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© Markus Klinko & Indrani

Óscares 2018: E a Melhor Actriz Secundária é…

Foi necessário muito trabalho para estas actrizes conseguirem, com uma excepção, a sua primeira nomeação para o Óscar que agora chegou na categoria Melhor Actriz Secundária.

Escrito por
Rui Monteiro
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Sem contar com Octavia Spencer, com treino de outros Óscares, as quatro nomeadas que sobram na edição de 2018 têm perante si a possibilidade de pela primeira vez agradecerem o prémio. Ou não. Que só há lugar para uma. E, a bem dizer, qualquer resultado será merecido perante este leque de intérpretes moldadas pela televisão.

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Óscares 2018: E a Melhor Actriz Secundária é…

Mary J. Blige, em "Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi"

Mary J. Blige, em "Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi"

A menos experiente das candidatas surge na lista de nomeados logo em duas categorias. Uma, onde é candidata a Melhor Canção Original, não espanta ninguém, pois largo é o talento de compositora e vasta a experiência da cantora. Menos conhecido era o seu trabalho como actriz, apesar de já ter participado em 24 filmes e séries de televisão. Mas nem por isso a sua Florence Jackson deixa de ser a matriarca exemplar daquela família de trabalhadores rurais que, no filme de Dee Rees, vê o filho acabado de regressar da II Guerra Mundial vítima de racismo.

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Allison Janney em "Eu, Tonya"

Allison Janney em "Eu, Tonya"

Allison Janney, bem se pode dizer, tem um certo jeito para papéis de mandona. Basta vê-la, hoje, em Mom, ou recordar o seu papel noutra série de televisão, Os Homens do Presidente. Desse jeito, apenas parte do talento de uma actriz que já ultrapassou as 120 interpretações, nasceu talvez a inspiração para o papel da intrusiva e determinada LaVona, e a sua obsessão em fazer da filha, Tonya Harding (Margot Robbie, candidata a Melhor Actriz Principal), uma campeã olímpica de patinagem artística, mesmo que para isso dê cabo da auto-estima da rapariga e, de certo modo, contribua para o triste desenlace desta história baseada em factos reais.

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Lesley Manville em "Linha Fantasma"
Photograph: Featureflash/Shutterstock

Lesley Manville em "Linha Fantasma"

Outra estreante em matéria de candidaturas, embora experiente e muita activa actriz de teatro com tempo para ter interpretado quase 100 papéis em cinema e na televisão, é a inglesa Lesley Manville. Cyril, no filme de Paul Thomas Anderson protagonizado por Daniel Day-Lewis (eventualmente na sua última interpretação, e eventualmente pela derradeira vez candidato ao Óscar de Melhor Actor), é a irmã que tenta controlar o génio, criando e mantendo as condições para o seu feitio peculiar, mesmo para um descarado misantropo egocêntrico, se exprimir sem os obstáculos técnicos da vida se intrometerem. Papel que desempenha com elegância e discrição, mesmo quando se sente acossada pela presença da musa criada pelo realizador para a interpretação de Vicky Krieps.

Laurie Metcalf, em "Lady Bird – A Hora de Voar"
Photograph: Courtesy Corey Nickols

Laurie Metcalf, em "Lady Bird – A Hora de Voar"

Pois, sim, quando falamos de Laurie Metcalf estamos a falar de Mary Cooper, a mãe de Sheldon na série Teoria do Big Bang. E falamos também de como ela foi outras mães (por exemplo, a voz da mãe de Andy em Toy Story) e praticamente todo o tipo de personagens femininas disponíveis na paleta da produção televisiva e cinematográfica desde que, em 1978, foi uma dama de honor não referenciada na ficha técnica de Um Casamento.

No filme de Greta Gerwig, Metcalf é Marion McPherson, mais uma vez mãe, aqui devotada e pronta para tudo fazer e inculcar algum juízo na sua igualmente determinada (isto é: teimosa) filha interpretada por Saoirse Ronan (ela própria nomeada na categoria Melhor Actriz).

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Octavia Spencer em "A Forma da Água"
© Rick Salyer / ©A.M.P.A.S.

Octavia Spencer em "A Forma da Água"

Entre cinema e televisão Octavia Spencer vai em 125 papéis desempenhados, chegando aqui depois de ser nomeada, em 2016, pela sua participação em Elementos Secretos cinco anos depois de arrecadar o Óscar para Melhor Actriz Secundária com a sua soberba interpretação em As Serviçais.

Como Zelda Fuller, no filme com mais nomeações desta edição, a actriz tem o fundamental papel de auxiliar a sua melhor amiga (interpretada por Sally Hawkins, mais uma candidata ao prémio de Melhor Actriz) a criar um elaborado esquema para libertar de um laboratório governamental um ser mantido em cativeiro e vítima das mais variadas experiências – o que faz com grande, por assim dizer, limpeza.

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