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A agenda cultural de Lisboa que não pode perder
Ponha-se fino e a par da melhor agenda cultural da cidade, das exposições às peças de teatro.
Pode odiar muitas coisas em Lisboa: reconhecemos que a nossa cidade tem uma série de defeitos, mas se há coisa de que não se pode queixar é da agenda cultural. É verdade, mesmo em tempos difíceis como os que agora se vivem, Lisboa continua a ter eventos de toda a espécie a preencher-lhe o calendário. Isto sempre com todas as medidas de segurança que agora se impõem, está claro. É esta agenda que o obriga a sair porta fora quando a vontade de saltar do sofá é igual a zero. Os programadores culturais acabam-lhe com a letargia do corpo para poder aproveitar a cidade ao máximo. Aproveite o recheio desta agenda cultural de Lisboa e faça-se ao piso com os cuidados necessários.
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Agenda cultural de Lisboa
1. Exposição de Modelos de peças LEGO®
Qualquer exposição que vá parar à Cordoaria Nacional promete dimensões consideráveis – é o caso. Esta galeria recebe a maior exposição europeia de modelos feitos com peças LEGO. Para se perceber a dimensão de uma exposição deste tipo é bom ter números em cima da mesa: são dois mil metros quadrados de zona expositiva, que dão palco a mais de uma centena de maquetas feitas a partir de mais de cinco milhões de peças LEGO. A exposição está dividida em vários núcleos, sendo o mais inacreditável o que contém o modelo do Titanic construído com meio millhão de peças – uma construção com 11 metros de comprimento e três de altura. É uma recriação detalhada que apresenta até os interiores do navio. Há uma zona com um mapa da Europa, um núcleo dedicado ao corpo humano e até uma área com mais de 100 peças de Star Wars.
2. Exposição Viral
Criada de raiz pelo Pavilhão do Conhecimento, em colaboração com outros dois centros de ciência europeus, esta premiada exposição itinerante e interactiva já foi vista por mais de dois milhões de pessoas e está de volta ao Pavilhão do Conhecimento – agora com novos conteúdos relacionados com a Covid-19. Talvez se lembre do Túnel Virulento, talvez o vá percorrer pela primeira vez. Mas se ouvir um “atchim”, tenha cuidado: há micróbios e vírus invisíveis por todo o lado. Pronto para aprender a proteger-se ou, quem sabe, a ser “Viral”?
3. Só Eu Escapei
Quatro mulheres conversam no jardim de casa. Quatro pessoas conversam num estúdio. Reflectem sobre o quotidiano, as mudanças, os empregos que tiveram, o que acabaram de perder, os seus desejos e medos mais profundos. No palco e na vida real, esses momentos mais ou menos plácidos – em que o chá tanto se pode servir em chávena como em metáfora – são entrecortados pelas visões extraordinariamente proféticas de Caryl Churchill, autora de Só Eu Escapei, que poderá ver a partir de domingo, 8 de Novembro, no Teatro Aberto, em Lisboa.
4. A Ratoeira
Com encenação de Paulo Sousa Costa, a partir de The Mouse Trap, de Agatha Christie, este espectáculo promete resolver um crime em palco. A premissa é simples: um jovem casal, que converteu uma casa de campo num pequeno hotel, encontra-se encurralado com os seus hospédes e um detective, devido a uma tempestade de neve. Pelo meio, um dos hospédes morre. Após um minucioso questionário levado a cabo pelo detective, fica evidente que o assassino pode ser qualquer um deles, inclusive os donos dos hotel.
5. Hortas de Lisboa
São seis núcleos, quase cronológicos, sobre a evolução e a necessidade das hortas em Lisboa, que é coisa que remonta já à Idade Média. Estes pedaços de terra sempre foram um elemento particular da paisagem urbana, sobretudo no que toca à subsistência das populações. Agora, e cada vez mais, são vistas como uma forma de sustentabilidade das cidades, com o sucessivo crescimento dos parques hortícolas municipais. Ao longo da exposição "Hortas de Lisboa", patente no Palácio Pimenta, põem-se a descoberto histórias e técnicas do passado num claro cruzamento com o presente e o possível futuro destes espaços na cidade, tudo através de cartografia, pintura, vídeo e narrativas de hortelãos que mantêm vivos estes elementos da malha urbana.
