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A equipa da Time In partilha como tem mantido a sanidade mental em casa

Saiba o que anda a equipa da Time Out (In) a fazer em casa, assim que termina mais um dia de trabalho.

Renata Lima Lobo
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Todos os dias, a equipa da Time Out (agora In) continua a trabalhar, entre o Porto e Lisboa, para lhe dar as melhores sugestões, agora para fazer em casa. Mas assim que terminamos o expediente, depois de dizermos aos leitores como podem passar melhor estes dias de confinamento, chega a hora de também nós nos ocuparmos de manter aquela preciosa sanidade mental. É nessa altura que voltamos a pegar na Time In, mas para a ler. Cozinhamos, jogamos, lemosassistimos, exercitamos ou encomendamos, para na manhã seguinte arrancarmos mais um dia com determinação, espírito de missão e amor à camisola. Descubra o que andamos a fazer em casa.

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Fantasia e ficção científica

“Afastar-me o mais possível da realidade tem sido o meu grande escape. Vejo as notícias essenciais para me manter informada e de resto ligo os serviços de streaming para entrar noutros mundos. Mundos fantásticos como o de Harry Potter que é possível ver e rever até ao fim na Netflix, assim como a prequela Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los. Também na Netflix estou a ver The Witcher, enquanto que na Amazon Prime perdi-me nos Tales From The Loop, uma série baseada no livro homónimo do artista gráfico Simon Stålenhag. Na TV por cabo tenho marcado encontro com velhos amigos, os irmãos Sam e Dean que em Sobrenatural continuam a tentar salvar o mundo na 15ª e última temporada que estreou este mês no AXN White.” Renata Lima Lobo, jornalista da Time Out Lisboa

Comer, beber, repetir

"Para quem passava os dias a comer e beber pelos restaurantes e cafés da cidade, estar limitada ao frigorífico e despensa cá de casa é, no mínimo, desafiador. As plataformas de entrega e os take-aways têm ajudado a matar saudades dos meus sítios preferidos mas também tenho passado mais tempo na cozinha, seja a experimentar pratos novos ou a aprimorar as minhas especialidades. Quase tanto como passo a olhar para os livros de receitas que tenho nas prateleiras e que ainda não tinha tido tempo de ler para além do índice." Teresa Castro Viana, editora Comer & Beber da Time Out Porto

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Aulas de guitarra

“Podia falar-vos sobre as horas que tenho passado a pescar, a apanhar borboletas e a desenterrar fósseis na minha consola Nintendo com o alienante "Animal Crossing". Vou antes falar-vos de um vício mais aceitável: aulas de guitarra virtuais. A Fender disponibilizou cursos grátis durante 3 meses e isso ajuda bastante a manter a sanidade mental. A minha, não a dos vizinhos.” Clara Silva, jornalista da Time Out Lisboa

Yoga online

"Nunca me tinha atirado ao tapete antes, mas depois de rodar todas as cadeiras de casa e continuar com dores de costas intermináveis (e as acumular com as dores de cabeça de horas a mais ao computador e em frente à televisão a ver números a subir), decidi experimentar uma aula de yoga online. Fiz a minha pesquisa e descobri a Jaime Hepburn (@jaimehepburn), uma instrutora de yoga que agora partilha as suas aulas em directos de Instagram (a quem conseguir, pede um donativo). Nunca esperei que fosse tão intenso e que saísse de uma aula de yoga no meio da minha sala a transpirar tanto quanto nos treinos que tenho feito diariamente, mas a verdade é que saí. E com menos dores nas costas, tal foi o esticanço. Desde então acompanho-a e instalei a app FitOn, com mais sugestões de exercício físico (adaptado à procura de cada um) e com muitas opções de yoga tanto para iniciados como para quem já anda nisto há muito tempo e sabe contorcer-se todo – no fim da quarentena vou ser pro.” Inês Garcia, editora Comer & Beber da Time Out Lisboa

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Multi-tarefeira

“Todos os dias ligo o meu computador junto à janela, através da qual consigo ver o dia a acontecer. Às vezes distraio-me a ouvir o cantar dos pássaros ou a afagar os meus cães, que ficam sempre por perto. Não é o melhor escritório do mundo, mas é o melhor que se consegue arranjar por enquanto. Termino o dia de trabalho com uma corrida de 20 minutos e uma meia hora de leitura para tirar os olhos dos ecrãs. Também acontece trocar estas duas tarefas por arrumações. Funciona como uma espécie de terapia, aconselho.” Bárbara Baltarejo, jornalista da Time Out Porto

