Moullinex e Xinobi
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Sónar Lisboa: não se ouve apenas música na meca da electrónica

Lisboa recebe a primeira edição portuguesa do Sónar, um dos mais importantes festivais de música electrónica e artes digitais. Fazemos-lhe o roteiro.

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Fundado em Barcelona em 1994, o Sónar é a meca da música electrónica e das suas interacções com a cultura digital. Estreia-se em Portugal de 8 a 10 de Abril, em espaços de Lisboa como o Pavilhão Carlos Lopes, o Coliseu dos Recreios, o Centro de Congressos e o Hub Criativo do Beato, com mais de 70 espectáculos de artistas internacionais e nacionais. Os concertos e sets serão divididos em actuações nocturnas (Sónar by Night) e diurnas (Sónar by Day), e o programa incluirá um módulo de pensamento e debate, o Sónar+D, que vai reflectir sobre a sustentabilidade nas intersecções entre ciência, tecnologia e criatividade artística. Com um cartaz inclusivo e equilibrado, que não trata os artistas nacionais como nomes secundários, o Sónar Lisboa vai mostrar a riqueza das texturas culturais da música electrónica contemporânea. Atento aos vários cantos do globo, dedica uma fatia da programação aos sons da diáspora que estão a ser cozinhados à volta de Lisboa e disseminados pelo mundo. Dos pioneiros aos novos talentos, entre o passado, o presente e o futuro, o Sónar é um festival de estímulos visuais e sonoros, para dançar com o corpo e a mente.

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Sónar by Night

Quando o sol se deitar, alguns dos melhores produtores e DJs do mundo vão fazer a festa no Pavilhão Carlos Lopes, no Coliseu dos Recreios e no Centro de Congressos de Lisboa, nas noites de sexta-feira e sábado. A imperdível Arca vai exceder os limites da música, incorporando-a com performance, artes visuais e tecnologia. O corpo físico (suor, sangue, sexo) e a extravasão emocional tornam-na desconcertante e sedutora, exponenciando a sua expressividade nos meandros da club music, do noise experimental e dos sons da sua nativa Venezuela. A música electrónica lusófona estará bem representada pelo mestre DJ Marfox, que criou um novo som em Lisboa, inspirado pelos subúrbios da cidade e pela diáspora africana, mas também com o fogo da cantora angolana Pongo, com os projectos da editora Enchufada e com Nídia, que tem um conhecimento instintivo do ritmo e da melodia. Destaque ainda para os Bicep, que mergulham na diversidade cultural de Londres; Floating Points, cujos sets viajam através do tempo, espaço e continentes; Thundercat, ex-baixista dos Suicidal Tendencies que carrega na alma o jazz e o funk; o mestre do techno Richie Hawtin; e o histórico de Detroit Stingray 313, que apresentará a sua visão futurista numa actuação audiovisual ao vivo. De Nina Kraviz pode esperar-se um set de apetite sensorial entre o techno e o house, Kampire vai mostrar a riqueza e a diversidade da África Oriental e em formato back to back haverá actuações de Dixon e Trikk, de Yen Sung e Photonz, de Branko e Gafacci, e de Ellen Allien e Dr. Rubinstein.

Sónar by Day

Na programação diurna de actuações, que arranca às 14.00, no sábado e no domingo, no interior e no exterior do Pavilhão Carlos Lopes, destaca-se a música fervorosa de Honey Dijon. As suas produções e sets reflectem a experiência enquanto mulher negra transexual, através da euforia do disco-sound, da emancipação do house e dos ritmos revolucionários do techno. Atenção também à euforia rave de Jayda G, à melancolia britânica dos irmãos Overmono, à ternura que India Jordan entrança no house, à mistura harmoniosa de jazz e trip-hop de IAMDDB, aos novos balanços de Lisboa do cabo-verdiano EU.CLIDES e a Nicola Cruz, uma nova corrente da música sul-americana que estuda a cosmologia indígena e africana. Destaque também para sets de nomes nacionais em formato back to back, como Pedro da Linha e RIOT, Violet e Bleid, e os fundadores da Discotexas, Moullinex e Xinobi.

