Os melhores restaurantes baratos em Lisboa
Os melhores restaurantes baratos em Lisboa não vão decepcionar a barriga nem a carteira de ninguém

Comer fora é caro, que o digam as marmitas e o fim do mês. Restam uns quantos achados que cumprem os requisitos quando chega o prato à mesa mas também quando chega a hora da dolorosa. Para rebolar rua fora de barriga cheia em dias de festa, para intervalos de almoço em dias de trabalho e para jantar antes de seguir com a noite, damos-lhe 20 restaurantes baratos em Lisboa. Entre tascas, petiscos, cozinha africana, sul-americana, chinesa, italiana e israelita, calculamos que não vá passar os dez euros. Os 13, vá.
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Adega do Solar Minhoto
Da cozinha desta casa virada para o quartel de bombeiros de Alvalade estão sempre a sair pratos com boa comida do Minho, dos rojões e do bacalhau à minhota à lampreia, por encomenda quando é tempo dela. Isso e um dos melhores bitoques da cidade. Na cozinha está a D. Idalina há já 16 anos, e é ela quem, juntamente com mais duas cozinheiras, leva para a frente esta Adega. Entre as duas salas e a esplanada cabem umas 45 pessoas – chegue cedo que não aceitam reservas.
Alif Kebab House
Na saúde e na ressaca, no dia de trabalho e no que se segue à farra, juramos manter-nos fiéis ao kebab. O do Alif, entre o Rossio e o Martim Moniz, é dos melhores que Lisboa conhece, especialmente se falarmos no durum: o pão que embrulha o recheio é feito na casa e é mais fofo que o normal – a estrela do prato que rouba a cena à carne (frango ou vaca) e a salada. Para quem gosta da comida bem picante há o molho sriracha e o menu com batatas fritas e bebida (não se vende aqui álcool) não passa os seis euros.
Beira Gare
A primeira especialidade da Beira Gare, que está à frente da estação de comboios do Rossio desde o século XIX, são as bifanas no pão. Comem-se ao balcão servidas por empregados rápidos rodeados por fotografias de alguns dos pratos nas paredes. Os turistas incautos vão pedir peixes grelhados, mas o leitor deste texto há-de apostar numa sandes como a de choco frito e, para completar a refeição, na sopa de legumes mais saborosa da Baixa.
Bella Ciao
Mudou-se da Rua do Crucifixo para a Rua de São Julião, mas não deixou de ser um achado para os fanáticos da autêntica comida italiana. Mantém as mesas com toalhas aos quadrados vermelhos, com um vero italiano na cozinha, Marcello, a fazer boas pastas, como spaghetti carbonara, bucatini alla matriciana ou gnocchi alla sorrentina em pratadas que rondam os nove euros. O tiramisù é de ir aos céus e há sempre o pormenor da televisão sintonizada nos canais italianos — meio caminho andado para nos sentirmos mesmo em Itália.
O Caçador
O Caçador, uma casa de comida tradicional na Cruz Quebrada, ostenta os arrozes de tacho como a sua especialidade. Há quatro a assinalar: de lingueirão, de bacalhau, de garoupa e de coelho. Há outros pratos de qualidade – como qualquer uma das receitas que inclua raia – e tudo em doses bem generosas, boas para dividir por duas ou mais pessoas. Não atire com o nome para o GPS à confiança porque há várias casas com este nome pela cidade, e nem todas têm os pratos do dia e o picante caseiro potente que aqui se encontra.
Cantinho do Aziz
Neste cantinho de África semi-escondido nas traseiras do Centro Comercial Martim Moniz faz-se a festa com uma nota de cinco euros: é esse o preço do prato do dia, bebida e café. Fora do menu os preços crescem (especialmente em pratos como o caril de caranguejo, o ikala ou n'biji com marisco) mas não arruínam ninguém. Neste bastião africano vai encontrar música a condizer e uma esplanada com happy hour entre as 16.00 e as 18.30. Pontos extra para a ementa que entretém qualquer convidado com os comentários escritos à frente de cada prato.
O Cartaxinho
Há 26 anos nesta casa, Maria Júlia Cabral não tem mãos a medir em dias de cozido, especialmente porque, da sala, cada um o pede à sua maneira - sem orelha, sem couve - "às tantas deixa de ser cozido", diz. Nesta tasca a atirar para o restaurante nas traseiras da Avenida, a travessa vem personalizada, seja ao domingo e à quarta — dias de cozido durante a sua época —, ou nos dias de cabidela, bacalhau à Brás e afins. Ao balcão ou na mesa, esta casa de minhotos é uma cantina diária como Lisboa gosta.
Empanaderia El Pibe
Os menus de almoço do El Pibe, que se mudou de Santos para a colina de Santana em meados de 2016, são tão baratos que o instinto de quem se senta é vasculhar a ementa de uma ponta à outra à procura da rasteira. Ela não existe. Andam entre os 4,90€ e os 6,90€ e não deixam ninguém com fome. Isto porque as empanadas, estrelas da casa, são muitíssimo bem recheadas. De quê? Espinafres e mozzarella, caril de vitela e porco, de cebola, malagueta e gengibre ou de cogumelos, alho francês e farinheira. Fora da hora do almoço também não fazem grande estrago nas nossas poupanças.
Guacamole
É o primeiro restaurante de rua da marca Guacamole, que serve comida mexicana em centros comerciais como o Colombo ou o Alegro Alfragide. Na loja do 8 Building há tudo o que se espera deste mexicano: os burritos recheados à vontade do freguês, as saladas, os totopos para molhar em pico de gallo, molho de queijo derretido ou um creme de feijão. A juntar a tudo isto, há um bar onde se servem margaritas de assinatura, cucumberitas ou TNT — Tequilla e tónica.
Merendinha do Arco Bandeira
Foi um galego que abriu o restaurante, em frente ao célebre animatógrafo do Rossio, numa altura em que ainda havia carroças a passar, em 1944. Há 14 anos que está nas mãos de David Castro, mas os bons pratos e petiscos desta casa são obra da mulher, Fátima. O ambiente de tasca está lá todo, desde o balcão de alumínio aos garrafões pendurados na parede – só já não tem pata de presunto suspensa porque a ASAE não deixa. Serve refeições completas a toda a hora, com destaque para o galo de cabidela à segunda-feira e a mão de vitela com grão à terça. As moelas são “cinco estrelas” e comem-se pataniscas ao balcão.
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