos não têm ar condicionado, nem televisão. Em contrapartida, à noite nunca se viram tantas estrelas no céu. Talvez no deserto. Estrelas acesas é um espetáculo digno de ser visto lentamente, porque acordar no dia seguinte pode não ser a prioridade. A não ser para tomar o pequeno almoço, que é feito a pedido só com o que se vai comer realmente. “Acabámos o conceito de buffet para não haver desperdício”, justifica o dono. A questão da sustentabilidade está em cima da mesa em todos os pormenores. Vai do jantar, que deve ser marcado de manhã, à cor escura do fundo da piscina para aquecer a água de forma natural. Dormir na Casa na Árvore permite que adultos concretizem um sonho. Quem nunca quis ser o Huckleberry Finn que se acuse. A poucos quilómetros dali fica o oceano. Água salgada é coisa que não falta. O Três Marias só recebe hóspedes a partir dos 12 anos.

  • Hotéis

No coração de Vila Nova de Milfontes, perto da Foz do Rio Mira, estas quatro casas à volta de um pátio, com piscina e cozinha comum, remetem para os hábitos ancestrais alentejanos. De portas abertas desde Abril de 2022, a mensagem que se quer passar ali é que é possível “estar de férias sem pegar no carro”. Desenhado pelo Ark Studio, o projeto arquitetónico recria o casario local, dando-lhe todo o conforto para estadias nas quatro estações do ano. O desafio é fazer tudo a pé ou de bicicleta: ir comprar o jornal, tomar café ou ir à praia. No dia do check-in a anfitriã deixa um generoso cabaz com pão, vinho, ovos, queijo e conserva para a preparação da primeira refeição. Se a rua é dos Medos, há que ter coragem para sair do modo cidade e vestir a pacatez e a simplicidade. 

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  • Hotéis

No litoral rochoso do Alentejo, a meio caminho entre Lisboa e Faro, fica o Selina Milfontes. Situado no centro desta pequena cidade praiana, as acomodações variam de suítes de luxo a quartos compartilhados perfeitos para todos os bolsos.

Mais férias de Verão

  • Coisas para fazer

Sugerimos 14 areais no Algarve que costumam ter espaço para estender a toalha, espetar o guarda-sol e esticar as pernas sem tocar em ninguém. Estes oásis não o vão desiludir, é garantido. Não acredita? Fomos do Barlavento ao Sotavento, sempre com os pezinhos de molho, à procura das praias perfeitas para descansar do mundo e fingir que não está no Algarve, mas numa qualquer ilha paradisíaca, longe da civilização. Pelo caminho, encontrámos ondas ideais para surfar e areais perfeitos para ver as vistas, ver e ser visto (à distância, claro está) ou até para andar como veio ao mundo.

  • Coisas para fazer

Poucos areais ao longo da costa portuguesa oferecem imagens tão dignas de postal quanto as praias da Arrábida. As águas cristalinas rodeadas de vegetação e areia branca fazem roer de inveja qualquer um. Este paraíso, a menos de uma hora de Lisboa, mudou recentemente o jogo das acessibilidades durante a época balnear. Isto para evitar grandes congestionamentos de trânsito e condutores preguiçosos e pouco habilidosos que teimavam em bloquear a estrada de acesso às praias com estacionamentos em ambas as bermas.

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  • Viagens

É oficialmente a zona mais hippie-chique do país. Refúgio de ricos e famosos, tem visto proliferar todo o tipo de negócios – de pequenos-almoços saudáveis a lojas de decoração, festas na praia ou sunsets com hambúrgueres e cocktails. Ainda assim, a Comporta mantém um lado genuíno, com restaurantes típicos, areais intocados e os lendários mosquitos, que ainda apanham desprevenidos os mais incautos. Deixe-se guiar por esta lista, com mais de 30 sugestões de coisas para fazer, restaurantes, praias, lojas e hotéis no eixo paradisíaco que começa na vila da Comporta, faz um desvio até à Carrasqueira, segue pela Torre, Carrascal, Praia do Pego e chega à zona da Muda, onde estão alguns dos mais idílicos refúgios desde paraíso a menos de duas horas de Lisboa.

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