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11 filmes anti-Dia dos Namorados

Há quem não embarque na onda lamechas de 14 de Fevereiro. Dedicamos-lhe estes 11 filmes anti-Dia dos Namorados

Sebastião Almeida
Escrito por
Rui Monteiro
e
Sebastião Almeida
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A resistência é inútil. Ou fútil, como se diz em inglês. Mas não há-de ser por isso que os desvalidos do amor, os descartados, os agorafóbicos, os misantropos convictos ou os apenas sovinas (e que sabiamente se socorrem da conspiração comercial como justificação ideológica) têm de passar o Dia de São Valentim a ruminar. O cinema fornece toda a alienação necessária. Isso e razões para evitar determinados amores.    

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11 filmes anti-Dia dos Namorados

Massacre de Chicago (1967)


Admitimos que o filme de Roger Corman está aqui um bocado à força. Porém é uma fita que ilustra na perfeição, embora de maneira radical, os perigos do chamado Dia dos Namorados. Principalmente quando se era gangster, em Chicago, nos idos de 1920, apesar de a regra ser aplicável aos membros de gangues da actualidade. Por outras palavras: Al Capone (Jason Robards) estabeleceu-se como patrão do crime na cidade, não obstante ainda ser incomodado pela actividade de Bugs Moran (Ralph Meeker). Vai daí, numa jogada que não deixa de envolver um certo homoerotismo simbólico, escolhe o Dia dos Namorados de 1929 para um orgíaco massacre dos principais membros da quadrilha adversária. É o chamado massacre do Dia de São Valentim.



Noites Escaldantes (1981)


Começa tudo com o sexo. Ainda assim é difícil resistir ao apelo daquele corpo e sobretudo não se deixar enredar pela voz de Kathleen Turner. Ora, apesar de engatatão, o advogado interpretado por William Hurt neste filme de Lawrence Kasdan é, na verdade, um homem ingénuo. Tão ingénuo que vai ser enrolado, e enjaulado, assim demonstrando como não se deve confiar no amor. Ainda para mais quando parece bom demais para ser verdade e envolve uma considerável dose de inveja. 

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Atracção Fatal (1987)

Tirando as partes mais moralistas, que dizem que enganar os parceiros é errado (e é, convenhamos), o filme de Adrian Lyne é um exemplo de “cá se fazem, cá se pagam”. A personagem interpretada por Michael Douglas esqueceu-se dessa regra quando se envolveu com a mulher interpretada por Glenn Close. E foi perseguido com paixão e fúria assassina por uma amante que não queria ser ocasional e acaba por lhe fazer a vida negra, se necessário de facalhão em punho. 

A Guerra das Rosas (1989)

Pode ser coincidência que Kathleen Turner e Michael Douglas bisem nesta lista de filmes anti-Dia dos Namorados. Ou não. Mas não há nada a fazer, uma vez que nesta comédia negra de Danny DeVito eles são o casal perfeito para quem quer evitar, por exemplo, o casamento. Nem que seja apenas para evitar um divórcio litigioso (e bota litigioso nisso) como o dos Roses, que não deixou pedra sobre pedra. 


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Bug (2006)

William Friedkin não é um realizador virado para a comédia. Mas é capaz de construir fábulas amorosas psicologicamente arrepiantes como poucos. Muito bem exemplificada nesta película que acompanha a relação de Agnes (Ashley Judd) e Peter (Michael Shannon), e sobretudo a parte em que Peter vai ficando cada vez mais – não há uma forma educada de dizer isto – maluco. O que leva Agnes a investir todas as emoções que tem na sua relação e entrar num redemoinho de sacrifício e auto-destruição que não levará a nada de bom. 


Anticristo (2009)

E eis, agora, o caso especial de uma obra dedicada a quem levou de forma violenta e inesperada com os pés e alimenta, ao mesmo tempo, uma necessidade de vingança e um desejo de consolo, enfim, de estilo misantropo e um pouco misógino, como é próprio do cinema do dinamarquês Lars von Trier. Desta feita, com a colaboração de Charlotte Gainsbourg e Willem Dafoe, o realizador cria, na sequência de um acidente e de uma perda, um pesadelo sentimental e sexual alucinante a um casal a tentar salvar a sua relação. 


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Blue Valentine (2010)

Ryan Gosling e Michelle Williams são Dean e Cindy, um casal com uma filha de três anos. Cindy é uma enfermeira assolapada de trabalho e Dean um pai de família que divide o seu tempo entre trabalhos intermitentes como homem de mudanças. O filme de Derek Cianfrance mostra como uma relação se vai desgastando ao longo dos tempos e levanta uma pergunta a quem vê. Porque é que as relações falham? Dean é um homem conformado com a sua vida, que quer estar presente na vida da filha, enquanto Cindy se questiona muitas vezes sobre o que a sua vida poderia ser se não tivesse abdicado de tanto. Dean não quer desistir da família e da mulher, mas Cindy deixa-se levar apenas para não lidar com a culpa de por fim a uma relação que, à partida, já estava condenada.

