Comporta
Mariana Valle Lima
Mariana Valle Lima

Mergulhos a sul: as melhores praias na Comporta e em Tróia

De Tróia a Melides, com paragem obrigatória na Comporta, não falta onde mergulhar. Faça-se à estrada e a banhos nas melhores praias da região.

Vera Moura
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Não faltam bons areais à volta de Lisboa para estender a toalha e ser feliz no Verão: em menos de uma hora, consegue banhar-se na Linha de Cascais, em Sintra, na Costa da Caparica ou na Arrábida. Mas se estiver disposto a fazer mais alguns quilómetros e a perder mais alguns minutos de viagem – não muitos, prometemos! – vale a pena explorar as melhores praias na Comporta e em Tróia. O paraíso, outrora praticamente intacto, parece estar ameaçado pela avalanche de milionários e empreendimentos turísticos megalómanos. Mas aquela água cristalina, que vai de verde a azul em menos de nada, a areia fina das praias desertas (sim, ainda as há!) e as dunas protegidas continuam a ser óptimas desculpas para a viagem.   

Recomendado: E o paraíso aqui tão perto – 27 coisas para fazer na Comporta

As melhores praias na Comporta e em Tróia

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É a primeira praia de água salgada da Península de Tróia, com um mar calmo, como de resto todas as que se seguem na dezena de quilómetros para sul. Tem uma bonita curva protegida por dunas, vista para a encantadora Serra da Arrábida, e um apoio de praia simples, que serve bem o propósito de vender gelados e cervejas fresquinhas.

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Atenção, não confunda a praia da Galé de Tróia com a de Melides, uns quilómetros mais a sul (já lá vamos!). Apesar de serem dois paraísos da mesma costa, felizmente com poucos banhistas por metro quadrado, este fica dentro do resort de Tróia e é um daqueles sítios que quem já descobriu há mais tempo gosta de postar nas redes sociais só para que alguém comente: “Uau! Onde é?”. Para lá chegar, deve tirar um cartão de visitante no Atlantic Villas, seguir as setas e estacionar nos lugares destinados a visitantes.

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Isso, no plural. Contámos cinco, mas em boa verdade é só uma. Como assim? Entre o empreendimento Soltroia e a Comporta, existem cinco trilhos já traçados pela pegada humana por entre a vegetação rasteira das dunas. Mas na verdade é tudo a mesma praia: a língua de areia que liga Tróia a Sines, aqui com o mar muito calmo e o areal deserto (mesmo em Agosto, caro banhista). E não se esqueça de se abastecer em terra, é que isto de ir para uma praia deserta é bonito, mas convém ter sustento.

Saindo da Comporta, a partir da placa que indica fim de localidade, pare na berma à esquerda ao fim de 1,5 km, 1,8 km, 2,2 km, 3,5 km ou 4,8 km. Estes marcos correspondem aos trilhos. Depois é andar 10 minutos pela duna e já está.

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É a primeira praia oficial depois de Tróia e ponto de paragem para muita gente que vem do ferry disposto a conhecer os famosos areais da Comporta. Tanto que o descampado de terra batida antes do parque de estacionamento pago (3,50€/semana; 4,50€/fim-de-semana) fica lotado bem cedo. Se não levar lancheira, pode almoçar (ou petiscar, ou jantar ou até dançar) no clássico Comporta Café, que já leva mais de 20 anos de história.

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Monotonia é palavra que não casa com esta praia. Além de todas as possibilidades que um areal convencional proporciona, aqui tem dois restaurantes que sim senhor (o Sal à esquerda de quem olha para o mar; o Sublime Comporta Beach Club do lado direito), além de uma biblioteca de praia com livros para todas as idades e jornais do dia para ler numa esplanada improvisada. O parque de estacionamento custa 3,50€ por dia durante a semana, e 4,50€ ao fim-de-semana. 

