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Turista na ribeira das naus
©Arlindo Camacho

Vinte coisas que os turistas fazem e todos os lisboetas devem experimentar

Se inventaram salsichas de soja e há quem coma bifanas de seitã, porque é que os alfacinhas não se podem armar em bifes?

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Não se deixe intimidar pelo som dos trolleys na calçada nem pelas longas filas à porta de variados monumentos. A verdade é que Lisboa é uma cidade incrível, e se os conselhos dos locais ajudam a experiência dos forasteiros, também se aplica a regra de que muitas vezes são os estrangeiros quem mais e melhor desfruta da cidade que é sua, uma das mais estimulantes na Europa. A parte mais incrível de todo este processo é que se há milhares de turistas mortinhos por apanhar o avião e visitar Lisboa, você aí desse lado só tem de apanhar o elevador para imitar o que eles fazem por cá, e que vale mesmo a pena. Assim, damos-lhe quatro mãos cheias de sugestões de coisas que os turistas fazem e todos os lisboetas devem experimentar.

Recomendado: As melhores coisas para fazer em Lisboa esta semana

 

20 coisas que os turistas fazem e todos os lisboetas devem experimentar

  • Compras
  • Livrarias
  • Chiado

A Lello & Irmão, no Porto, domina os tops das livrarias mais bonitas do mundo – com toda a justiça. Lisboa parece contentar-se com a Bertrand, a mais antiga em actividade neste planeta, mas há outra loja de livros a chamar a atenção de quem nos visita: a centenária Ferin. Fundada em 1840, é a segunda livraria mais antiga do país e um paraíso para bibliófilos e outros viciados em papel impresso. A Ferin era até há pouco tempo uma livraria especializada em livros de arte, história, política, genealogia, heráldica e literatura francesa. Mas em Abril de 2017 mudou de mãos – foi comprada por José Pinho, da livraria Ler Devagar – e renovou-se.

+ Roteiro de livrarias independentes em Lisboa

  • Museus
  • História
  • Chiado

As ruínas e o museu do Largo do Carmo correram o mundo depois de ter sido descoberto nas escavações um teratoma, isto é, um raríssimo tumor com dentes e fragmentos de osso. Esta novidade tétrica não está à vista dos mais curiosos, mas há coisas igualmente interessantes – e menos agoniantes. Para além das ruínas da igreja derrubada pelo terramoto de 1755 (sim, quando caiu o Carmo e a Trindade) é possível visitar um museu com um ecléctico acervo arqueológico.

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  • Coisas para fazer
  • Jogos e passatempos
  • Baixa Pombalina
  • preço 1 de 4

Os escape games já não são novidade em Lisboa, mas este foi um dos primeiros e permanece o mais bem cotado de todos. Faz parte de uma cadeia internacional, o que torna a marca reconhecida pelos turistas. À boa fama junta excelentes desafios e a melhor decoração dos escape games de Lisboa – acredite, já experimentámos mais de uma dezena. Neste momento há duas salas onde se pode trancar: uma dedicada a Fernando Pessoa e outra sobre Sociedades Secretas. Convém reservar com alguma antecedência.

  • Atracções
  • Princípe Real

Se calhar nunca esteve nesta galeria subterrânea, mas de certeza que já lá pôs os pés. De certeza que já a pisou. O Reservatório da Patriarcal fica por baixo do jardim do Príncipe Real. Construído entre 1860 e 1864 para servir a rede de distribuição de água da cidade de Lisboa, tem um reservatório protegido por 31 pilares e um tecto abobadado. Está desactivado desde os anos 40 e pode ser visitado através do Museu da Água ou durante um dos espectáculos que decorrem por lá.

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  • Atracções
  • Chiado

Quantas vezes não passámos por ela sem lhe ligar. Desatentos, com aquela arrogância de quem está aborrecido de coisas belas. Mas a belíssima Igreja de São Roque está no top das atracções do guia Lonely Planet – que elogia o seu “dazzling interior” – e é um ponto de paragem obrigatório para crentes e não crentes. Um dia, com mais tempo, dê uma espreitadela e surpreenda-se com um dos templos mais ricamente decorados da cidade – está a ver o Vaticano? É já ali como quem vai para o Bairro Alto. Se gosta de relicários há ainda uma bela colecção de pedaços de santos. E o museu é uma visita obrigatória para quem gosta de arte sacra.

+ Igrejas em Lisboa que tem mesmo de visitar

  • Atracções
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Apesar de estar preservado em formol, o pickle humano da Faculdade de Medicina viralizou. Sites como Atlas Obscura, Wired ou Dangerous Minds partilharam a foto e a história de Diogo Alves, dando ao assassino do Aqueduto das Águas Livres fama internacional – nas redes, várias pessoas fizeram notar as semelhanças do primeiro serial killer português com Thom Yorke, vocalista dos Radiohead, no teledisco de “No Surprises”. A cabeça decepada está no Teatro Anatómico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

+ Os cinco museus mais estranhos de Lisboa

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  • Compras
  • Chiado/Cais do Sodré

Está em vários guias como um sítio obrigatório e no entanto quantos de nós não passamos pela montra do número 418 na Rua de São Bento sem nos determos? Se calhar é um sítio tão familiar que se tornou invisível, como o quadro da nossa sala de estar ou o aperto de mão do tio Germano, a quem faltam dois dedos. A loja do Depósito da Marinha Grande tem das mais icónicas criações da fábrica centenária, copos, frascos, garrafas, objectos de decoração, candeeiros e até material de laboratório. É, também, o pior sítio de sempre para levar aquele amigo desajeitado – ou jogar ao “apanha” com o tio Germano.