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Sónar+D

Conferências, espectáculos audiovisuais e exposições vão ocupar três edifícios do Hub Criativo do Beato. O Factory Lisbon recebe as conferências, que têm como tema central a “Sustentabilidade e Direitos Humanos”. Nomes como Bas Grasmayer, da plataforma Colors, a DJ e produtora canadiana Jayda G e a investigadora e bióloga Filipa Bessa vão debater as implicações sociais e políticas da inteligência artificial, a dicotomia música/ sustentabilidade e os afamados NFTs. No programa de exposições, a Fábrica de Moagem da Egeac vai acolher uma peça sonora imersiva de Alessandro Cortini, a Factory Lisbon apresentará uma selecção de obras digitais de artistas portugueses e internacionais, e a Confeitaria da Startup Lisboa Beato será o cenário de uma instalação em grande escala criada pela Artworks e pelo colectivo Berru. No edifício da Fábrica do Pão da Startup Lisboa Beato, os espectáculos audiovisuais vão reflectir sobre preocupações actuais como as alterações climáticas e a vigilância de dados, explorando a interacção entre música e imagem.

Pavilhão Carlos Lopes, Coliseu dos Recreios, Centro de Congressos, Hub Criativo do Beato (Lisboa). Sex-Dom. Passe geral: 150-280€, Sónar by Day: 50-175€, Sónar by Night: 40-90€

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Há quem tente ir a pelo menos um festival de música todos os anos. Também há quem passe praticamente todos os fins-de-semana, desde o final de Maio até ao início de Setembro, a dançar ao som de uma miscelânea de cabeças-de-cartaz em recintos espalhados um pouco por todo o lado. Depois, há os fanáticos por festivais: aqueles que já estiveram em tantos que atingiram os três dígitos. Matt Wilkinson, antigo editor da revista britânica NME, hoje a trabalhar na Apple Music, onde tem um programa de rádio, já passou por mais de 100 festivais – por isso, quem melhor para nos dar conselhos nesta época de festivais sobre como sobreviver ao sol, à ocasional lama e aos inevitáveis conflitos nos alinhamentos? A Time Out Londres falou com Wilkinson antes de Glastonbury, mas as suas pérolas de sabedoria podem bem servir os festivaleiros que estão a preparar-se para ir ao Vodafone Paredes de Coura, ao C.A. Vilar de Mouros ou ao Sudoeste (só para mencionar os grandes). Aqui ficam. Cuidado com os piratas dos festivais “Numa das minhas primeiras idas a Glastonbury, acampei com amigos da universidade, mas o grupo mais alargado era uma louco colectivo com cerca de 100 pessoas – era como estar numa comuna. Alguns, que eu não conhecia, levantavam-se às cinco da manhã e vasculhavam a zona à procura de carteiras, chaves, telemóveis perdidos... Nós não estávamos envolvidos, e eles nunca o partilhavam, mas iam para casa com sacos de lixo cheios de pertences alheios.” Não se deixe dominar por um

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Se não marcasse a cidade e as nossas vidas há 40 anos, diríamos que o Jazz em Agosto era uma miragem. Que um festival assim – singular e destemido, indiferente a pressões externas – não podia existir. Ou pelo menos continuar a existir na Lisboa neoliberal e turistificada de agora. Mas existe e resiste em pleno Verão, ano após ano, animado pelo sopro libertador do jazz, com música em carne viva, sem medos. E este ano – pela primeira vez desde a pandemia – começa mesmo em Agosto. Logo no primeiro dia do mês, quinta-feira, mantendo-se no anfiteatro ao ar livre do Jardim Gulbenkian até domingo, 11, com extensões para os auditórios nos fins-de-semana. “A 40.ª edição não será uma edição comemorativa”, no entanto. Pelo menos não é encarada dessa forma por José Pinto e Rui Neves, responsáveis pela direcção executiva e artística. “É mais uma parte que se vai juntar ao todo, reunindo no espaço do festival as escolhas musicais que consideramos ser as mais marcantes e desafiadoras no jazz e na música criativa menos acomodada do tempo presente.” Tudo isto é jazz – mas não só Na sessão de abertura, já esgotada, toca o saxofonista e compositor James Brandon Lewis, desta feita acompanhado pelo seu Red Lily Quintet, com Kirk Knuffke na corneta, Silvia Bolognesi (a substituir William Parker) no contrabaixo, Chad Taylor na bateria e Tomeka Reid (em vez de Chris Hoffman) no violoncelo. Na terceira passagem pelo Jazz em Agosto, o nova-iorquino recupera o repertório de For Ma

