Maria Croissant
Gabriell Vieira
Gabriell Vieira

18 novas esplanadas em Lisboa para se por à fresca

O tempo quente ainda não chegou, mas a Primavera já pede a prática do verbo "esplanadar". Saiba onde estão as novas esplanadas em Lisboa.

Teresa David
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Não há frio que assuste nem calor que nos demova. A esplanada ainda é, na maior parte das vezes, o melhor lugar para se estar, independentemente do plano. Seja na hora do lanche, seja para beber um copo com amigos ou para uma refeição completa, sabe tão bem ficar na rua. E o que não faltam em Lisboa são boas esplanadas – muito também por causa da pandemia, são cada vez mais e melhores as opções. A lista que se segue é um apanhado das últimas novidades fresquinhas. Tudo o que tem de fazer é sair para a rua, consultar este guia e aproveitar estas 18 novas esplanadas em Lisboa.

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As novas esplanadas em Lisboa

  • Grande Lisboa

Depois do Cotidiano, na Baixa, e do Ordinário, no Cais do Sodré, é a vez do Slang, a dois passos do Marquês de Pombal, se dar a conhecer em Lisboa. Aqui o ambiente é descontraído, sem pedantismo, mas é também um daqueles restaurantes que prima pela estética, não estivesse ele no hotel Pestana Lisboa Vintage. No interior, os sofás e as cadeiras em veludo contrastam com a arte urbana nas paredes, um mural pintado por OSGEMEOS (Gustavo e Otávio Pandolfo). Já a esplanada é mais simples e muito agradável em dias de sol. A carta é desenhada pelo chef brasileiro Juan Meireles e foca-se em duas coisas: na ideia da partilha e na sazonalidade. 

  • Grande Lisboa

O antigo Central Parque, agora Beca Beca, está relativamente escondido, entre a Estufa Fria e o Clube VII, mas promete tornar-se paragem obrigatória em futuros passeios pelo Parque Eduardo VII. Rodeado por natureza e vizinho de um animado parque infantil, o quiosque revela-se amigo das famílias, sem esquecer os grupos de amigos ou os encontros para negócios fora de portas. Além da tradicional oferta de cafetaria, com sumos naturais e refeições rápidas, como saladas e tostas, a ementa inclui uma grande variedade de cocktails.

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  • Carnide/Colégio Militar

Na morada do antigo Lizarran, em Telheiras, vive agora o Best of CCBC, que à boa maneira bairrista convida a uma estadia prolongada e descontraída, seja para uma refeição, para um copo, para uma boa conversa ou até para ver um jogo de futebol ou ouvir música ao vivo. A cozinha funciona desde o final da manhã à ceia e além de servir opções típicas de almoço e jantar, inclui uma carta de petiscos, outra de snacks e outra de bebidas. Tudo pode ser pedido a qualquer altura do dia. Apesar de ter lugar para 30 pessoas no interior, é lá fora, na esplanada, que se vive o espaço onde cabem 60 pessoas. 

  • Ajuda

Chama-se Tasca da Memória, fica no novo hotel de cinco estrelas, o Wine & Books, junto à Igreja da Memória, na Ajuda, e assume-se uma tasca portuguesa em toda a sua glória. Os petiscos e a comida de tacho, envoltos em nostalgia, levam-nos para casa dos nossos avós; a carteira não é tomada de assalto e a simpatia de quem nos recebe deixa-nos à vontade para pedir mais um copo. Apesar da decoração aprimorada, a inspiração é a de um restaurante despretensioso. Seguindo o mote do hotel onde está inserido — o Wine & Books —, as paredes do interior lembram uma biblioteca, repletas de estantes de livros. A esplanada, bonita e romântica, pede temperaturas amenas.

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  • Pastelarias
  • Areeiro/Alameda

O aroma a croissant acabado de sair do forno sente-se logo à entrada da Maria Croissant, na Praça de Londres. Tal como a identidade dos responsáveis, a receita da massa é um segredo absoluto. “Inspirei-me na Maria Antonieta, que levou da Áustria a receita do croissant folhado, e criei um meio folhado com um sabor bem português. Considero-me uma fusão entre o croissant original e a tradicional pastelaria portuguesa”, diz o responsável pela marca, que prefere manter o anonimato. O croissant pode ser pedido simples ou com um dos muitos recheios doces e salgados. a esplanada em tons rosa chama a atenção em dias solarengos. 