  • Restaurantes
  • Cafés
  • Santa Maria Maior

Esqueça os Pastéis de Belém, que dominam as listas dos melhores de Lisboa, ou os da Aloma. O Martinho da Arcada vive muito da clientela estrangeira e da mitologia pessoana (ainda lá está a mesa do poeta), mas tem um pastel que rivaliza com os melhores de Lisboa. Servido no pequeno café ao lado do restaurante, é considerado especialidade da casa e custa 1,5€.

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  • Compras
  • Santa Maria Maior

É uma imagem comum nos meses mais quentes: um grupo de turistas especado em frente à Manteigaria Silva enquanto um guia explica o que são cada um dos produtos expostos, como se fosse um episódio ao ar livre da Rua Sésamo. “Isto é um bacalhau, vem da Noruega”. Percebe-se porquê. A Manteigaria é uma loja-museu com tudo o que há de bom para beber e mastigar em Portugal. Fundada em 1956, é uma das últimas mercearias finas da Baixa e, apesar de não fazer parte do roteiro de compras dos lisboetas, vale uma visita.

+ Lojas tradicionais: as mercearias de Lisboa onde o tratam pelo nome

  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Castelo de São Jorge

Poderá ser este o motivo para a re-reconquista de Lisboa? Sabemos bem que o Castelo e áreas circundantes são normalmente atractivas para autocarros de turismo e pessoas que têm no armário mais do que um panamá, para quando o outro está a lavar. Mas a esplanada do Castelo de S. Jorge merece ser descoberta assim como um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. A entrada é gratuita para os lisboetas – basta levar um comprovativo – e a vista e o serviço vão fazê-lo perceber porque é que Martim Moniz se quis entalar naquelas portas.

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  • Compras
  • Livrarias
  • Castelo de São Jorge

É o pior sítio da cidade para procurar livros sobre claustrofobia. A minúscula Livraria do Simão, nas Escadinhas de São Cristóvão, tem apenas 3,80 metros quadrados, com cada centímetro ocupado por livros. Só cabe lá dentro uma pessoa de cada vez mas vale a pena pesquisar esta belíssima coleção de livros raros de autores portugueses e estrangeiros. Aberta em 2008 no lugar de uma tabacaria, está em vários guias turísticos como uma das atracções mais insólitas da capital.

Ir à Sala dos Gessos
  • Museus
  • São Vicente 

Não tem vagar para ir ao Terreiro do Paço ver a estátua de D. José I? Felizmente pode ver o molde em gesso a partir do qual se fez o rei e o cavalo num sítio coberto e com ar condicionado. A Sala dos Gessos pertence ao Museu Militar e para além da mítica obra de Joaquim Machado de Castro tem o molde das estátuas de Sousa Martins (a do Campo Mártires da Pátria) ou Afonso de Albuquerque (da Praça do Império) num total de 12 figuras. A Sala dos Gessos pode ser visitada apenas de terça a sexta-feira (das 10.30 às 12.00) e das 14.30 às 16.00), mediante marcação e a entrada é gratuita.

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Tirar uma foto no melhor “jardim” de Lisboa
Fotografia: Ana Luzia

13. Tirar uma foto no melhor “jardim” de Lisboa

É um pagode para qualquer turista que fale português: Jardim das Pichas Murchas. Os guias turísticos a caminho do Castelo fazem aqui um pit stop para risinhos nervosos e fotografias. E há ainda quem se atreva a traduzir para inglês o significado da placa. Mas vamos à história: o jardim, que na verdade é um largo, foi baptizado pelo calceteiro Carlos Vinagre porque era o sítio onde os cidadãos séniores do bairro se sentavam a praticar a sua desocupação. A placa foi colocada por brincadeira, a Junta não gostou e mandou tirar, mas a vontade da população foi mais forte e o nome mantém-se para gáudio de locais e turistas. O “jardim” fica no cruzamento da Rua de S. Tomé com a Rua do Salvador.

+ As ruas com nomes mais estranhos em Lisboa

  • Atracções
  • Campo de Ourique

Não é visto como uma atracção turística pelos locais e percebe-se porquê: é muito provável que todas as visitas a este sítio sejam pelo pior dos motivos. Mas o que leva os turistas ao Cemitério dos Prazeres? Aqui estão alguns dos melhores exemplos de arte fúnebre e os edifícios mais curiosos de Lisboa, como o mausoléu dos Duques de Palmela, uma pirâmide de inspiração maçónica onde estão sepultadas mais de 200 pessoas. Tem ainda uma vista privilegiada para o Tejo e uma das maiores concentrações de ciprestes da Europa.