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Depois de cinco edições como Santa Casa Alfama, entre 2018 e 2023, o festival de fados está prestes a recuperar o nome pelo qual foi conhecido durante cinco anos, entre 2013 e 2017: Caixa Alfama. A edição deste ano realiza-se entre sexta-feira, 27 de Setembro, e sábado, 28, e enche de fado as ruas e salas do histórico bairro. O programa inclui quatro dos mais conhecidos fadistas (e cantores portugueses) da actualidade. Camané é o cabeça de cartaz do primeiro dia. Já no segundo, Ricardo Ribeiro, Carminho e António Zambujo também passam pelo Caixa Alfama. Estes dois últimos são os convidados de uma recriação ao vivo do programa Em Casa d’Amália, da RTP1. O apresentador José Gonçalez vai estar em palco com ambos, mais André Dias, Flávio Cardoso Jr e Tiago Maia, entre fados e conversas. No Terminal de Cruzeiros de Lisboa, que volta a ser o epicentro do festival, vai ainda ser prestada homenagem a Fernando Maurício, com o compositor e fadista Jorge Fernando e outros convidados a cantarem, na sexta-feira, 27. Buba Espinho, no primeiro dia, e Marina Mota, no último, completam o elenco do palco principal. Outros destaques do primeiro dia são os concertos de António Pinto Basto, que celebra 50 anos de carreira no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima; Paulo Bragança, no Grupo Sportivo Adicense; e Ana Sofia Varela, na Igreja de São Miguel. Enquanto no sábado, 28, sobressaem dois nomes: Nuno Guerreiro canta no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima; e Marco Rodrigues, no Rooftop do Terminal de

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Más notícias: 21 Savage não vem ao Super Bock Super Rock. O rapper nascido em Londres mas criado em Atlanta, no estado norte-americano da Geórgia, era o cabeça de cartaz do segundo dia e o nome mais sonante desta edição do festival. Vinha apresentar o bem-sucedido álbum American Dream, lançado no início deste ano. O novo cabeça de cartaz é o português Slow J, um dos mais populares rappers do momento em Portugal, que ia actuar antes de 21 Savage. Continua a apresentar o seu ambicioso Afro Fado (2023), disco-síntese em que o hip-hop, o fado e as músicas africanas confluem, que este ano já lhe valeu um par de enchentes na MEO Arena. O slot das 20.45, no palco principal, é agora ocupado pelo português Papillon, a novidade de última hora no cartaz. Para compensar, "todos os bilhetes diários de 19 de Julho serão válidos também para sábado, dia 20, bastando guardar o bilhete e apresentá-lo à entrada" no último dia. Também de acordo com a organização, "os portadores de bilhete diário de 19 de Julho que, ainda assim, pretendam o reembolso do seu bilhete, podem solicitá-lo a partir da próxima segunda-feira 22 de Julho, até ao dia 18 de Agosto, no local onde o adquiriram e mediante apresentação do bilhete válido e não utilizado".  Uma postura muito diferente da adoptada há um mês e meio pelos promotores do Primavera Sound Porto que, depois do cancelamento da actuação dos co-cabeças de cartaz Justice e de todos os concertos do palco Vodafone se recusaram a reembolsar os lesados. A or