Vergonha (2011)

Não nada como acabar com um caso bem típico: a dificuldade do compromisso, ou a ilusória sensação de independência protagonizada por um homem que nunca celebrou o Dia dos Namorados (supõe-se, que não queremos ser acusados de calúnia, ainda para mais por um personagem fictício). A intenção de Steve McQueen é explorar a psicologia do personagem (interpretado pelo lisboeta adoptivo Michael Fassbender) e procurar na sua infância a razão deste – como dizer... – distanciamento emocional e da sua fixação em sexo – ocasional, de preferência.


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Ninfomaníaca Vol. I e II (2013)

Voltamos a Lars Von Trier e a Charlotte Gainsbourg. Esta dupla sabe como fazer filmes amargurados, não haja dúvidas. Depois de Anticristo (2009), o realizador dinamarquês e a actriz franco-britânica saíram-se com Ninfomaníaca. Joe (Charlotte Gainsbourg), uma mulher com uma vida  demasiado libidinosa, é encontrada espancada na rua por Seligman(Stellan Skarsgård) , um homem de meia idade altamente educado e que se considera assexual. Joe conta-lhe então toda a sua história e os episódios de violência sexual que marcaram a sua vida. Seligman apenas se consegue relacionar com as histórias relatadas ao encontrar nelas uma semelhança com os métodos da pesca com anzol, o seu hobbie favorito.  Devido às muitas horas de filmagem, o realizador decidiu dividir o filme em duas partes. O desfecho acaba por ser aquele que não estamos à espera.

Love (2015)

Depois de Irreversible (2002) ou Enter The Void (2009), Gaspar Noé regressou em força com Love. Murphy, estudante de cinema norte-americano em Paris, namora há dois anos com Electra. Mas tudo começa a mudar quando o casal decide ter relações sexuais com Omi, uma rapariga dinamarquesa que conheceram. Murphy acaba por se voltar a encontrar com Omi sem a namorada saber. E esta decisão altera a vida dos três. Omi engravida e Murphy junta-se a ela para criar o filho. Um dia, a mãe de Electra telefona ao ex-namorado da filha pois não sabe dela há três meses e Murphy recorda, em fragmentos, como foram os dois anos passados com Electra, marcados pelo abuso de drogas, violência, mas também de amor verdadeiro.

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Marriage Story (2019)

Adam Driver e Scarlett Johansson representam a crua realidade de um jovem casal em processo de divórcio. Charlie (Adam Driver) é um encenador de teatro que vive imerso no seu trabalho, convencido de que tudo está bem à sua volta.  A sua mulher, Nicole, (Scarlett Johansson) tenta afirmar-se enquanto actriz, ao mesmo tempo que se sente cada vez mais distante do marido. É um filme, triste, divertido e emocional que mostra tudo o que se deve saber sobre um divórcio. O filme de Noah Baumbach estreou-se no final de 2019, na Netflix e é um dos candidatos a ter mais em conta nos Óscares, com seis nomeações.

Especial Dia dos Namorados

  • Restaurantes

Como já vem sendo hábito, os restaurantes em Lisboa não perdem a oportunidade para criar menus especiais e, muitas vezes, mais generosos, para o dia mais romântico do ano (ou piroso, como preferir) – o Dia de São Valentim. Há de tudo e a maioria são criações exclusivas para esta noite, afinal é quando muitos gostam de puxar pelos galões e pela criatividade dos chefs, no caso do fine dining. Um coisa é certa: se não ficar de casamento marcado, fica com a barriga reconfortada. Confira a lista que se segue e não se esqueça de reservar mesa. Deixamos-lhe 16 restaurantes em Lisboa com menu do Dia dos Namorados. 

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  • Bares

A ginga, o vai-não-vai, aquele mando ou não mando mensagem, sabemos como é. Às vezes, só precisa de um empurrão. Ou do sítio certo. A pensar nisso, sugerimos um conjunto de sítios onde pode levar a cara metade, com cantos, recantos, com pouca gente, música no volume certo, mood convidativo. Não podemos fazer tudo por si, é um facto, mas se seguir as sugestões desta lista de bares românticos em Lisboa fica pelo menos a saber quais são os sítios que lhe sobem os créditos. Sem mel a mais, por favor.

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  • Coisas para fazer

De mãos dadas com o São Valentim, descobrimos os eventos em Lisboa desenhados à boleia de mais um Dia dos Namorados. Há actividades para todos os feitios, do festival de música mais romântico, para os que não dispensam um bom cliché, a um selfie-paper para quem prefere lamechices mais originaus. Se está solteiro, não se preocupe: também temos propostas para si, com a dose certa de magia ou aconchego. Desconfiado? Ora espreite estas coisas para fazer no Dia dos Namorados, a pensar tanto nos apaixonados como nos encalhados.

