Solar dos Presuntos - Cozido à Portuguesa
Fotografia: Arlindo Camacho | Cozido à Portuguesa no Solar dos Presuntos
Fotografia: Arlindo Camacho

Os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa

Gostamos de comida do mundo e de fusão, mas não há como um bom cozido. Estes são os melhores restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa.

Cláudia Lima Carvalho
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Do Minho ao Algarve, do interior ao litoral – não é preciso sair de Lisboa para experimentar os melhores sabores da cozinha portuguesa. Açordas, bacalhaus, rissóis e pataniscas. Entremeadas, croquetes, cozidos e empadões – o que não falta nestes restaurantes de cozinha tradicional em Lisboa são especialidades do país inteiro. E temos de tudo, dos restaurantes com toalhas de papel e travessas de inox aos pratos criativos onde a tradição está, ainda assim, bem vincada. Verdade seja dita, é a melhor comida de conforto que alguém pode querer. Troque as fusões e a comida do mundo por um destes pratos com sabor a Portugal.

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A melhor cozinha tradicional em Lisboa

  • Português
  • Alfama

Da última vez que espreitámos a ementa vimos 26 pratos com bacalhau, das entradas aos principais. Estamos numa das poucas casas inteiramente dedicadas ao bacalhau salgado seco – o  que é ao mesmo tempo triste, sendo este porventura o produto mais distintivo da cozinha portuguesa. O restaurante mantém-se firme sob a orientação de João Bandeira, que detém ainda o Via Graça, e o menu revela um compromisso com os clássicos, como o assado à lagareiro e o à Zé do Pipo, sem descurar meia-dúzia de criações mais autorais ou internacionais, como sejam o risoto de bacalhau e espargos ou o carpaccio do dito com rúcula e parmesão. 

  • Português
  • Avenida da Liberdade

Comer bem sem gastar uma fortuna na Avenida da Liberdade não é uma utopia. Nesta Floresta, quando o relógio se aproxima das 13.00, as mesas já estão cheias, e da cozinha vão saindo bons pratos típicos portugueses. O serviço é simpático, à antiga, as sopas são caseiras, os pratos bem cheios. Nos pratos do dia, tanto pode apanhar um bacalhau com grão (sempre em postas generosas), como um arroz de bacalhau, umas lulas recheadas ou uns carapauzinhos fritos. 

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  • Português
  • São Vicente 
  • preço 1 de 4

É a escolha de muitos chefs para almoçar ou jantar numa folga, aposta segura para boa comida tradicional a preços que já pouco se encontram na cidade. Os pratos da grelha não falham, seja peixe ou carne. Mas a chanfana, prato do qual Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, se diz capital, é um daqueles que fideliza clientes. É feito com tempo, como manda a tradição, para que a carne de cabra velha ceda aos sabores. Não está sempre na carne, sendo habitualmente servida entre segunda e quarta-feira, de quinze em quinze dias.

  • Português
  • São Sebastião
  • Recomendado

É difícil escolher a razão pela qual a Adega da Tia Matilde é mais conhecida: se pela comida tradicional, se por ter sido durante anos um dos poisos favoritos de Eusébio. Mas se não está familiarizado com ela ainda (como não?) pode lá ir tanto para ver a justa homenagem ao Pantera Negra como para provar as pataniscas, o cozidos, os filetes de garoupa, o coelho à caçador, o bacalhau à Isabel, a feijoada à transmontana, o leite-creme, tudo o que é português e bom, em doses sempre muitíssimo generosas.

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  • Português
  • Campo de Ourique
  • preço 1 de 4
  • Recomendado

Se há casa mais minhota do que esta em Lisboa, nós não conhecemos. E muito se deve ao senhor João, a alma do restaurante, bem como a dona Adelaide, que toma conta da cozinha como ninguém. Sem qualquer pretensiosismo e com toda a simpatia, o casal natural de Ponte da Barca recebe-nos como se da família fizéssemos parte – e a magia é que isto vale tanto para clientes de sempre como para alguém que ali chega pela primeira vez. Dependendo dos dias, há bacalhau à minhota, chanfana, cozido à portuguesa ou cabrito. Na altura certa, também a lampreia se consegue.

