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quiosque jardim fernando pessa
Fotografia: Manuel MansoQuiosque do Jardim Fernando Pessa

O Melhor de Roma (a avenida)

Dez sítios que fazem da Avenida de Roma um dos melhores bairros para viver em Lisboa.

Escrito por
Editores da Time Out Lisboa
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Há um ditado que diz que “Roma e Pavia não se fizeram num dia”, o que só vem provar que a nossa Roma, a avenida, é muito melhor do que a de Itália. Faz-se lindamente num dia, de uma ponta à outra, e ainda sobra tempo para parar em cada uma destas 10 capelinhas, sem pressas. Convenhamos: é uma via sacra bem mais agradável do que aquelas do Vaticano. Pode parar de procurar voos baratos na Easyjet para a capital italiana e vir connosco à descoberta do melhor de Roma (a avenida).

Recomendado: O melhor do bairro de Alvalade

O Melhor de Roma (a avenida)

  • Atracções
  • Parques e jardins
  • Areeiro/Alameda

Um pequeno e sossegado enclave verde entre a Av. de Roma e a Av. João XXI. Tem um simpático quiosque onde se bebe a caipirinha com melhor relação qualidade/preço de Lisboa (4€), um parque infantil e um parque canino. No Verão o Cinepop, ciclo de cinema de culto do Fórum Lisboa, instala-se no relvado do jardim. Às vezes à revelia do sistema de rega automática, que tem sempre uma palavra a dizer sobre clássicos do cinema norte-americano. Por baixo do Jardim Fernando Pessa há um parque de estacionamento com um piso especial para carros antigos.

A Casa do Gelado 1981
  • Restaurantes
  • Geladarias
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

O Santini e a Conchanata têm a fama e o proveito, mas há outra geladaria antiga de Lisboa a merecer a nossa atenção: a Casa do Gelado 1981. Esta discreta loja da Avenida de Roma tem alguns dos melhores gelados de Lisboa e bate aos pontos algumas das casas mais celebradas em sabores como o de pistáchio ou o de chocolate. Tem no menu um imponente Crepe da Casa, recheado com duas bolas de gelado, coberto com chocolate quente e adornado com chantilly e amêndoas. Um monumento à gulodice e à falta de bom senso que substitui facilmente uma refeição – ou várias.

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  • Compras
  • Livrarias
  • Areeiro/Alameda

Emblemática livraria de bairro e uma das mais antigas da cidade (est. 1957), a Barata tem uma excelente selecção de revistas nacionais e estrangeiras, uma cave só com livros infantis e papelaria, serve café e organiza mini-eventos culturais. A entrada a cães é permitida, o que, esperamos, venha elevar o nível de literacia dos nossos amigos de quatro patas.

  • Compras
  • Chocolates e doces
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Em A Casinha de Chocolate, os Irmãos Grimm dão-nos poucos pormenores sobre o interior deste fascinante edifício. Mas nós gostamos de imaginar a Cafélia como uma versão benigna e deliciosa dessa estrutura ficcionada. Tem tudo o que é bom e é doce (biscoitos, bolachas, rebuçados, caramelos, bombons e chocolates), assim como uma criteriosa selecção de chás e cafés.

+ As melhores lojas de chá e café em Lisboa

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  • Compras
  • Mercearias finas
  • Areeiro/Alameda

É perto do cruzamento da Av. de Roma com a João XXI que fica O Diplomata, uma mercearia fina tipicamente lisboeta decorada luxuosamente com latas de leite em pó. No passeio está sempre montada uma banca de fruta e lá dentro há vinhos, queijos, enchidos e outros produtos opíparos. Lá está, é o tipo de sítio onde podemos usar à vontade o adjectivo “opíparo”. É nesta loja que pode comprar o célebre Pão de Ló de Margaride da fornecedora da Casa Real de Bragança.

+ Uma volta pelas melhores charcutarias em Lisboa

Doçaria Santa Cruz
  • Restaurantes
  • Pastelarias
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade
Esta pequena pastelaria especializada em doçaria conventual parece a sala de jantar de uma tia excêntrica: muitos espelhos, muitos dourados, flores secas, estatuetas, bolos e bolinhos. Tem um bolo de mousse de chocolate (2€) que é a materialização de pelo menos um dos sete pecados mortais e um café com baunilha muito apreciado pelas senhoras que vão ali antes ou depois do cabeleireiro. Está aberta desde 1956 e merece uma medalha de mérito pelos serviços prestados aos picos de glicémia dos lisboetas.
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  • Bares
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Um bar clássico, cheio de casais do tipo “nunca me levas a lado nenhum”, que também é um dos poucos sítios em Lisboa onde é possível comer uma tosta de foie gras e pickles (6€) à uma da manhã, ao som da “I’m Not In Love” dos 10CC. A playlist é perfeita, o serviço é impecável (“à antiga”) e a iluminação é um bálsamo para a nossa vista, ferida pelas luzes de talho que enfrentamos todos os dias.