A vida a passar

“Entre trabalhar e dormir, cozinhar e comer, não tem sobrado muito tempo para pensar na minha sanidade mental. Mas passo algum tempo à janela a ver a vida a passar, os cães a passear, os melros a cantar e os carvalhos a renascer com folhas novas e verdinhas, a lembrar que a vida continua.” Ana Patrícia Silva, jornalista da Time Out Porto

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Chega, chega ó minha agulha, afasta, afasta, afasta o meu dedal

“Estar em casa, para mim, tem sido sinónimo de finalmente me tornar uma adulta respeitável aos olhos da minha mãe. A casa está um brilho, as encomendas de comida reduziram substancialmente e dominei a arte de lavar a roupa. Problema: aquelas pequenas coisas que vão passando despercebidas a quem não tocava num estendal há anos - uma bainha mal feita aqui, um botão em falta acolá - começaram a causar-me comichão. Para manter a minha sanidade mental, recorri à sabedoria das mulheres de Amorim da minha infância e comprei a minha primeira máquina de costura - Singer, como manda a tradição. Os meus recomendados do YouTube passaram de séries e filmes para tutoriais de costura e conto sair deste isolamento social com todo um novo guarda-roupa self-made.” Steffany Casanova, directora digital da Time Out Portugal

Decorar casas virtuais

“Tenho seguido os básicos de quarentena: ponho séries em dia, exercito-me à tarde, não tenho deixado as plantas morrer, creio que só me falta fazer um pão. Porém, voltei ao vício. Cedi. Tive uma recaída daquelas dignas de desintoxicação. Voltei a jogar Sims. Procedi à compra do jogo (tudo dentro da legalidade, atenção) e entrei nesta espiral de brincar às bonecas novamente. Problema: sou a pessoa que passa umas boas horas a jogar, mas sempre a fazer a mesma coisa – ora a decorar casas alheias porque posso e os códigos o permitem, ora a mudar as roupas dos vizinhos e amigalhaços. Dá vontade de enviar um daqueles avisos: “Pedimos desculpa mas o seu look não segue os padrões da comunidade” e lá tenho eu de intervir.” Francisca Dias Real, jornalista da Time Out Lisboa

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Pôr as mãos na massa

"Costumo dizer que não há nada como sujar as mãos para lavar a alma. Para mim, isso significa desligar dos ecrãs e tecnologias e focar-me apenas em criar alguma coisa. Sem pretensões artísticas ou profissionais, apenas pelo acto terapêutico de pôr as mãos na massa. Ultimamente, tenho andado a pintar, sobretudo, com aguarelas, faço recortes e colagens e, volta e meia, também encho a banca de farinha para fazer bolos e bolachas." Maria Monteiro, jornalista da Time Out Porto

Juntar as peças

"Tenho finalmente tempo (mas não tanto como poderia esperar) para fazer um puzzle gigante (mil peças) da Terra Média criada por Tolkien. Está a correr bem, já tenho os cantos todos completos. A isto junto a construção de um modelo em escala 1/350 do 'Bismarck' que tinha aqui em casa há alguns anos e nunca me aventurei a montar. Haja cola e tintas suficientes para o acabar." Eurico de Barros, jornalista da Time Out Lisboa

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Correr atrás do Sol

“Passados alguns (muitos) dias de confinamento social, restrita a quatro e mais algumas paredes, percebi que apanhar Sol ajuda-me a manter o mínimo de sanidade mental. Ou o que resta dela. Sol, num apartamento virado a Norte. Para um pintor, seria o ideal, para a dose diária de vitamina D... orientação desfavorável. De manhã é uma fresta na cozinha, enquanto tomo o pequeno almoço, arrastando a cadeira de dois em dois minutos para não perder pitada. A meio do dia, é um canto na sala, onde me desdobro para encaixar entre sofás e cadeiras, com computador e papéis à mistura. Ao longo do dia a rotina mantém-se – andar de canto em canto a tentar apanhar algum raio e manter me sã." Inês Abreu Lima, sales executive da Time Out Portugal

Um brinde na varanda

“Lisboa tem uma luz incrível e poder ver o Sol a pôr-se não só é uma forma de nos relembrar que a cidade em que vivemos tem mesmo qualquer coisa de especial, mas também que sempre que o sol se põe, passado um tempo nascerá outra vez. Na companhia de uma cerveja ou de um copo de vinho faço por ver o pôr-do-sol todos os dias na varanda e percebo que amanhã é um novo dia. É a ocasião perfeita para o cliché de "desfrutar o momento" e renovar energias.” Duarte Guerreiro, director comercial da Time Out Portugal

