13 pratos vegan que tem de comer em Lisboa

O hambúrguer do Veganapati, o restaurante que junta a palavra vegan ao Deus do intelecto e da sabedoria, Ganapati (também conhecido como Ganesha), até já foi capa da Time Out, numa edição dedicada ao universo vegan. É de feijão preto e tofu, leva uma maionese de lima e coentros, cebola caramelizada e abacate. O restaurante abriu em Outubro de 2018 e é vegan, com inspiração indiana. Na cozinha está Ricardo Salsa, chef português 98% vegan e vegetariano há já 15 anos. 

No Cotidiano, no Chiado, há all day food, comida que se come a toda a hora, independentemente de ser um prato de ovos, uma torre de panquecas ou uma sopa, sem esquecer opções sem glúten. Na lista de panquecas, estão as vegan sugar daddy, com maple syrup e banana caramelizada em açúcar de coco (7,50€). Não estranhe se as panquecas vegan demorarem mais a sair – a massa destas é feita no momento para se manterem bem fofas.

No daTerra é difícil escolher só um prato vegan, ainda que a lista de sobremesas, onde está esta tarte banoffe, com banana, bolacha, natas vegetais, leite condensado vegan e licor de whiskey vegan (3,75€), nos conquiste. Mas encha o prato e a barriga de iguarias vegans sem se preocupar com a saúde ou com o preço. No buffet vegan daTerra pode comer tudo o que conseguir a um preço fixo – 8,50€ ao almoço, de segunda a sexta, e 11,50€ ao jantar e nas refeições de fins-de-semana (sem bebidas ou sobremesas incluídas). Para lá dos inúmeros petiscos vegetarianos dispostos no balcão central, estão sempre ao dispor uma sopa e três pratos quentes, comuns a todos os restaurantes. Mas as opções mudam todos os dias – pode encontrar uma francesinha vegan, um rolo de seitan e cogumelos selvagens, uma lasanha de bróculos e queijo, legumes assados com molho de caril ou até tofu com migas de grelos e frutos secos. Se não gosta de surpresas e prefere conhecer os pratos do dia em antecipação, basta visitar a ementa semanal, publicada no site do restaurante.

Na cozinha saudável do Local há uma carta de pequenos-almoços todos os dias até às 11.30 e aos almoços e jantares há uma vasta escolha de pratos de peixe, carne e vegetarianos ou vegan. Nesta última categoria está a tagine de grão, servida com cajus e alperces com millet (10,20€), mas também o hambúrguer de feijão preto com guacamole, milho, tomate e cebola roxa (10,20€) ou o caril thai vermelho de tofu e arroz integral, bem picante (10,80).

Leonardo Lattari, sushiman, tinha um restaurante japonês tradicional em Lisboa, o Takumi Lounge. Um dia a filha pediu-lhe para parar de “matar peixe” para fazer as pecinhas, recusou-se a comer e Leonardo, que já estava no processo de se tornar vegetariano, começou a fazer rolinhos com legumes e plantas. O arroz de sushi e a alga é exactamente igual, mas não há salmão, atum ou peixe branco no recheio.  Há menu all you can eat aos almoços (18,90€) e jantares (22,90€), com três entradas, um combinado de sushi e as peças que quiser pedir de seguida.

O restaurante é 100% vegetal, nada é de origem animal e a ideia é apresentar pratos inteligentes, inspirados em cozinhas internacionais, com um empratamento apelativo e num ambiente algo sofisticado – os tons verde escuro e dourado predominam neste espaço nas Avenidas Novas. Antes de seguir para pratos como o o bife de seitan com molho de pimenta (10,50€), com o seitan feito de raíz, o caril katsu com panados de abóbora, courgette e tofu (8,50€), peça as chamuças com chutney de limão ou as bolinhas de "alheira", ambos especiais do dia, fora da carta.

O Botanista, o segundo projecto de Catarina Gonçalves, do Ao 26 - Vegan Food Project, com André Baptista, tem um piso térreo muito verde, carregadinho de plantas e um menu vegan para todas as horas do dia. Tem opções de pequeno-almoço, almoço e lanche, muitas que ninguém diria que são vegan - é, aliás, esse o objectivo. A french toast clássica, disponível até às 19.30, é feita com pão de curcuma, redução de framboesas e nozes tostadas.

Fast food mas vegana, logo saudável. Os hambúrgueres não têm de ser todos gordurosos nem têm de estar carregados de molhos. Os hambúrgueres do Vegana Burgers são preparados com produtos frescos e os menus foram pensados por nutricionistas. Este de beterraba tem molho pesto e maçã verde e é servido com arroz integral (5,90€).

Saladas, sandes, hambúrgueres, noodles ou brownies: peça o que pedir no restaurante de Ricardo Macedo, virá com um aspecto apetecível e um trocadilho a acompanhar. Coisas de artistas. O Las Vegan abriu em finais de Outubro, juntando-se ao Veganeats e ao Bio nesta zona, à qual já há quem chame o triângulo dos veganos. O pad thai da casa chama-se Nudeless é uma salada crua que leva kale, cenoura, couve e cebola roxa, com gengibre, amendoins e um molho de chilly doce a envolver tudo (7,50€).

Como o nome indica, o Ao 26 é um restaurante 100% vegan, onde não entra nada de origem animal. O que não quer dizer que não se degustem "bifanas", como a sublime, com seitan marinado com tomilho e mostarda, em pão bolo do caco, "queijo" cheddar e cogumelos salteados (8€), um dos clássicos da casa.

No Juicy não há carne nem peixe e é tudo à base de plantas. A ementa é toda vegan com excepção de duas ou três receitas que estão assinaladas na carta com um V para vegetariano. Os pratos forte são os flat bread, um pão plano integral cuja massa pode ou não levar uma mistura de especiarias chamada za’atar, cozido num forno a lenha, e utilizado para uma espécie de wraps bem recheados. O funky falafel é uma das opções, vem com falafel, mistura de verduras, pimentos assados, pepino e molho tahini (a partir de 5€).

O Cabane, no Príncipe Real, é um espaço vegetariano e vegan que usa produtos biológicos nas suas receitas. Tem opções de pequeno-almoço e brunch todos os dias, a toda a hora. Encontra lá este tofu mexido, bem cremoso e saboroso (4€). Há ainda hambúrgueres, wraps ou sanduíches veganas.

O restaurante vegano que Mariana Cordeiro, Vinicius Alkmim e Samuel Carvalho abriram no número 28 da Luciano Cordeiro chegou para nos comprovar que fast food e animal não precisam de fazer parte da mesma frase. Para começar a refeição, sugerimos as bbq not wings, uma entrada gulosa a fazer referências às chicken wings, mas aqui feitas de couve flor frita e com molho bbq picante caseiro a acompanhar (5€).