  • Português
  • Oeiras
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

Antes de chegar ao Bairro Alto, Zé Varunca chegou a Oeiras. A família saiu de Estremoz para a Parede em 2002 e dois anos depois instalou a sua cozinha regional com as loiças de barro pintadas a condizer no centro da vila. Desde Dezembro de 2021, estão numa nova morada, na Avenida Engenheiro Bonneville Franco, em Paço de Arcos, mas a comida é a mesma de sempre: cozido de grão com vagens, sopa de cação, açordas, sopa de tomate, ensopado de borrego, pezinhos de coentrada e por aí fora em doses que alimentam uma família. No final, desça até à praia para fazer aquela caminhada que sempre ajuda à digestão. 

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  • Português
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Nesta casa courense – entenda-se, de pessoas de Paredes de Coura – não há prato que desiluda, sendo a massada de peixe, o polvo à lagareiro e os bons grelhados – quer de carne, quer de peixe – uma aposta sempre segura. Na altura certa, é dos melhores restaurantes da cidade para comer lampreia, vinda precisamente do Alto Minho. Já nos dias de cozido à portuguesa (quarta-feira e sábado) o melhor é chegar cedo porque são especialmente concorridos. Das entradas às sobremesas, o difícil é deixar passar alguma coisa.

  • Português
  • Oeiras
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

As regras são simples: chegar, sentar, comer e aproveitar, sem pressas e muito menos queixumes. No Sítio de Gente Feliz, em Porto Salvo, quer-se isso mesmo, pessoas felizes. Já por isso, ninguém escolhe nada e assim não se perde a tempo a discutir o que vem para a mesa. É confiar porque Miguel Gonçalves já cá anda há um tempo e sabe o que faz. O foco está na boa matéria-prima e depois é o que lhe vier à cabeça no dia. A comida é de tacho, de forno e a conta é sempre certa, 25€, com bebida, café e diferentes entradas incluídas e sobremesa – uma fartazana! Só está aberto ao almoço e durante a semana e o melhor é não se aventurar a aparecer sem reserva. O único senão é só ficar tão fora de mão, pelo menos desta redacção. 

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  • Chiado

Primeiro, um aviso: para conseguir lugar neste Das Flores convém que marque com tempo, nem vale a pena tentar aparecer sem mesa garantida. A explicação é simples: já são poucos os restaurantes como este em Lisboa, bons e baratos. Depois de várias ameaças de fim devido às obras no edifício, a verdade é que o Das Flores se mantém firme com uma cozinha imaculada. Os croquetes fritos na hora são obrigatórios, seja como entrada, ou como prato, acompanhados por arroz de tomate. Também têm fama o bacalhau ou as iscas. No fundo, é tudo caseiro e bem servido. Guarde espaço para as sobremesas.

  • Português
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

O bitoque (com um molho guloso carregado de alho) é, provavelmente, o mais afamado dos pratos desta casa minhota, de onde saem também boas doses generosas de comida de conforto, dos rojões e da cabidela ao bacalhau à minhota e à lampreia, por encomenda quando é tempo dela (e já houve anos mais profícuos). É tudo anunciado à porta numa lista de pratos ainda escrita à mão. Entre as duas salas e a esplanada cabem umas 45 pessoas, mas não há nada como chegar cedo – não aceitam reservas.

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  • Português
  • Lisboa

Se é verdade que é o naco na pedra que lhe dá fama há anos, é justo dizer que se multiplicam os motivos que ali levam recorrentemente dezenas de comensais – é raro apanhar a casa com pouca gente, o que por si só é já um bom sinal. A carta é farta, tem umas trinta entradas fixas, mais meia dúzia de pratos de cada dia, quase só grelha e tacho. A grelha, aliás, é exímia, garante o nosso crítico José Margarido. Seja peixe ou carne, não se falha o ponto. E ainda há o choco frito, que não costuma decepcionar.