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Durante o dia, o MIL é uma convenção que reúne músicos e outros profissionais do sector, portugueses e estrangeiros, no Beato. Mas à noite transforma-se num festival que é um convite à descoberta. Todos os anos o cartaz inclui um outro nome mais instituído, que serve de chamariz, mas o grosso do programa é ocupado por grupos e artistas que começam a despontar. Este ano, entre os dias 25 e 27 de Setembro, serão mais de 50 os que vão passar por sete salas do Cais do Sodré e arredores: Musicbox, B.Leza, Espaço Atmosferas (ETIC), Lisa, Lounge, Roterdão e Titanic Sur Mer. Os nomes que se destacam nesta edição são MДQUIИД. e Maria Reis. Os primeiros são o fenómeno do momento no circuito indie lisboeta, com ambições internacionais. Lançaram este ano o álbum PRATA, onde o krautrock vira uma música de dança industrial e feroz, mas é ao vivo que sobressaem. Já a cantora e guitarrista da Cafetra e das Pega Monstro é uma das mais brilhantes escritoras de canções do país e o seu mais recente Suspiro... é um dos melhores discos que ouvimos nos últimos meses. O contingente nacional inclui outras cantoras e compositoras, como A Sul, Capital da Bulgária ou Malva, e bandas rock como Humana Taranja, Them Flying Monkeys ou as Agressive Girls (Dakoi e Diana XL). Mas também o rapper Txaiiza Terapia, a vocalista de r&b Nayr Faquirá, e ainda artistas luso-cabo-verdianos como Fidju Kitxora, Ya Sin ou Cleidir e Zé Rasta. Ou o duo de Arianna Casellas y Kauê, ela venezuela, ele brasileiro, mas rad

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Os Måneskin são conhecidos por terem vencido a Eurovisão em 2021. E por terem sido o alvo de uma das críticas mais virulentas que a Pitchfork publicou em anos e de um título igualmente duro, noutro artigo publicado pelo site de referência americano: “Os Måneskin são o acontece quando o rock corre mal”. Não obstante, e vá-se lá saber porquê, vão conseguindo ser cabeças de cartaz de uns quantos festivais. Incluindo o nosso Super Bock Super Rock, que encabeçam no dia 18 de Julho. De onde saíram estes Måneskin? De Itália. Mais concretamente, de Roma. Juntaram-se em 2016 e começaram a dar que falar depois de concorrerem à versão local do Factor X, em 2017. Quatro anos depois, em 2021, venceram o festival de Sanremo e foram os enviados italianos à Eurovisão, que acabariam por ganhar com "Zitti e buoni". E em 2023 editaram Rush! e foram achincalhados pela Pitchfork. De zero a dez, o disco recebeu apenas 2.0. Quando se estreiam em Portugal? Os romanos vão invadir a Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, logo na quinta-feira, 18 de Julho, o primeiro dia desta edição do Super Bock Super Rock. A sua actuação tem início marcado para as 22.45 e deve durar menos de uma hora e meia. E o alinhamento, sabe-se? Em princípio, sim. Os últimos concertos em festivais europeus têm sido todos iguais. Noite após noite, os Måneskin tocam nove canções de Rush! (2023), quatro do anterior Teatro d’ira, Vol. I (2021) e a sua versão de "Beggin'" dos norte-americanos The 4 Seasons. Há ainda um tema que tocam

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O concerto de AURORA, no segundo dia do NOS Alive, foi um dos mais aclamados desta edição. Quando ainda ia a meio, a cantora confidenciou que ia voltar brevemente ao país. Hoje, ela e a promotora Everything Is New oficializaram o regresso. Está agendado para 9 de Maio de 2025, no Sagres Campo Pequeno. Pela segunda vez em Portugal em menos de um ano, a cantora e compositora norueguesa deve continuar a mostrar o que vale o seu quinto álbum de originais, What Happened to the Hear?. Editado em Junho, existe na intersecção da canção indie com a pop, mais uns pozinhos de ambientalismo folk e balanço electrónico.  Com preços marcados entre os 28€ e os 40€, os bilhetes vão ser postos à venda nesta quinta-feira, 18, pelas 10.00, online e nos locais habituais. Mas, 24 horas antes, os assinantes da newsletter da Everything Is New terão acesso à pré-venda. Siga o canal da Time Out Lisboa no Whatsapp + Com Pearl Jam e Dua Lipa ainda a ressoar, NOS Alive já tem datas para 2025

