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Queer Porto: Uma história de activismo e representação

Numa altura em que o mundo tem assistido a uma série de ameaças políticas às conquistas da comunidade LGBTI+, o Queer Porto regressa mais activista do que nunca.

Escrito por
Patrícia Santos
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A marginalização a e cultura LGBTI+ andam de mãos dadas desde há muito. A situação começou a alterar-se na madrugada de 28 de Junho de 1969, quando a polícia entrou de rompante, mais uma vez, no Stonewall Inn, um bar de Greenwich Village, em Nova Iorque, frequentado por gays, lésbicas, trans e prostitutas. Pela primeira vez, a opressão encontrou resistência e a polícia acabou expulsa pelas pessoas que estavam no local, às quais se juntaram outras vindas de fora. Assim se iniciou aquela que ficou conhecida como a revolta de Stonewall – que se estendeu até 2 de Julho e se tornou um marco do movimento de libertação gay, estando na origem de acontecimentos como a criação de associações de luta pelos direitos da comunidade LGBTI+.

No ano em que se celebra o 50º aniversário da revolta, o Queer Porto não podia deixar de assinalar a data, que conduz, obrigatoriamente, a uma reflexão sobre o meio século destes modernos movimentos de luta. O programa em torno deste episódio histórico é, portanto, o destaque da 5ª edição do festival que acontece entre 16 e 20 de Outubro.

50 Anos dos Motins de Stonewall

Tocar os temas da representatividade, das conquistas e das exclusões é um dos objectivos que o Queer Porto pretende alcançar com este ciclo de cinema. Para tal, vai exibir o clássico Before Stonewall (dia 17, às 17.00), documentário de Greta Schiller e Robert Rosenberg que serve de ponto de partida para um debate, às 18.30, que irá percorrer “os principais marcos de um caminho reivindicativo português”.

A versão restaurada de Gay USA (dia 20, às 17.00), da autoria de Arthur J. Bressan Jr., uma prova “da preocupação em preservar o legado audiovisual LGBTI+”; e The Archivettes (dia 16, às 17.00), de Megan Rossman, também sobre a “importância dos legados materiais para memória futura”, são filmes que vai poder ver na sequência deste ciclo, igualmente responsável por abordar a disrupção provocada pela epidemia da sida. Esta, se por um lado contribuiu para o desaparecimento de uma expressiva parte da comunidade queer, por outro funcionou como um segundo impulso ao activismo pós-Stonewall. Sobre este tema, vai ser exibido Buddies (dia 20, às 19.00), também de Arthur J. Bressan Jr, considerada a primeira ficção cinematográfica sobre o VIH/ SIDA.

The Cockettes (dia 16, às 22.00), de Bill Weber e David Weissman, que nos leva da psicadélica São Francisco dos anos 60 à São Francisco gay dos anos 70, na qual a trupe de hippies que dá nome à película se enfeitava “num drag gender-bender, com muito glitter, para uma série de lendários espectáculos à meia-noite no Palace Theatre de North Beach”, é o filme de abertura do festival. El Ángel (dia 19, às 22.00), de Luis Ortega, encerra. Conta a história de Carlitos, um jovem de 17 anos com um lado obscuro de roubos e embustes, que se sente atraído por Ramon. Juntos, embarcam numa viagem de descobertas, amor e crime.

Com excepção de Before Stonewall, que será exibido na Reitoria da Universidade do Porto, todos os outros filmes vão poder ser vistos no Teatro Rivoli.

Sessão Especial

A história de Arandir transforma-se num tema sensacionalista para o jornalista Amado, quando o primeiro dá um beijo na boca a um homem que lho pede quando está prestes a morrer. O Beijo no Asfalto (dia 19, às 19.00, no Rivoli) é um filme do actor Murilo Benício, que se estreia na realização com uma releitura da peça homónima de Nelson Rodrigues. Depois da sua transmissão segue-se uma conversa com o artista Tales Frey “sobre a importância da obra do dramaturgo Nelson Rodrigues e sobre a leitura que podemos fazer hoje deste texto dramático de 1961”.

Tales vai ainda apresentar a performance O Outro Beijo no Asfalto, parte da sua série Beijos (no mesmo dia mas mais cedo, às 18.15, na Praça D. João I), “em que dois artistas, com trajes convencionalmente trocados, se suspendem num beijo de 30 minutos ininterruptos, e em que há a comprovação de que o preconceito é enorme quando a imagem traz uma conotação sexual ainda chocante num contexto moralmente conservador”.

Queer Pop

Este ano, a iniciativa promove duas sessões Queer Pop no Maus Hábitos. A primeira (dia 17, às 23.30), dedicada ao tema central desta edição, apresenta telediscos de nomes como Bronski Beat, Le Tigre, RuPaul e Troye Sivan, para uma reflexão sobre “a evolução das expressões queer na pop durante os últimos 50 anos”. Culmina no mais recente trabalho de Madonna. Já a segunda sessão coloca Britney Spears (dia 18, às 23.30) no centro das atenções, ao traçar-lhe o percurso artístico, desde o seu início no Club Disney.

Festa de encerramento

É também no Maus Hábitos que acontece a festa de encerramento (dia 19, às 23.30), que arranca com a actuação de Susana Chiocca. A artista vai apresentar BITCHO, “projecto musical em constante transformação desde 2012 e que, enquanto tal, permite ao espectador acompanhar as mutações de um ser feminino, animal, transanimal, ao longo de uma estrutura sonora, visual e textual”. Catxibi, a persona musical de Luísa Cativo, e João Vieira, conhecido como DJ Kitten, completam as atracções da comemoração.

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