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  • Coisas para fazer

Pode parecer complicado encontrar um sítio com poucas pessoas capaz de derreter corações. Mas é possível. No escurinho do cinema, no mais secreto dos restaurantes, no meio do rio Tejo, no recanto de um jardim, a olhar para as estrelas ou num hotel com ar de palacete exclusivo a príncipes e princesas. Há opções até para convencer os cépticos com corações empedernidos. Se tem um desses, já é altura de baixar a guarda e espreitar estes sítios românticos em Lisboa. Depois de um dia ou de um fim-de-semana rendido ao amor, não haverá volta a dar.

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  • Hotéis

Fevereiro é o mês mais propício a escapadinhas românticas, mas todos os dias do ano são bons para levar a sua cara-metade a passear – e melhores ainda para experimentar uma nova cama king size ou ver as vistas à mesa do restaurante do hotel, sobretudo num ano ainda atípico. Para não deixar nada ao acaso, fomos à procura de hotéis românticos em Portugal e encontrámos várias propostas nos destinos mais encantadores do país. Conhecidas ou à espera de serem descobertas, há propostas para todos os casais, desde o ecológico Areias do Seixo até ao melhor hotel resort da Europa.

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  • Viagens

Ursinhos de peluche, balões em forma de coração, ramos de flores e postais com declarações assolapadas são as apostas típicas quando o tempo e a carteira não permitem grandes extravagâncias. Mas é certo e sabido que o amor não tem preço, por isso uma escapadinha a dois pode ser a melhor forma de celebrar o Dia dos Namorados, especialmente se for uma surpresa de última hora para aquela cara metade que insiste que toda esta foleirada é só para os outros. Não acredite. Aposte na espontaneidade e vá passear. Sugerimos-lhe vários hotéis para o Dia de São Valentim, onde não faltam morangos, champanhe e tudo e tudo e tudo.

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  • Coisas para fazer

São o binómio ímpar. Átomos isolados à espera de se combinarem com outros elementos com quem sintam alguma química. Sabem que estar sozinho é melhor do que estar mal acompanhado – e melhor do que estar mais ou menos acompanhado. São exigentes, selectivos e acreditam que estão na cidade certa para encalhados: o Tejo dá o exemplo. Eis cinco coisas para fazer em Lisboa no Dia dos Namorados, pensando especificamente em quem está solteiro, em quem nada tem, mas tudo merece. São ideias que tanto servem de escapatória aos sítios a abarrotar de casais melosos como são uma boa forma de ir à procura da cara-metade em pleno São Valentim.

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  • Restaurantes

Até pode não ligar muito à data, mas depois de ver estas sugestões de doces e sobremesas para o Dia dos Namorados o mais certo é render-se a São Valentim. Para surpreender ou conquistar o amor, deixamos-lhe aqui ideias que vão com certeza adoçar qualquer relação. Mas atenção, o que aqui propomos são edições limitadas e todas requerem que encomende com antecedência. Bombons, bolos, bolachas, suspiros ou dónutes, mais requintados e sóbrios ou mais lamechas (porque o amor também é assim). O difícil pode ser escolher. Seja o que for, só pode correr bem.

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  • Coisas para fazer

Um encanto para uns, um enjoo para outros. O Dia de São Valentim, ou Dia dos Namorados, é um verdadeiro frenesim consumista, mas por outro lado é mais uma desculpa para celebrar o amor. Em Lisboa temos um santo casamenteiro e vai ler já de seguida como Santo António também está de alguma forma ligado ao Dia dos Namorados, embora longe de Portugal. De qualquer forma, assim sempre temos a oportunidade de falar sobre namoro e casamento duas vezes por ano, a 14 de Fevereiro e a 13 de Junho, feriado municipal em honra ao santo do amor lisboeta.

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  • Sexo e romance

A regra é simples: ficar em casa, como manda o dever geral de recolhimento domiciliário. Mas, apesar do isolamento social a que a pandemia obriga, não é impossível socializar. Só tem de o fazer à distância, claro. Já há tantas novas formas de interacção online que o impossível é, na verdade, arranjar desculpas para não o fazer. E, caso tenha dificuldades em encontrar a sua cara-metade, não se preocupe. Para o ajudar, reunimos sete plataformas e apps de encontros. O resto é consigo: se conseguir a proeza de se apaixonar online ou de convencer alguém que é a última bolacha do pacote (sem ninguém tocar no pacote, óbvio), experimente marcar um encontro via Zoom, organizar uma sessão de cinema ou uma noite de jogos, cada um em sua casa.

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