  • Português
  • Oeiras
  • Recomendado

Um dos bastiões da comida tradicional nos arredores de Lisboa, o Orelhas, em Queijas, é um simpático restaurante onde se come por 20€ (a menos que se estique nos vinhos). A cozinha é aberta para a sala e tem uma vitrine de carnes e bom peixe de mar para assar, tarefa sob a alçada do Sr. Travassos. A carta é feita com base no que há no dia, pode nunca chegar a vê-la e confiar no que sugerem e apanhar pratos como o rabo de boi assado, as bochechas de porco, a língua de vaca estufada ou a barriga de freira.

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  • Global
  • Cascais
  • Recomendado

Se as paredes do Cimas falassem não lhe faltariam boas histórias para contar. Por aqui passaram membros da realeza e políticos, artistas, intelectuais e escritores e até espiões – antes e depois do 25 de Abril. O serviço, sempre atento, é parte do sucesso da casa, feito de forma clássica. Os pratos permanecem praticamente os mesmos, como notou o crítico Luís Monteiro numa recente visita: “os salpicões e cocktails de marisco, os espargos, os gratinados, os consomés e sopas, o peixe cozido (praticamente desaparecido), a caça, a carne nos cortes mais tradicionais, os acompanhamentos (outra tradição em desuso)”. Apesar do nome, o Cimas English Bar não podia ser mais português.

  • Princípe Real
  • Recomendado

Quando as novidades pareciam ir para um lado, Luís Gaspar virou para outro e abriu um restaurante de comida tradicional. Ainda assim, não deixou de lhe dar um toque contemporâneo, seguindo os mandamentos de Maria de Lourdes Modesto (1930-2022). A grande aposta são os pratos do dia fixos, servidos tanto ao almoço como ao jantar, fim-de-semana incluído. Conforme a altura do ano, o chef vai fazendo umas alterações, mas o cozido à portuguesa à quinta e o arroz de cabidela à sexta têm-se mantido. Fora isso, há uns petiscos na carta que merecem ser descobertos como os rissóis de leitão ou os peixinhos da horta.

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  • Areeiro/Alameda

Justa Nobre é uma estrela da cozinha portuguesa e um marco na história da restauração lisboeta. Na casa que tem junto ao Campo Pequeno há uns bons anos, mostra o melhor da sua cozinha de inspiração transmontana, sempre a cruzar outras regiões do país. Há de tudo, desde as iscas de cebolada aos ovos mexidos com tomate, desde o folhado de caça brava aos camarões de fricassé. E há uma família inteira a servi-lo com um sorriso de orelha a orelha. Marido e filho na sala, irmãs a contribuir na rectaguarda – sobretudo nas sobremesas.

  • Cais do Sodré

Duas salas grandes com uma cozinha a separá-las, um bonito bar e vista privilegiada tanto para o food court do Time Out Market como para o jardim da Praça Luís I. Descansem porém os velhos do Restelo que no restaurante está a cozinheira de sempre, Manuela Brandão; estão os empregados do costume; e estão os pastéis de massa tenra, a açorda de gambas e as deliciosas costeletas de borrego panadas. Nenhuma refeição aqui fica completa sem a famosa mousse de chocolate.

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  • Lisboa

Se o Solar dos Presuntos é hoje um bastião da comida tradicional portuguesa é a Evaristo Cardoso, que morreu no final de 2022, e à sua mulher Maria da Graça, que o deve. Foi o casal, vindo de Monção, que abriu o restaurante apostado em servir o melhor da sua região. Quase 50 anos depois, é o filho, Pedro Cardoso, quem está à frente da operação, com um restaurante hoje bem maior e mais moderno. A “alta cozinha de Monção” mantém-se o mantra, sendo o Solar dos Presuntos uma aposta sempre segura na cozinha tradicional. Mesmo que se possam fazer algumas actualizações no receituário, ainda são as receitas de Maria da Graça que prevalecem. 

  • Português
  • Campolide
  • Recomendado

De raízes minhotas, a Tasquinha do Lagarto prima pela boa comida portuguesa, é um facto. Há símbolos sportinguistas nas paredes, mas que não seja isso que o mantenha longe desta morada em Campolide, até porque, se for o caso, é um bom sítio para ver a bola, seja ela de que preferência clubística for. O que interessa é o que vai para o prato, seja à lista ou conforme o prato do dia, e aí não falha o polvo à lagareiro e o arroz de garoupa. Leve em mente que tem de guardar espaço para o conhecido bolo de bolacha com mousse de chocolate.

