1. Costa da Caparica – 22 minutos
Do lado de lá da ponte, há areais e marés para todos os gostos, destinos clássicos e paragens menos óbvias. São 15 quilómetros de costa e muitas praias por onde escolher. A partir do momento em que o calor se começa a sentir, começam também os lisboetas a atravessar a ponte e os sítios onde estender a toalha a escassear. Ainda assim, não desista de partir à descoberta da outra margem.
ONDE FICAR: Na Praia da Saúde fica um dos mais conhecidos parques de campismo da zona e é por isso que a praia também é chamada de Praia do CCA (Praia do Clube de Campismo do Concelho de Almada). As típicas casas de madeira de pescadores em cima da areia são a paisagem mais reconhecida da praia. Muitas delas foram recuperadas e podem ser alugadas. No Airbnb encontra algumas, como a adorável Cabana Zojora.
ONDE COMER: O Irmão não foi o primeiro clube de praia na Costa da Caparica, longe disso, mas foi talvez aquele que criou uma dinâmica que é hoje bem representativa do que é a Costa: um destino boémio e com pinta, que vive para lá do Verão. Na carta destacam-se as pizzas de fermentação lenta, que podem ter base de tomate ou de queijo. Há concertos e actuações de DJs, festas que fazem furor nas redes, quase sempre ao fim-de-semana. É ficar atento porque nem no Inverno este Irmão acalma.
A NÃO PERDER: A última praia da Caparica, a da Bela Vista, tem uma zona naturista mais ou menos a 400 metros do restaurante da praia, o Casa da Praia, e foi uma das primeiras em Portugal a oficializar o nudismo. A Praia Dezanove, a duas paragens de comboio dali (ou a cinco minutos a pé), é uma das praias gays mais conhecidas da Europa, onde a prática do naturismo é legal, e o engate nas dunas funciona melhor do que as aplicações para telemóvel. Mas voltando à qualidade do areal: é melhor ficar já a saber que a área é muito fina e que, durante a máre baixa, se formam poças e pequenas lagoas. Mais praias da Costa da Caparica aqui.
MOMENTO INSTAGRAM: A chegada do peixe à praia é sempre um momento emocionante, principalmente para as muitas gaivotas que esperam na areia. O aparato é grande quando as peixeiras começam a separar o peixe para ser vendido na lota por caixas. Há curiosos e moradores que preferem comprar o peixe ali mesmo, na areia, ainda a saltar. Esta tradição de pesca, a arte xávega, consiste em puxar as redes para terra. Já foi feita à mão, já foi feita com a ajuda de bois, e agora são os tractores a tratar do assunto e a criar um momento digno de um quadro. É comum acontecer, por exemplo, na praia da Fonte da Telha.
FICA A CAMINHO: Pare em Cacilhas para apreciar Lisboa ao longe e encher a barriga. O Atira-te ao Rio é um clássico no cais do Ginjal, famoso pelo marisco pela carne e pela vista, claro está.