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  • Atracções
  • São Vicente 

O Panteão Nacional é um dos monumento da cidade mais visitado por turistas, a par do Mosteiro dos Jerónimos ou Torre de Belém. O edifício, que resulta das famosíssimas obras de Santa Engrácia, está mesmo no centro da cidade e é a última morada de uma série de portugueses célebres. Se calhar está na altura de ir dizer olá a Amália, Eusébio, Almeida Garrett ou Humberto Delgado. Se a vida lhe correr bem – mas mesmo muito bem – quem sabe se um dia não vai ser vizinho deles. No zimbório há uma das melhores (e mais negligenciadas) vistas de Lisboa. Diga lá, qual foi a última vez que foi a um zimbório?

Conhecer por dentro o Palácio Foz
  • Coisas para fazer
  • Santa Maria Maior

Existem visitas guiadas a este palácio nos Restauradores e existem muitas pessoas interessadas. Daí que exista também muitas vezes a palavra “Esgotado” junto a cada anúncio de uma nova data. Quem quiser bisbilhotar o interior deste edifício tem de marcar com antecedência uma das visitas, justificando-se a consulta regular à página oficial de Facebook do Palácio Foz. É que a programação inclui concertos, apresentações e outros eventos.

+ Conheça estes museus grátis em Lisboa e arredores

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  • Atracções
  • Chiado

As intermináveis filas de turistas passeio fora quase nos fizeram esquecer que este é um transporte público compatível com os cartões VIVA e o passe Navegante. Monumento Nacional, foi inaugurado em 1902, uma obra de Raoul Mesnier de Ponsard, onde se destacam os trabalhos de filigrana em ferro fundido (e cada andar é diferente) e uma cabine feita em madeira e latão.

  • Atracções
  • Alcântara

Inaugurada em 1966, a Ponte 25 de Abril tem 14 pilares, mas aqui o pilar que interessa fica na Avenida da Índia, nas traseiras do Village Underground. Agora que já ninguém se perde, um dos aspectos mais essenciais: esta é uma atracção turística de Lisboa que leva os visitantes ao interior deste pilar para uma experiência sensorial que lhe diz tudo o que precisa de saber (e sentir) sobre uma das pontes mais bonitas do mundo, ela própria um dos postais turísticos da cidade.

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  • Bares
  • Santa Maria Maior

Não vale a pena armar-se em turista sem segurar um copo da bebida mais popular de Lisboa. Tem duas hipóteses populares e muito próximas: a Ginjinha Espinheira, a primeira, com morada no Largo de São Domingos, e esta “sem rival” (que acaba por ter quase ao lado), fundada pelo avô dos actuais donos.

  • Restaurantes
  • Santa Maria Maior

Os turistas que visitam Lisboa são presença assídua nas casas de fado da cidade. Mas não deveríamos nós sermos mais íntimos com a canção de Lisboa? Este Clube de Fado é um porto seguro e tem uma ementa recheada de bacalhau, bifes, polvo à lagareiro e outras iguarias portuguesas que dividem atenções com o cardápio de artistas. Rodrigo Costa Félix ou Maria Ana Bobone são apenas dois dos nomes a conferir, noite após noite.

Arme-se em turista

  • Museus

Edifícios relativamente novos, com linhas que são uma perdição para a fotografia, e clássicos da cidade que patrocinam autênticas viagens no tempo. Destacam-se ainda os inúmeros e regulares workshops e eventos que promovem para adultos e crianças, bem como as cafetarias e brunches que também são pequenas obras de arte. Deixamo-lo com uma visita guiada aos melhores museus em Lisboa, dando razões para redescobrir endereços obrigatórios e ideias para explorar colecções surpreendentes e que, por vezes, passam despercebidas. A lista de melhores museus em Lisboa não pára de crescer e nós estamos cá para actualizá-la.

 

  • Museus

Conhece as propriedades do pó de múmia? E o nome da imagem do arcanjo que seguiu nas naus portuguesas em jeito de protecção? Acha que os cravos são (apenas) flores? Está preparado para atender um lavagante? Ok, chega de perguntas que só adiam ainda mais a satisfação da sua curiosidade. Se não faz ideia do que tem andado a perder nos museus em Lisboa, nós recenseamos a matéria e oferecemos uma bússola segura. Os acervos enchem-se de autênticas pérolas com peças para todos os gostos, e nada como um breve roteiro para não se perder nos melhores corredores da cidade. É obrigatório conhecer estas obras de arte.

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  • Museus

Não é ao domingo de manhã, sexta à tarde ou segunda de madrugada. Estes museus são de entrada gratuita sempre que a porta está aberta ao público (em alguns terá de marcar). E a busca pela descoberta de um museu gratuito também pode significar a descoberta de um museu que nem sempre está nas bocas do mundo e, como sabe, o conhecimento não ocupa lugar, por isso quanto mais melhor. Fomos à procura dos museus grátis em Lisboa e concelhos vizinhos e descobrimos algumas pérolas museológicas. Da sala de operações do Movimento das Forças Armadas ao museu que respira dinheiro, há muito para aprender sem gastar um tostão. Aventure-se nestes museus grátis em Lisboa e arredores.

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