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  • Lisboa

O restaurante é feito à imagem do dono, Belmiro de Jesus, que já passou por outras instituições de cozinha tradicional portuguesa, como sejam a Tia Matilde e o Salsa e Coentros. Aqui, está a solo e como quer, cozinhando o que lhe dá gosto e o que dá a terra, tantas vezes caça da verdadeira. Nos dias normais, são obrigatórias as empadas, as canjas, os arrozes e outros pratos de tacho. O que nunca deve faltar são as migas de batata e ovos, com reforço de gemas e de untuosidade, uma pérola desta cidade.

  • Português
  • São Sebastião
  • preço 1 de 4
  • Recomendado

“Pode parecer um restaurante banal, mas não é. A cidade deixou de fazer restaurantes como este, de comidinha de sempre e foco no sabor, no produto e no preço, restaurantes em que o cozinheiro está na cozinha e na sala e conhece toda a gente pelo nome. O Cacué é uma tasca portuguesa do século XXI onde não ficamos ofuscados com a instalação no tecto, nem adição na conta.” Assim resume o crítico Alfredo Lacerda este restaurante tradicional em Picoas. Para apreciadores de comida “sem cenas”.

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  • Português
  • Benfica/Monsanto
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

Antes de mais um aviso: há poucos restaurantes tão benfiquistas como este. Nas paredes, há fotografias de velhas glórias, recortes de jornais, cachecóis, camisolas e umas quantas águias, obviamente. O aviso serve, na verdade, para aqueles a quem esta informação poderá servir de entrave. Não se deixe levar por isso ou poderá perder um belo repasto. No Zé Pinto, o menu ainda é escrito à mão, a grelha é certeira, tanto para peixe como para carne, mas há um prato que se destaca: o entrecosto grelhado com batata frita.

  • Benfica/Monsanto
  • Recomendado

Numa esquina tranquila de uma zona residencial de Benfica, em frente à Escola Superior de Comunicação Social, do outro lado da Segunda Circular, fica este inesperado restaurante que arrancou quatro estrelas ao crítico Alfredo Lacerda. Na cozinha está Filipe Marques, que trabalhou na Quinta da Fonte Santa, uma quinta privada do Banco de Portugal, durante mais de uma década. E escreveu Lacerda sobre o Re'Tasco: "Para quem procura comida de qualidade, tradicional com uns toques de mundo, feita com carinho e atenção ao produto, o Re’Tasco bate aos pontos os nomes sonantes do costume, do Solar dos Presuntos a outros solares da cidade".

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  • Benfica/Monsanto

David Alves Rodrigues era da aldeia de Estorãos, em Ponte de Lima, mas foi na Buraca que fez história com este restaurante de comida portuguesa servida em doses fartas. Morreu em 2022, mas é a sua família que continua no leme. E o sucesso nem por isso se desvaneceu – basta ver a quantidade de carros ali estacionados nas horas das refeições, especialmente ao fim-de-semana. O cozido à portuguesa, o pernil ou o polvo à lagareiro são algumas das especialidades da casa. Além disso, o David da Buraca é sempre uma boa opção para jantares de grupo, já que espaço não lhe falta.

  • Português
  • Avenidas Novas
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

Malta nova a fazer boa comida, sem grandes subterfúgios ou manias. O Petisco Saloio é um belo exemplar daquilo que uma tasca pode ser em 2024. O restaurante é pequenino e tem duas vidas, não tão distintas assim. Ao almoço funciona com menu e 12€ incluem o couvert, o prato, a sobremesa, a bebida e o café – há sempre três opções, uma de carne, outra de peixe e um consensual bitoque (já por lá comemos uma açorda com cavala alimada, um arroz de polvo e até uma cabidela). À noite, o menu faz-se de petiscos e pratos para partilha, de um pica-pau de novilho a uns ovos rotos com farinheira, umas bochehchas de porco ou um xerém de berbigão.