6. Impressive Monet & Brilliant Klimt
Após o sucesso da Immersivus Gallery no Porto, surgiu a vontade de criar um espaço dedicado a experiências imersivas em Lisboa, com o objectivo de ser um ponto de referência artístico e de diversificar a oferta cultural da capital. Nasce assim a Immersivus Gallery Lisboa no Reservatório da Mãe D'Água das Amoreiras, transformada numa monumental tela onde o conteúdo será projectado a 360º. A exibição Impressive Monet & Brilliant Klimt convida a um mergulho no universo do pintor francês impressionista Claude Monet e do pintor simbolista austríaco Gustav Klimt. Este novo projecto do atelier OCUBO mistura hologramas com projecções imersivas a 360º. Está estruturada de forma a dar a conhecer as obras-primas de Monet e Klimt, experienciando "uma nova fórmula lúdico-pedagógica", por via tecnológica.
7. Guerreiros e Mártires. A Cristandade e o Islão na formação de Portugal
O Museu Nacional de Arte Antiga vai assinalar os 800 anos da morte dos chamados Mártires de Marrocos, um grupo de missionários franciscanos torturados no Norte de África, com uma exposição em 2020. Comissariada por Santiago Macias e Joaquim Oliveira Caetano, reúne peças de ourivesaria, cerâmica, pintura, iluminura e têxteis, entre outros objectos que remetem para este período.
8. A natureza detesta linhas rectas
Desde meados dos anos 1990, Gabriela Albergaria tem registado e explorado a transformação e manipulação da natureza pela mão humana, a aculturação e apropriação da paisagem natural – impulsionadas pela globalização iniciada no século XV com as explorações marítimas –, e a alteração dos ecossistemas devido à importação e domesticação de espécies vegetais. É esta fricção entre humano e natural que atravessa “A natureza detesta linhas rectas”, exposição antológica que está na Culturgest até 28 de Fevereiro e que passa em revista vários momentos do trajecto da artista, com particular incidência nos últimos 15 anos. Com um percurso irrepreensível e consolidado, sobretudo no estrangeiro, Gabriela Albergaria tem agora a sua exposição mais completa no circuito institucional português. Cada sala é “uma espécie de statement”, já que a organização é temática e não cronológica. Há uma divisão com três peças que dialogam entre si: uma gravura sobre madeira a partir de desenho sobre o Parque Trianon, em São Paulo, uma instalação com dois troncos finos esticados com molas e uma colecção de pauzinhos de todo o mundo que a artista limpou, corrigiu e preencheu com plasticinas naturais. Destacam-se, ainda, a sala dedicada a peças novas em cerâmica ou madeira sobre sementes colhidas numa expedição à Amazónia em 2016 e a sala com desenhos sobre as florestas de sequóias da Califórnia, resultantes de uma viagem à costa oeste dos Estados Unidos em 2012.
9. Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro | Histórias Desenhadas
No ano em que se comemoram os 100 anos da morte de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro (1867 – 1920), o Museu Bordalo Pinheiro acolhe até Fevereiro de 2021 a exposição "Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro | Histórias Desenhadas", que evoca o trabalho e obra do ilustrador, ceramista e filho de Rafael Bordalo Pinheiro. A exposição, instalada na Sala da Paródia, serve de retrospectiva do trabalho de Manuel Gustavo com especial foco na sua obra gráfica, pela qual ficou conhecido, sendo pioneiro da ilustração infantil em Portugal. Foi também ele que fundou em 1908 a Fábrica Bordalo Pinheiro onde conseguiu juntar a técnica naturalista das Caldas da Rainha com a Arte Nova, nas suas peças de cerâmica. A par desta mostra, há ainda uma exposição virtual dedicada ao autor na recém-lançada página do museu no Google Arts & Culture, sendo o primeiro equipamento da EGEAC a integrar a plataforma online.
10. Conversas Sérias
Nestas Conversas Sérias, a psicóloga clínica Marta Gautier, já conhecida por monólogos humorísticos, mantém o tom cómico e descontraído para falar sobre o medo e o que faríamos se não tivessemos medo. Este é um projecto intimista de carácter confessional, onde o público também é incentivado a partilhar e a fazer perguntas.
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