 

  • Cafés
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A vista para a cozinha da Bread and Friends, no número 8 da Avenida Fontes Pereira de Melo, faz parar quem passa. É que o chef de padaria, Tiago Vaz, entra ao serviço pelas 03.30 (quatro horas antes do horário de abertura, às 07.30) e é possível vê-lo a trabalhar a partir da rua. Lá dentro, a paisagem estende-se, com uma das paredes em vidro. A ideia é tornar o processo totalmente transparente e convidar os clientes a acompanhar a produção, tanto do pão de fermentação longa como da pastelaria de assinatura. O conceito é do grupo Sana, que não se esqueceu do hábito bem português de beber café e apostou também numa máquina de torrefacção, instalada mesmo à entrada do espaço. Se no Inverno, a área de eleição costuma ser junto à lareira, agora deverá ser a esplanada. 

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  • Vegetariano
  • Princípe Real

Healthy V. instalou-se na rua da Escola Politécnica para servir pequenos-almoços, almoços e jantares vegetarianos e maioritariamente vegan. O responsável é João Gouveia que conta com a ajuda da chef Silvia Santos na composição da carta, que inclui opções saudáveis, mas ricas em sabor. O espaço conta com duas esplanadas, uma virada para a rua e outra no beco ao lado, e um interior espaçoso com uma decoração boho minimalista. 

  • Mexicano
  • Cais do Sodré

A música é alta e animada e as paredes estão pintadas com desenhos de campos de milho e pessoas em trajes coloridos. Nas mesas da esplanada ou do interior, estão nachos, tacos e margueritas. O La Fugitiva, aberto desde o Verão na movimentada Rua de São Paulo, no Cais do Sodré, quer ser uma viagem ao México, sem que sejam precisas malas e bagagens. Com o calor a chegar, a festa faz-se cá fora. 

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  • Cafés
  • Avenidas Novas

Não esperamos de um brioche que seja macio, húmido, mas no Croissant da Serra, nas Avenidas Novas, os sentidos confundem-se à medida que o croissant se derrete na boca e o aroma, doce, nos aquece os pulmões. Esta é a segunda loja da marca, com delícias à moda do Porto e a sua calda brilhante. Há mesas no interior, mas a ampla esplanada dá nas vistas. 

  • Chiado/Cais do Sodré

Não fosse a esplanada à porta e o Flat Café, na Travessa do Cabral, passaria provavelmente despercebido. O espaço é pequeno, mas grande o suficiente para a russa Varvara Kroz materializar o desejo antigo de abrir um café com as tostas que descobriu há cinco anos numa viagem à Escandinávia.  

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  • Princípe Real

Há uma cabana que se esconde no Príncipe Real, nas traseiras da Embaixada. Um sítio para se estar sem pressas, onde nem os carros que enchem a Rua da Escola Politécnica se ouvem. Um oásis entre plantas onde até nos dias frios se está bem, qual sala de estar. Lá dentro, há um jogo em cada mesa, como o dominó ou o 4 em linha. Há livros que se partilham e um gira-discos que pode tocar um disco de casa que tenha levado. Para os miúdos, um cesto cheio de brinquedos. À mesa, a comida chega em tábuas de madeira a pedir a partilha.

  • Princípe Real

O sítio é pequeno e quase passa despercebido, não fosse um cartaz na Rua da Escola Politécnica com o nome que chama imediatamente à atenção, “Sujamãos”, e logo abaixo a exclamação: “É do cachaço!”. Virando o olhar para onde aponta, para a Rua do Monte Olivete, avista-se a pequena e agradável esplanada. A carta é pequena e não tem que enganar: para comer há apenas sandes de cachaço, croquetes de cachaço e sopa. 

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  • Cafés
  • Cais do Sodré

Não vivemos sem café, mas uma bica às vezes já não nos chega. É com alegria que vemos o café de especialidade ganhar terreno – há cada vez mais espaços em Lisboa para se estar e para se apreciar café. E a Baobá é talvez o melhor exemplo. Fica na rua de São Paulo e deve o nome à Fazenda Baobá, no Brasil, em São Sebastião da Grama, no estado de São Paulo, de onde chegam os grãos verdes. A torra é feita neste espaço em Lisboa e tudo é explicado aos clientes com uma simpatia desarmante. A esplanada, espaçosa e protegida, faz o ambiente. 