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Desde 2019 que Luís Varatojo (Luta Livre, ex-Peste & Sida) programa o Festival do Maio, no mês homónimo, no Seixal. A mostra, de entrada livre, só não se realizou em 2020, por causa da pandemia. E parecia que este ano tinha voltado a não acontecer. Mas só se atrasou. Regressa a 19 e 20 de Julho, com Manu Chao no topo do cartaz. Segundo o director artístico, Luís Varatojo, o atraso deveu-se a complicações logísticas. A dada altura, ficaram "basicamente sem programa", conta. "Depois levantou-se a possibilidade de fazer em Julho e apareceu a hipótese do Manu Chao, que queríamos programar desde o primeiro ano… Juntou-se o útil ao agradável." Nascido em França há 63 anos, numa família de republicanos espanhóis, Manu Chao foi um nome inevitável na viragem do século e durante os anos zero. Chegou a estar indicado para os Grammys norte-americanos – e recebeu mesmo um Grammy Latino. No entanto, o ex-Mano Negra nunca pareceu completamente à vontade com a fama e o negócio da música. E acabou por afastar-se dos palcos e dos holofotes. De acordo com um perfil publicado por El País durante a pandemia, vive dos royalties, tocando apenas quando e como lhe apraz. Ainda no sábado, 13, deu um concerto no Festival Contrasta, em Valença. Agora, apeteceu-lhe conhecer o Parque Urbano do Seixal. O francês tem também um novo álbum na calha. Chama-se Viva Tu e foi precedido pelo single homónimo, no final de Maio, e por "São Paulo Motoboy", já e

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Arcade Fire, Smashing Pumpkins, Parcels. Dua Lipa, Aurora, Michael Kiwanuka. Pearl Jam, The Breeders, Khruangbin. Se tivéssemos de reduzir o NOS Alive deste ano a um punhado de nomes, era assim que o faríamos. Do primeiro para o último dia, num festival que, segundo a organização, e embora só no sábado não houvesse bilhetes à venda para o próprio dia, registou 165 mil entradas (cumprindo a meta). Mas as vedetas do festival foram, verdadeira e inegavelmente, apenas duas: Dua Lipa e Pearl Jam. O Passeio Marítimo de Algés encheu para as ver e elas – as vedetas – entregaram o que se lhes pedia: concertos que vão perdurar muito e muito tempo na memória de quem lá estava. Não é de somenos. Estávamos ainda a meio desta contabilidade emocional e arquivística, e já a Everything Is New ia adiantando serviço. A promotora anunciou, pela voz do director, Álvaro Covões, as datas para a 17.ª edição do NOS Alive: 10, 11 e 12 de Julho de 2025. Com a promessa de sempre, isto é, o “melhor cartaz” entre todos os festivais nacionais. O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, também reincidiu na promessa de alargar o recinto, tal como fez no balanço do festival em 2023 e como fez em Maio, numa conferência de imprensa do outro lado da linha de comboio, no Palácio Anjos (a muito prometida passagem pedonal sobre a ferrovia também está por fazer e não estará concluída a tempo do evento em 2025; o autarca estima que esteja pronta “no final do próximo ano”). A ideia é “ganhar hectares ao rio”,

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Os Pearl Jam têm uma notável base de fãs em todo o mundo. Portugal não é excepção. Eddie Vedder, Mike McCready, Stone Gossard, Jeff Ament e Matt Cameron (entretanto acompanhados pelo teclista Boom Gaspar) até gravaram um disco ao vivo por cá: 2000.05.23 – Lisbon, Portugal. Foi no Estádio do Restelo, numa altura em que registavam todos os concertos. E são sempre recebidos com entusiasmo. Desta vez, a julgar pela rapidez com que os bilhetes esgotaram para o derradeiro dia do festival, não será diferente. Embora seja certo que agora os espectáculos são necessariamente diferentes (já ninguém espera ver o vocalista a escalar a estrutura de palco), o espírito de Ten (1991), Vs. (1993) ou Vitalogy (1994) sobrevive – na memória e no alinhamento. A 13 de Julho, no Passeio Marítimo de Algés, os Pearl Jam vão dar especial atenção ao recente Dark Matter (2024), mas não faltarão clássicos para momentos de verdadeira comunhão colectiva das 55 mil pessoas que vão estar no público. O concerto vai mesmo acontecer? Vai. Depois de cancelar os espectáculos de Londres e Berlim, agendados para o início do mês, a banda voltou aos palcos no sábado passado, dia 6, em Barcelona. Durante mais de duas horas, encheu o Palau Sant Jordi com para cima de duas dúzias de canções. Dois dias mais tarde, a 8, voltou a fazê-lo exactamente no mesmo sítio (e sem facilidades, apresentando um alinhamento diferente para a segunda data). Antes do NOS Alive, ainda param em Madrid, a 11, para o Mad Cool Festival. O susto

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