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Areia branca, palhotas, espreguiçadeiras e mar calmo. Vira o disco e toca o o mesmo, pensará o leitor. De facto é o mesmo areal, o mesmo mar, e o mesmo estilo de praia das vizinhas Carvalhal e Comporta. Mas quem é que se importa com isso quando está num paraíso destes? Se estamos num género de "descubra as diferenças", fique a saber que os restaurantes que servem a Praia do Pego são outros, mas nem por isso menos badalados: o JNcQUOI Beach Club e o Praia na Comporta. O parque de estacionamento (3,50€/semana; 4.50€/fim-de-semana) que enche cedo em Agosto. Fica o aviso, para evitar dissabores.

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Nesta zona, as praias mudam ligeiramente de ondulação e cenário – quanto mais para sul, mais agressivo é o mar –, mas estamos a falar da mesma extensão de areia. A Praia da Torre é só mais uma das semidesertas, acessível para caminhantes que não se importam de fazer tudo por uma praia sossegada, mas também para quem tem (ou arrenda) casa na Comporta e tem um cartão de acesso.

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Sim senhor, tem o mesmo nome do Estabelecimento Prisional de Pinheiro da Cruz (EPPC) e é acessível apenas pelos areais das praias vizinhas – Pego (norte) e Aberta Nova (sul). Para lá chegar é preciso andar um bom pedaço. Pode também pedir uma autorização no EPPC e esperar que lha concedam. Escusado será dizer que está sempre vazia.

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É uma boa sugestão para quem faz tudo por um dia de praia onde o único barulho que se ouve é o das ondas a bater na areia (ideal numa altura destas, ou não?). E um bom motivo para comentários como “linda” ou “tu é que vives” nas redes sociais.

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Apesar de ser vigiada e ter um acesso fácil – longo, desafiante para quem não malhou o ano inteiro, mas fácil – a Praia da Galé não é assim tão conhecida quanto isso. Os frequentadores habituais agradecem e são os mesmos que nunca se cansam de fazer sessões fotográficas com a falésia em tons laranja. A melhor vista é a da escadaria de acesso, que a Condé Nast Traveler americana já imortalizou num bonito postal. Desde que os terrenos envolventes foram comprados para a construção do empreendimento de luxo Costa Terra, ganhou um restaurante de praia mexicano. 

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Para grande infelicidade de quem descobriu Melides há mais de uma década, a Aberta Nova deixou de ser, nos meses de Verão, aquele paraíso vazio e tranquilo. Ainda assim, continua a anos-luz de uma Praia da Rocha em época alta. E há que ver o copo meio cheio: tem toldos, zona de chapéus de sol, banheiro, bar de praia e gelados.

 

Ainda mais a sul

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Duas horas. Não demorará muito mais a chegar a Vila Nova de Milfontes e uma coisa conseguimos garantir: demorará menos ainda a esquecer-se que há vida em Lisboa. Praias, restaurantes, lojas. Não se fala do melhor da Costa Alentejana sem mencionar Vila Nova de Milfontes, seja pela praia, pelo rio ou pela gastronomia – e que bem que se come aqui. A verdade é que não faltam coisas para fazer em Vila Nova de Milfontes, mesmo que o sol teime em não aparecer. Siga o nosso roteiro e não se preocupe com mais nada. 

Recomendado: Há paraísos perto de Lisboa para explorar ou Férias ao pé da praia

  • Coisas para fazer

Sugerimos 14 areais no Algarve que costumam ter espaço para estender a toalha, espetar o guarda-sol e esticar as pernas sem tocar em ninguém. Estes oásis não o vão desiludir, é garantido. Não acredita? Fomos do Barlavento ao Sotavento, sempre com os pezinhos de molho, à procura das praias perfeitas para descansar do mundo e fingir que não está no Algarve, mas numa qualquer ilha paradisíaca, longe da civilização. Pelo caminho, encontrámos ondas ideais para surfar e areais perfeitos para ver as vistas, ver e ser visto (à distância, claro está) ou até para andar como veio ao mundo.

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