+ Os melhores bares históricos em Lisboa

  • 4/5 estrelas
  • Restaurantes
  • Chinês
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade
  • Recomendado

Aqui não vai encontrar a sua galinha frita com amêndoas e o seu adorado ananás com carne de porco depositada lá pelo meio. O Chuan Yue é um restaurante chinês especializado na culinária de Sichuan, da província chinesa com o mesmo nome. Isto significa que praticamente todos os pratos vêm imersos em pimentas sichuan, que têm uma forma diferente de picar. Faça esta experiência: depois de uma dentada numa destas coisas, beba um copo de água. A água ganha um sabor ácido. O menu é vasto e um pouco intimidador, por isso anote as nossas recomendações: frango picante à moda de Sichuan, camarão na caçarola, carne de porco fatiada com dupla confecção e beringela com molho de alho. Depois diga o que achou.

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  • Mercearias
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Os pastéis de massa tenra e o bolo de morango e chantilly estão no panteão da gastronomia lisboeta. É difícil encontrar em Lisboa outro sítio que tenha, debaixo do mesmo texto, duas das nossas escolhas para a “refeição do corredor da morte”. É aproveitar enquanto temos saúde.

  • Restaurantes
  • Pizza
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

A discussão da melhor pizzaria de Lisboa é cansativa, mas este é um dos nomes que surge sempre que os ânimos se exaltam. O Lucca tem alguma da melhor comida redonda da cidade e duas particularidades: uma sala para fumadores e um horário alargado – fecha às 15.30 ao almoço e à 01.00 ao jantar. Pode ainda pedir duas pizzas em uma. Isto é, duas variedades na mesma circunferência, para partilhar.

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  • Restaurantes
  • Grande Lisboa
Patrícia e João encantaram-se com uma máquina de venda automática de comida saudável nos Estados Unidos e decidiram trazer a ideia para Lisboa. Enquanto a máquina — que já está construída num armazém — não arranja poiso num centro comercial, por exemplo, vão mostrando o que têm numa loja pequenina com um frigorífico e frascos cheios de saladas em camadas, pudins de chia e energy balls. Um grab and go com produtos frescos em plena Avenida de Roma.
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  • Lojas de bebidas alcoólicas
  • Areeiro/Alameda
Vamos à matemática. A primeira garrafeira Napoleão abriu na
 Rua da Misericórdia em 1969, a segunda, esta que destacamos, na esquina da Avenida de Roma com a João XXI, há 40, e há uma terceira na Rua dos Fanqueiros. E agora vamos à história. Está nas mãos dos Napoleão desde sempre e mantém-se a vender 90% de produto nacional, muitos Portos e Madeiras, algumas aguardentes velhas e vinhos licorosos.
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  • Compras
  • Grande Lisboa
Resistente da Avenida de Roma, era um lugar de culto nos anos 60 e foi recentemente considerada uma Loja com História, entrando assim para o programa de apoio ao comércio tradicional alfacinha. Embora conhecida pelos discos, sobretudo clássicos de vinil, também é livraria, papelaria e (mais importante) uma referência para os moradores do bairro. Se for com amigos, pode ir à “caça” dos seus ídolos musicais enquanto a Maria procura as canetas perfeitas para sublinhar os apontamentos de matemática avançada.

Outras ruas obrigatórias

  • Coisas para fazer

Anda nas bocas do mundo e a culpada é só uma. A Rua das Janelas Verdes já estava nos roteiros turísticos graças à esplanada do Le Chat e ao Museu Nacional de Arte Antiga. Agora ganhou uma inquilina famosa e, enquanto não somos convidados para o seu palacete, encontrámos muitas outras razões para por lá passear.  

  • Coisas para fazer

Há um novo espaço verde na cidade e a rua, em plena Baixa, agora pedonal começa a ganhar uma vida perdida há muitos anos. Os próximos inquilinos serão os éclaires da L’Éclair, depois de também José Avillez ter aberto um restaurante aqui. Estas são as dez paragens obrigatórias na Rua dos Bacalhoeiros.

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  • Coisas para fazer

Uma pessoa pensa que vai só à Avenida da Igreja mas acaba por parar em Carcassone (a pastelaria), na Líbia (uma farmácia), na cidade das mil e uma noites (a pastelaria Nova Bagdad, baptizada, calculamos, antes da Bagdad original ter sido destruída pela guerra); passamos ainda por Helsínquia (outra pastelaria) e acabamos em Biarritz. Aí batemos com o nariz na porta: a mítica pastelaria no topo da avenida fechou. Há tanto para fazer que nós dizemos-lhe as nove paragens obrigatórias nesta avenida. 

  • Coisas para fazer

Que bem que se está no Campo, principalmente se tiver paciência para procurar lugar para estacionar. Será recompensado. Na Rua Coelho da Rocha estão alguns dos melhores restaurantes de Campo de Ourique, que por si só já é um dos bairros onde se come melhor em Lisboa. Claro que tudo isto é discutível, mas não vamos discutir de estômago vazio. Da cozinha japonesa ao café saudável da moda, há para todos os gostos – e todos os heterónimos – ou não fosse esta a rua de Fernando Pessoa. 

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