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  • Português
  • Lisboa
  • Recomendado

Faz parte da colecção de restaurantes abertos por galegos em Lisboa no século XX e, tendo este aspecto em comum com o Gambrinus (já que um dos fundadores desse clássico das Portas de Santo Antão era galego), a Floresta de Moscavide já foi apelidada de "Gambrinus dos pobres" nesta revista pelo jornalista Joaquim Letria. Mais tarde, o crítico Alfredo Lacerda passou por lá e deu-lhe quatro estrelas: comeu lá uns "dos melhores filetes de peixe galo de sempre" e uma mousse de chocolate e leite creme a condizer. 

  • Lisboa
  • Recomendado

É a Joaquim Saragga Leal que devemos a Taberna Sal Grosso de onde saíram alguns dos chefs, cozinheiros e taberneiros modernos que têm dado que falar, de Zé Paulo Rocha d’O Velho Eurico a Pedro Abril, na Musa. Depois de ter saído do restaurante em Alfama, Joaquim rumou ao Alentejo onde esteve nos últimos três anos até ter decidido voltar para transformar o antigo restaurante Os Papagaios, junto ao Mercado de Arroios, numa taberna à sua imagem. Os pratos anunciam-se na ardósia, há uma certa desarrumação em casa, mas nada que atrapalhe a ordem na cozinha de onde podem sair pratos como o xerém com rissóis de berbigão, um pica-pau de atum ou rabo de boi.

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  • Martim Moniz
  • Recomendado

Também conhecido “como aquele sítio na Mouraria que está sempre cheio” e tem um “granda bacalhau assado”, o Zé da Mouraria é o restaurante ideal para quem quer comer muito (muitíssimo), pagar pouco e passar uma tarde pós-almoço, à mesa, sem ser enxotado. Nenhuma fotografia faz jus ao tamanho e à beleza da travessa que chega à mesa com a posta alta, as batatas e o grão. Vale a pena também ferrar o dente no entrecosto com arroz de feijão, nos bifinhos ao alhinho ou nos chocos. Tudo excelente.

  • Português
  • Castelo de São Jorge

O Zé dos Cornos é um restaurante para ir sem preconceitos e sem medo de sujar as mãos. Mesas corridas, bancos de pau, queijos e presuntos de entrada, um balcão com um mostrador de petiscos completo e uma ardósia que apresenta os pratos do dia. A família à frente do Zé dos Cornos veio de Ponte de Lima e instalou-se na Mouraria com o vinho da sua terra para instituir uma das grelhas mais clássicas da cidade, tanto na carne – é obrigatório provar o piano – como nos peixes. A acompanhar, o arroz de feijão e a salada sempre fresca e bem temperada.

À procura de mais ideias?

São uma instituição da cidade, por vezes ameaçada pela especulação imobiliária ou simplesmente pelo cansaço de famílias que depois de tantos anos dedicadas a fazer-nos felizes optam pela reforma, sem ter quem lhes siga as pisadas. Felizmente, ainda temos boas tascas em Lisboa que resistem – daquelas onde nos decoram o nome e os hábitos, onde as doses são sempre fartas e a comida sabe a casa. Nestas tascas, nunca faltam os pratos do dia (cabidela, cozido à portuguesa, mão de vaca, massada de peixe...), nem os doces da casa para acabar. No final, poucas serão as contas tão em conta.

Lisboa nunca teve a vida gastronómica que tem actualmente, mas ainda assim quando se trata de comer fora de horas as escolhas reduzem-se radicalmente. Não há assim tantos restaurantes abertos até tarde em Lisboa e é normal. Felizmente, ainda há uns quantos onde é possível reservar mesa depois das 22.00, hora em que começam habitualmente as negas. O Galeto, no Saldanha, é um clássico que dispensa apresentações (e onde tantas vezes se encontram aqueles que trabalham na restauração a comer quando os seus sítios já fecharam), mas há mais nesta lista de restaurantes abertos até tarde em Lisboa, de cozinha de autor a pizzas e hambúrgueres.

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