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Consultas e Free Willy

“Se for para falarmos de sanidade mental, posso começar por dizer que continuo a ter consultas com a minha psicanalista, mas pelo Whatsapp. Comecei a fazer meditação com uma terapeuta pelo Skype que tem ajudado bastante a acalmar as ansiedades do confinamento. Tenho criado rotinas novas que estão a ajudar bastante: todos os dias escolho um filme da minha infância, preparo um balde de pipocas e vejo com o meu filho (o último foi o Free Willy, viajei literalmente no tempo). Aprendi que sou uma cozinheira bem melhor do que pensava. Todos os dias dedico-me a um cozinhado novo e estou a surpreender-me. Por último, mantenho a minha rotina obrigatória do exercício físico, o que no meu caso é essencial para libertar o stress do teletrabalho.” Diana Martin, directora de marketing e eventos da Time Out Portugal

Coisas para fazer em casa

  • Coisas para fazer
  • Exposições

Nietzsche disse uma vez que “temos a arte para não morrer da verdade”. O filósofo alemão tinha razão – que o digamos nós, agora que vivemos numa espécie de um filme de tarde de domingo, com o qual nos cruzámos há tempos. As ruas começam a ficar vazias, os restaurantes encerram, os cafés estão desertos e os museus e espaços culturais da cidade e do mundo resguardam-se nestes tempos de pandemia, fechando portas. Apesar de tudo o que nos assola, podemos continuar a alimentar a mente e a inspirarmo-nos em visitas aos museus a partir de casa. A tecnologia assim o permite, através de fotografias e realidade virtual. O Google Arte e Cultura lançou uma iniciativa com mais de 500 museus e galerias por todo mundo. É possível filtrar por popularidade ou localidade e nós mostramos-lhes os melhores de Lisboa.

  • Compras

“Ter plantas é como jogar um jogo de níveis, vai-se aumentando a dificuldade à medida que vai cuidando delas”, quem o diz é Roberta Gontijo, dona da loja Superbotânica juntamente com Márcio Orsi. A arquitecta paisagista ajudou-nos a perceber que espécies se devem ter em casa e como cuidar delas, e aponta o caminho para uma grande tendência de decoração e design: o urban jungle. Há quem queira replicar o conceito em casa, mas não sabe bem como fazê-lo, até porque há espécies que não são aconselháveis para interiores. “Qualquer planta dá ambiente a uma casa, mas também é preciso ter em conta as condições para que ela sobreviva”, afirma Roberta, que aconselha a que comece com plantas de manutenção mais simples, e “ir subindo progressivamente de nível de dificuldade.” Descubra aqui sete espécies que pode ter em casa e os cuidados que deve ter com elas.  * Devido ao novo coronavírus, a Superbotânica encontra-se fechada mas continua a oferecer o serviço de delivery de plantas.

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  • Coisas para fazer
  • Aulas e workshops

A formação online está longe de ser uma novidade, mas em tempos de pandemia assume uma importância reforçada. Nesta lista, em constante actualização, encontra uma mistura da oferta que já existia online, com novos cursos que surgem na sequência do isolamento social forçado pelo aparecimento do novo coronavírus. Aulas de burlesco na sala? Check. Aprender tudo sobre novas tecnologias? Sirva-se. Se tiver mesmo de sair da toca, já sabe: lavar bem as mãos com água e sabão, levar um gel desifectante no bolso e comportar-se como o maior germofóbico do planeta. Caso contrário, #fiqueemcasa e descubra estes workshops e cursos online.

  • Coisas para fazer
  • Jogos e passatempos

Os jogos de fuga começaram nos computadores e só depois foram transportados para a vida real, chegando timidamente a Lisboa em 2014. Anos depois, é fácil perder a conta a todas as salas da cidade, cada vez maiores, mais diversificadas e difíceis. Temporariamente fechadas, as empresas especializadas em escape rooms – como as portuguesas Enigmind, Mission to Escape e Timeless Lisbon – reinventam-se e lançam missões virtuais e gratuitas. É uma nova forma de entretenimento, num período de isolamento social, que se quer naturalmente caseiro. E, além de propostas nacionais, há também escape rooms em inglês e espanhol, criadas precisamente para ajudar a descomprimir durante esta quarentena. São mais rudimentares do que os clássicos escape games, com salas verdadeiramente interactivas, mas prometem uma boa dose de diversão.

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