  • Cascais

O restaurante de pequenos-almoços, brunches, almoços e brinners, com duas casas em Lisboa, tem mais um espaço cheio de plantas – e de pinta – em São Pedro do Estoril. Na carta não faltam as panquecas, bowls e smoothies que deram fama à marca na capital. Aqui, porém, há uma coisa que não há em mais lado nenhum – uma esplanada com vista para o mar. 

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  • Lisboa

É preciso entrar sem pensar no que vai gastar. Mas entre firme e confiante de que a comida que lhe vão servir corresponde aos verdadeiros sabores portugueses. Não olhe a meios na hora de pedir as finas fatias de presunto e seguir para o arroz de lagosta e gambas, uma das especialidades. Recentemente, ganhou uma esplanada com uma centena de lugares e um mural de Vhils a homenagear Evaristo Cardoso e a mulher Maria da Graça, o casal que abriu o restaurante em 1974. 

 

 

  • Cascais

No Mercado de Carcavelos sente-se cada vez mais uma vida nova, espaços fechados começam a abrir e a fazer deste lugar um ponto de paragem. Em 2021, o Matcha, com uma esplanada de que é difícil desviar o olhar, deu nas vistas. Aqui há tostas, bowls, panquecas, sumos e cocktails – tudo super-instagramável. 

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  • Cascais

Se há coisa que a cozinha não precisa de ter é hora, especialmente quando a fome aperta. No Mâide, as portas abrem às 09.30 e só se fecham mesmo à noitinha, para lá da hora do jantar. Pode optar por ficar na esplanada logo à entrada, pequena, cheia de plantas e muito tranquila para um brunch. 

  • Santa Maria Maior

Três anos depois de ter abandonado provisoriamente os Restauradores, enquanto o edifício que é agora um hotel entrava em obras, a icónica cervejaria voltou ao seu lugar de sempre. Na esplanada, os verdes de outros tempos deram lugar aos azuis. O resto está lá, com destaque para a azáfama de pessoas a chegar à procura de mesa, tantas delas clientes de sempre. 

Mais para comer

Não são moda de agora – ainda nos lembramos de ver as mimosas e mesas fartas em séries como O Sexo e a Cidade –, mas continuam a ser uma tendência na cidade. Um maravilhoso mundo de possibilidades que tanto serve de pequeno-almoço reforçado como almoço ou refeição para qualquer hora. Se começaram por ser uma opção de fim-de-semana, são cada vez mais os sítios com cartas para qualquer dia, afinal um prato de ovos ou panquecas sabe sempre bem. Mas nem só disso se faz o brunch. Nos melhores brunches em Lisboa há sítios clássicos e escolhas requintadas, bem como opções mais arrojadas, mas nem por isso menos gulosas.  

Comer de forma saudável não é equivalente a passar fome. E, em Lisboa, há cada vez mais restaurantes com opções leves, mas muito saborosas, perfeitas para desintoxicar o organismo depois de alguns excessos. E não. Não falamos só de saladas e de comidas de passarinho. Falamos de alimentos nutritivos, saciantes e bem apetitosos. Assim, se segue ou quer seguir um estilo de vida mais saudável, vai querer experimentar alguns destes espaços na cidade, que se adaptam a todos os gostos e também às mais variadas restrições e preferências alimentares. Bom apetite e muita saudinha.

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Já foi mais fácil encontrar restaurantes em Lisboa até dez euros e a culpa não é só do turismo ou dos tempos difíceis que o sector atravessa depois de dois anos intermitentes. Na maior parte das vezes, a qualidade paga-se, mas ainda há excepções. Comer fora não tem de ser uma extravagância e na cidade existem verdadeiros achados. Pense num prato rico, em comida saborosa e atendimento simpático às vezes até familiar. Para encher a barriga sem esvaziar a carteira, este barato não lhe vai sair caro. Corremos a cidade em busca de pechinchas gastronómicas e reunimos aqui 21 restaurantes onde poderá ser feliz com uma nota vermelha. 

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